segunda-feira, 4 de junho de 2012

Irã defende amizade com países árabes do Golfo, apesar de dispu


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Escrito por Erica Soares
viernes, 01 de junio de 2012
Imagen activa01 de junio de 2012, 10:43Teerã, 1 jun (Prensa Latina) O Irã ressaltou hoje seu desejo de unidade e amizade entre todos os países muçulmanos, em particular os árabes do Golfo Pérsico, apesar da disputa pelas três ilhas visitadas na quinta-feira por um chefe militar persa.

O governo respaldou declarações do comandante do Corpo de Guardiães da Revolução Islâmica (CGRI), major general Mohammad Alí Jafari, desde Abu Moussa, que junto com Tunb Maior e Tunb Menor são disputadas entre este país e os Emiratos Árabes Unidos (EAU).

Jafari assinalou que o Irã estende uma mão amistosa a todos os Estados muçulmanos, basicamente aos do Golfo, e "só mediante a cooperação regional poderemos manter a segurança nas águas estratégicas, frustrar planos inimigos e acrescentar glória ao Islã".

Acompanhado do comandante da divisão naval do CGRI, contra-almirante Alí Fadavi, o chefe militar considerou imperativo redobrar a vigilância nessa zona marítima e no Estreito de Ormuz.

Para isso, as nações do sul do Golfo devem "cortar as mãos das potências arrogantes globais (Ocidente)", insistiu Jafari durante a visita às tropas iranianas nas três ilhas que definiu como "territórios estratégicos e sensíveis".

Na mesma linha pronunciou-se o vice-chefe do Estado Maior das Forças Armadas Iranianas para Assuntos Operacionais, brigadeiro geral Mostafa Salami, ao advertir que Teerã "fará uso de todo o poderio do país" para tratar de manter uma segurança sustentada na zona.

No entanto, para o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) Pérsico o percurso de Jafari por unidades militares foi uma "nova provocação", depois da visita realizada em abril pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad.

O governo de Abu Dhabi esgrime um acordo de 1971 assinado no final do mandato colonial britânico nessa parte do Golfo para reivindicar as três ilhas, postura que Teerã recusa alegando que sempre fizeram parte de seu território e nunca renunciará a elas.

O CCG reuniu-se com urgência no início de abril para discutir a viagem de Ahmadinejad a Abu Moussa, o que chamou de "flagrante violação da soberania dos EAU", sendo que a Liga Árabe se pronunciou com uma declaração muito hostil ao país persa.

Em resposta, o Majlis (parlamento iraniano) convocou a sua comissão de segurança nacional e política exterior para estudar o assunto e ratificar a soberania sobre as ilhas disputadas.

A tensão cresceu desde maio quando os Estados Unidos, que apoia a nação árabe no conflito, enviou aviões de combate F-22 ao território emiradense, após anunciar em dezembro um acordo de venda armas, mísseis e radares a Abu Dhabi no valor de 3,48 bilhões de dólares.

lac/Ucl/es
Modificado el ( viernes, 01 de junio de 2012 )
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