sábado, 21 de junho de 2014

Restos mortais de primeiras vítimas de armas químicas descobertos na Índia


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Ontem, 10:12

Restos mortais de primeiras vítimas de armas químicas descobertos na Índia

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Já há mais de 60 anos que cientistas de todo o mundo tentam desvendar o mistério do lago glaciar Roopkund (Lago dos Esqueletos), situado nas montanhas profundas do território do atual estado indiano do Uttarakhand.

Em 1942 nas suas margens foram encontrados restos mortais de mais de quinhentas pessoas. A idade desses achados é superior a 11 séculos. Até hoje ainda não foi determinada a causa da morte dessas pessoas. Os resultados das últimas investigações nessa área, realizadas pela Universidade Rainha Maria de Londres e pela Universidade de Pune, são chocantes: os infelizes podem ter sido vítimas de uma arma química rudimentar.
Depois de analisados os restos mortais, os cientistas chegaram à conclusão de que a morte da totalidade dos indivíduos ocorreu em simultâneo, além disso, todos os crânios ostentam fraturas e mesmo orifícios. Os cientistas avançaram várias hipóteses: desde sacrifícios rituais a um granizo anormal que tenha surpreendido os viajantes no seu caminho. Contudo, nenhuma dessas teorias parece convincente. Na Índia nunca existiram cultos que envolvessem sacrifícios humanos, sobretudo em massa. A versão do granizo também não é verosímil: os corpos não apresentam quaisquer outros traumatismos.
A análise química dos restos mortais demonstrou uma quantidade anormal de azoto em todos os corpos. Quando ocorre um aumento brusco da concentração desse elemento químico no organismo humano, o sangue começa fervendo. Surgiu então mais uma versão: que não teria havido qualquer ação física externa. O aumento instantâneo da concentração de azoto simplesmente fez explodir as cabeças das vítimas. Mas isso pressupõe um fato incrível: que várias centenas de pessoas tenham sido alvo de um ataque químico à beira de um lago distante há mais de mil anos.
A área de localização da sepultura coletiva com elevadas concentrações de azoto fica nos Himalaias a 5 mil metros de altitude e a localidade mais próxima dista mais de 100 km. Mesmo hoje esse lago glacial é acesso bastante difícil e há 11 séculos esse sítio seria completamente remoto. Como surgiu então esta sepultura coletiva neste local?
Os defensores da versão do ataque químico chamam a atenção para o isolamento deste local relativamente ao resto do mundo. Na sua opinião, as margens do lago poderiam ter sido uma espécie de antigo polígono secreto, onde seriam testados novos tipos de armas.
Se supormos que os mortos tivessem sido submetidos a um ataque com azoto, teríamos de admitir que as pessoas que viviam no século IX d.C. já possuíam as respectivas tecnologias e experiência. Os historiadores afirmam que nessa altura a física e a química já estavam bastante desenvolvidas na Índia. Sabemos que o grande teólogo Shankara, que viveu no mesmo século, mantinha uma acesa polêmica com outros cientistas sobre a natureza do átomo e que a própria teoria do atomismo foi fundada por Kakuda Katyayana, um contemporâneo mais velho de Buda, ainda no século III a.C.
Possuindo largos conhecimentos, os antigos podiam sintetizar certos elementos químicos, tanto para fins científicos, como para fins militares. Os partidários da versão do ataque químico no lago Roopkund consideram que há 11 séculos aqui teria ocorrido uma terrível tragédia: segundo sua suposição, tendo descoberto uma arma química de potência incrível para a época, os antigos cientistas teriam ficado horrorizados com seus resultados. Nessa altura eles teriam tentado eliminar todas as provas da sua descoberta, assim como todas as testemunhas.
Essa versão trágica está longe de convencer todos os investigadores, mas não podemos deixar de reconhecer que ela permite dar uma explicação possível para fatos que de outro modo permanecem inexplicáveis…

Os fatos citados são de responsabilidade do autor
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