Redação do Ceará
FORTALEZA – Ocorreu no dia 12 de agosto, o ATO NACIONAL CONTRA OS DESPEJOS em várias cidades do país. Na capital cearense a mobilização organizada pelo Movimento de Lutas, nos bairros, vilas e favelas – MLB foi pela manhã na praça do Ferreira e aderiram ao ato, militantes da Unidade Popular – UP; movimento de mulheres Olga Benario; movimento Luta de Classes – MLC ; a União dos Estudantes da Região Metropolitana de Fortaleza – UESM; movimento Universitário Correnteza; da União da Juventude Rebelião – UJR e do Centro de Cultura Popular Manoel Lisboa do Ceará.
Nesse dia de luta as principais reivindicações foram contra as ações de despejo e pelo direito à moradia digna. O ato denunciou a recente tentativa de intimidação por parte de policiais militares na ocupação Carlos Marighella, localizada no bairro Maraponga em Fortaleza, no dia 6 de agosto. Sem nenhuma ordem judicial, homens apaisano, tiveram a cobertura da PM para derrubar os barracos e ameaçar os moradores.
Para Elieuda do Nascimento da Coordenação Nacional e Estadual do MLB, ressalta que, diante da pandemia, o despejo é um ato criminoso. “Despejo é um crime contra a humanidade neste momento onde temos que fazer isolamento social. São 130 mil pessoas em Fortaleza que não tem onde morar e a Polícia Militar do Governador Camilo Santana (PT) derrubam os barracos na Ocupação Carlos Marighella, um absurdo! Quem toma essa decisão política, vai entrar para a história como um genocida.”
A situação de moradia é uma das principais preocupações do povo brasileiro. O déficit habitacional no Brasil é superior a 7.8 milhões de moradias e mais de 13% da população está desempregada, o que agrava a situação. “Essa situação é muito grave, pois desde do início da quarentena que milhões de pessoas no país sofreram uma brutal redução em suas rendas e passaram a não ter como manter despesas com aluguel e outras contas somente com auxílio emergencial. A moradia se tornou ainda mais essencial para os/as trabalhadores/as, mas, ainda assim, os governantes seguem promovendo despejos no campo e nas cidades de todo o Brasil. Recusam ao povo pobre o direito de um teto para se proteger e garantir o isolamento social para preservar as suas vidas”, afirmou Claudiane Lopes – Jornalista e pré-candidata à vereadora de Fortaleza pela Unidade Popular – UP.
No centro da cidade vários militantes dos movimentos sociais e populares utilizaram a tribuna livre para denunciar o genocida Bolsonaro que se omitiu na morte de 100 mil pessoas vítimas do novo coronavírus. Muitas pessoas passaram pela praça apoiavam os/as agitadores/as, paravam para escutar às falas, gravar vídeos e muitos gritaram junto com à militância: “Fora Bolsonaro!”.
“Essa situação ficará muito pior, pois com o fim do auxílio emergencial e com a recessão econômica muitas famílias não terão nem casa e nem comida para se sustentar. É só olhar nas ruas, praças e viadutos, como aumentou o número de famílias inteiras fazendo das vias públicas sua moradia. O capitalismo e os governantes são cruéis para quem é pobre e que por isso, a nossa única alternativa é nos organizarmos e luta contra esse governo fascista de Bolsonaro e esse sistema da morte”, finalizou Paula Colares – Professora e pré-candidata à prefeitura de Fortaleza pela UP.
A campanha nacional Despejo Zero denúncia que milhões de pessoas no país gastam maior parte de sua renda pagando aluguel e estes números crescem anualmente. Este cenário ficou ainda mais desesperador em tempos de pandemia, com a queda da renda da maioria das famílias, que não se reflete na redução do valor do aluguel, por outro lado, milhões de imóveis estão abandonados nas cidades e não cumprem sua função social. O MLB aproveitou o ato e entregou máscaras para a população fortalezense.
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