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Bolsonaro defende encontro com chefe da CIA e ataca vizinhos sul-americanos
Jair Bolsonaro se manifestou sobre o encontro com William Burns e criticou as democracias da Argentina, da Bolívia, do Chile e da Venezuela
2 de julho de 2021, 18:46 h Atualizado em 2 de julho de 2021, 19:03
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William J. Burns e Jair Bolsonaro
William J. Burns e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)
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247 - Em conversa com apoiadores nesta sexta-feira (2), Jair Bolsonaro falou sobre o encontro com o diretor da CIA, William J. Burns, que veio ao Brasil sem divulgação sobre o objetivo da visita.
Também sem dar detalhes, Bolsonaro disse ter conversado "muito" com Burns "reservadamente".
O chefe do governo brasileiro disse que "ninguém vive mais isolado, nem vocês", em referência aos apoiadores com quem dialogava. "É bom interagir com o vizinho, com o cara da frente, no seu serviço, trabalho, e eu interajo com vários países aqui".
Depois de soltar a frase: "não vou dizer que isso foi tratado com ele [Burns]", Bolsonaro passou a falar do cenário político da América do Sul. "A gente analisa como estão as coisas. Na Venezuela o pessoal não aguenta mais falar, mas olha a Argentina. Para onde está indo o Chile. O que aconteceu na Bolívia? Voltou a turma do Evo Morales e mais ainda: a presidente que estava lá com um mandato tampão está presa, acusada de atos antidemocráticos. Estão sentindo alguma semelhança com o Brasil? Agora, com todo respeito a vocês, vocês são uma força, mas não decidem", disse o chefe do Executivo.
O historiador Fernando Horta disse à TV 247 que Bolsonaro negociou com a CIA apoio dos Estados Unidos à tentativa de golpe de Estado que fará em 2022, nos moldes do que ocorreu na Bolívia.
Especialista em Relações Internacionais, Marcelo Zero diz que Burns veio ao Brasil 'aprofundar as redes dos EUA com sistemas de inteligência de aliados'. "Burns vai aprofundar o relacionamento da CIA com outros sistemas de inteligência, de modo a inseri-los mais intensamente na geoestratégia dos EUA e propiciar sinergias para a contenção dos 'Estados autocráticos'".
Bolsonaro fala sobre a visita da CIA como funcionário dos Estados Unidos e inimigo dos países vizinhos, como Argentina, Chile, Venezuela e Bolívia. pic.twitter.com/eClu2sKjtf
— Leonardo Attuch (@AttuchLeonardo) July 2, 2021
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