Os movimentos sociais paraibanos organizaram uma “calorosa” recepção para o presidente da Câmara, acusado no escândalo de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Centenas de manifestantes se organizaram na frente da Assembleia para repudiar o parlamentar, que é hoje um dos principais representantes dos interesses dos grandes empresários brasileiros.
Eduardo Cunha exigiu que os manifestantes fossem impedidos de entrar na Casa. Os movimentos sociais, então, forçaram a entrada e, após confronto com a segurança, ocuparam as galerias do plenário. A postura autoritária de Eduardo Cunha irritou ainda mais os manifestantes, que puxaram vaias e fizeram “apitaço”, calando os discursos dos deputados da bancada federal paraibana que votaram contra os trabalhadores na aprovação do PL 4.330.
Cunha, observando o insucesso de seus colegas, nem se aventurou a discursar e – aquele que deveria ser a estrela do evento – não falou sequer uma palavra durante toda a solenidade. Antes do previsto, foi encerrada a sessão, e ele fugiu pela garagem do prédio, falando à imprensa e acusando o governador do Estado de “omisso”, por ter não mandado a Tropa de Choque invadir o prédio e esvaziar, à força, as galerias – o que poderia ter resultado numa tragédia.
Estavam presentes à mobilização militantes de diversos movimentos sociais e organizações de esquerda, a exemplo da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Partido Comunista Revolucionário (PCR), Consulta Popular, movimento LGBT, Levante Popular da Juventude, Movimento Luta de Classes (MLC) e Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).
Antes da Paraíba, Eduardo Cunha já havia enfrentado protestos em São Paulo e Rio Grande do Sul. Os trabalhadores brasileiros devem seguir este exemplo e rechaçar o representante dos interesses empresariais no Congresso.
Redação Paraíba
A Verdade
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