– O papel do CANVAS, o grupo de treino em "revoluções coloridas" financiado pelos EUA
por F. William Engdahl
[*]
Os recentes protestos na Ucrânia têm o fedor de uma tentativa
orquestrada a partir do estrangeiro para desestabilizar o governo de Vikor
Yanukovych depois de este se ter afastado da assinatura de um Acordo de
Associação com a UE que teria conduzido a uma profunda
divisão entre a Rússia e a Ucrânia. A estrela do box
transformada em guru político, Vitaly Klitschko, tem-se reunido com o
Departamento do Estado dos EUA e é um aliado próximo da CDU de
Angela Merkel.
O acordo de associação com a Ucrânia enfrenta a resistência de muitos estados membros da UE que por si próprios já têm problemas económicos profundos. As duas figuras da UE que mais pressionam por ele – os ministros dos Negócios Estrangeiros sueco e polaco, Carl Bildt e Radoslaw Sikorski, respectivamente – são bem conhecidos na UE como aliados próximos de Washington.
Os EUA estão a pressionar fortemente a integração da Ucrânia na UE, assim como esteve por trás da fracassada "Revolução Laranja" de 2004 para separar a Ucrânia da Rússia num lance destinado a isolar e enfraquecer a Rússia. Agora ucranianos descobriram provas do envolvimento directo do grupo de treino de Belgrado financiado pelos EUA, o CANVAS, por trás dos protestos cuidadosamente orquestrados em Kiev.
Foi obtida uma cópia do panfleto que foi distribuído em Kiev a protestantes da oposição. Trata-se de uma tradução palavra a palavra e desenho a desenho do panfleto utilizado em 2011 pelos organizadores do CANVAS, financiado pelos EUA, nos protestos da Praça Tahrir, no Cairo, que derrubou Hosni Mubarak e abriu a porta à Fraternidade Muçulmana apoiada pelos EUA. [1] A foto abaixo é uma comparação, entre as duas:
O acordo de associação com a Ucrânia enfrenta a resistência de muitos estados membros da UE que por si próprios já têm problemas económicos profundos. As duas figuras da UE que mais pressionam por ele – os ministros dos Negócios Estrangeiros sueco e polaco, Carl Bildt e Radoslaw Sikorski, respectivamente – são bem conhecidos na UE como aliados próximos de Washington.
Os EUA estão a pressionar fortemente a integração da Ucrânia na UE, assim como esteve por trás da fracassada "Revolução Laranja" de 2004 para separar a Ucrânia da Rússia num lance destinado a isolar e enfraquecer a Rússia. Agora ucranianos descobriram provas do envolvimento directo do grupo de treino de Belgrado financiado pelos EUA, o CANVAS, por trás dos protestos cuidadosamente orquestrados em Kiev.
Foi obtida uma cópia do panfleto que foi distribuído em Kiev a protestantes da oposição. Trata-se de uma tradução palavra a palavra e desenho a desenho do panfleto utilizado em 2011 pelos organizadores do CANVAS, financiado pelos EUA, nos protestos da Praça Tahrir, no Cairo, que derrubou Hosni Mubarak e abriu a porta à Fraternidade Muçulmana apoiada pelos EUA. [1] A foto abaixo é uma comparação, entre as duas:
A foto à esquerda é da Praça Tahrir; a da direita de Kiev e aqui abaixo está o original em inglês utilizado pela ONG CANVAS de Belgrado:
A CANVAS, antigamente OTPOR, em 2000 recebeu quantias significativas de
dinheiro do Departamento de Estado dos EUA para encenar a primeira
Revolução Colorida com êxito contra Slobodan Milosevic, na
então Jugoslávia. Desde então eles foram transformados
numa "consultora de revolução" em tempo integral dos
EUA, fazendo-se passar por um grupo sérvio de base que apoia a
"democracia".
[2]
Quem alguma vez pensaria que uma ONG de base sérvia seria uma frente
para operações de mudança de regime apoiadas pelos EUA?
A estranha "oposição" ucraniana
Fontes directas em Kiev com que tenho contactado informam que os protestantes anti-governo foram recrutados com dinheiro entre estudantes universitários e desempregados para virem de autocarro ao centro de Kiev. Os aspecto revelados é a espectacular emergência do campeão de box Vitaly Klitschko como presumivelmente o político sábio que conduzirá a Ucrânia para o futuro. Sem dúvida passar uma vida a bater outros boxeurs até torná-los inconscientes é uma magnífica preparação para se tornar um estadista, embora eu tenha as minhas dúvidas. É de recordar a escolha de um actor de Hollywood de segunda categoria, Ronald Reagan, como presidente. Mas mais interessante acerca de Klitscho, este porta-voz da oposição, é quem são os seus amigos.
