Egito/Política -
Artigo publicado em 03 de Julho de 2013 -
Atualizado em 04 de Julho de 2013
Exército egípcio derruba presidente Mohamed Mursi
Egípcios festejam a queda do presidente Mohamed Mursi na praça Tahrir.
REUTERS/Suhaib Salem
Depois de dias de manifestações e pressão popular contra o
presidente Mohamed Mursi, o exército egípcio entrou em cena e afastou o
chefe de Estado. O anúncio foi feito pelo general das Forças, Armadas
Abdel Fattah al-Sissi, em um pronunciamento que estava sendo aguardado
durante toda a tarde. A declaração foi recebida com festa na praça
Tahrir, no Cairo, onde milhares de pessoas estavam reunidas.
O exército
também anunciou que eleições antecipadas serão organizadas após a
criação de um comitê de reconciliação nacional do qual participarão os
movimentos jovens do país. Até a escolha do novo chefe de Estado o Egito
será dirigido por um grupo de tecnocratas pilotado pelo presidente do
Conselho Constitucional. Essa formação também será encarregada de de
revisar a Constituição egípcia, que foi temporariamente suspensa.
Mohamed Mursi, que não pode deixar o país, denunciou o que considera como um “golpe de Estado completo”. Segundo ele, o que o exército fez é ilegal. “Eles não tem a autoridade para fazer isso”, disse o ex-presidente, que pediu a seus partidários uma reação pacífica.
Mas atos violentos foram registrados logo após o anúncio. Pelo menos cinco pessoas morreram em confrontos com militares e policiais e outras dez foram feridas durante um ataque a um posto de segurança na cidade de Marsa Matrouh, no noroeste do país.
Reações
Os Estados Unidos não exprimiram nenhuma crítica à suspensão da Constituição egípcia. “Nós não tomamos posição nesse assunto”, comentou Jen Psaki, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano. No entanto, logo após a anúncio da queda de Mursi, Washington ordenou a retirada de todos seus funcionários da embaixada do país no Cairo.
A França também preferiu não se posicionar sobre o episódio e disse apenas ter “tomado conhecimento” do anúncio do exército egípcio. “Esperamos que as próximas etapas sejam preparadas no respeito da paz civil, do pluralismo, das liberdades individuais e das aquisições da transição democrática para que o povo egípcio possa escolher livremente seus dirigentes e seu futuro”, declarou por meio de um comunicado oficial o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius.
Mohamed Mursi, que não pode deixar o país, denunciou o que considera como um “golpe de Estado completo”. Segundo ele, o que o exército fez é ilegal. “Eles não tem a autoridade para fazer isso”, disse o ex-presidente, que pediu a seus partidários uma reação pacífica.
Mas atos violentos foram registrados logo após o anúncio. Pelo menos cinco pessoas morreram em confrontos com militares e policiais e outras dez foram feridas durante um ataque a um posto de segurança na cidade de Marsa Matrouh, no noroeste do país.
Reações
Os Estados Unidos não exprimiram nenhuma crítica à suspensão da Constituição egípcia. “Nós não tomamos posição nesse assunto”, comentou Jen Psaki, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano. No entanto, logo após a anúncio da queda de Mursi, Washington ordenou a retirada de todos seus funcionários da embaixada do país no Cairo.
A França também preferiu não se posicionar sobre o episódio e disse apenas ter “tomado conhecimento” do anúncio do exército egípcio. “Esperamos que as próximas etapas sejam preparadas no respeito da paz civil, do pluralismo, das liberdades individuais e das aquisições da transição democrática para que o povo egípcio possa escolher livremente seus dirigentes e seu futuro”, declarou por meio de um comunicado oficial o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius.
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