Klitschko está a ser apoiado pela secretária de Estado assistente dos EUA, Victoria Nuland. Nuland, antiga embaixadora junto à NATO, é uma neoconservadora casada com um dos principais falcões neoconservadores, Robert Kagan, e ela própria foi conselheira de Dick Cheney. [3]
Klitschko também é amigo da chanceler alemã, Angela Merkel. Segundo uma reportagem recente da Der Spiegel, Mergel quer apoiar Klitschko na sua candidatura a presidente da Ucrânia em 2015. [4]
Mais provas de que uma agenda negra esconde-se por trás desta oposição "democrática" é o facto de que as exigências dos protestantes partiram da exigência de acesso à UE e saltaram para a da renúncia imediata do governo Yanukovich. Klitschko e a oposição utilizaram uma infeliz acção policial sobre os protestantes para expandirem maciçamente o protesto de algumas centenas de pessoas para dezenas de milhares. Em 18 de Dezembro, o governo retirou parcialmente a força de Klitschko ao assinar um importante acordo económico com Moscovo no qual a Rússia concordou em reduzir o preço do gás russo exportado para a Ucrânia em um terço, baixando-o para US$268,5 por 1000 metros cúbicos quando o nível anterior era de superior a US$400 e, além disso, em comprar US$15 mil milhões de eurobonds da dívida da Ucrânia. Isso dá à Ucrânia espaço para respirar, evitar o incumprimento da sua dívida soberana e negociar calmamente quanto ao seu futuro.
A estranha "oposição" ucraniana
Fontes directas em Kiev com que tenho contactado informam que os protestantes anti-governo foram recrutados com dinheiro entre estudantes universitários e desempregados para virem de autocarro ao centro de Kiev. Os aspecto revelados é a espectacular emergência do campeão de box Vitaly Klitschko como presumivelmente o político sábio que conduzirá a Ucrânia para o futuro. Sem dúvida passar uma vida a bater outros boxeurs até torná-los inconscientes é uma magnífica preparação para se tornar um estadista, embora eu tenha as minhas dúvidas. É de recordar a escolha de um actor de Hollywood de segunda categoria, Ronald Reagan, como presidente. Mas mais interessante acerca de Klitscho, este porta-voz da oposição, é quem são os seus amigos.
Klitschko está a ser apoiado pela secretária de Estado assistente dos EUA, Victoria Nuland. Nuland, antiga embaixadora junto à NATO, é uma neoconservadora casada com um dos principais falcões neoconservadores, Robert Kagan, e ela própria foi conselheira de Dick Cheney. [3]
Klitschko também é amigo da chanceler alemã, Angela Merkel. Segundo uma reportagem recente da Der Spiegel, Mergel quer apoiar Klitschko na sua candidatura a presidente da Ucrânia em 2015. [4]
Mais provas de que uma agenda negra esconde-se por trás desta oposição "democrática" é o facto de que as exigências dos protestantes partiram da exigência de acesso à UE e saltaram para a da renúncia imediata do governo Yanukovich. Klitschko e a oposição utilizaram uma infeliz acção policial sobre os protestantes para expandirem maciçamente o protesto de algumas centenas de pessoas para dezenas de milhares. Em 18 de Dezembro, o governo retirou parcialmente a força de Klitschko ao assinar um importante acordo económico com Moscovo no qual a Rússia concordou em reduzir o preço do gás russo exportado para a Ucrânia em um terço, baixando-o para US$268,5 por 1000 metros cúbicos quando o nível anterior era de superior a US$400 e, além disso, em comprar US$15 mil milhões de eurobonds da dívida da Ucrânia. Isso dá à Ucrânia espaço para respirar, evitar o incumprimento da sua dívida soberana e negociar calmamente quanto ao seu futuro.
21/Fevereiro/2014
Notas
[1] SysAdmin, Pamphlets in Ukraine handed out during protests and pamphlets that were handed out in Egypt, December 12, 2013, acessado em 12160.info/photo/photo/show?id=2649739%3APhoto%3A1376645 .
[2] Nebojsa Malic, Invasion of the Mind Snatchers: Empire's Revolution Business, AntiWar.com, June 24, 2011, acessado em original.antiwar.com/malic/2011/06/23/invasion-of-the-mind-snatchers/ .
[3] NTDTV, Ukrainian Opposition Vitaly Klitschko Meets US Official Victoria Nuland, December 6, 2013, acessado em www.youtube.com/watch?v=0miz548u0WY .
[4] Die Zeit, Merkel unterstützt Klitschko, 8. Dezember 2013, acessado em www.zeit.de/politik/ausland/2013-12/merkel-klitschko-ukraine .
Ver também:
[*] Autor de A Century of War: Anglo-American Oil Politics in the New World Order. Seu sítio web é www.engdahl.oilgeopolitics.net O original encontra-se em www.globalresearch.ca/... Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ . |
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