sábado, 20 de julho de 2013

Em Dubai, norueguesa é condenada à prisão após ter ter sido estuprada


No país, um estuprador só pode ser condenado se confessar ou se for visto por quatro testemunhas homens

Efe
Quatro meses após ter feito a denúncia de que havia sido estuprada em Dubai, nos Emirados Árabes, a norueguesa Marte Deborah Dalelv foi condenada nesta semana a 16 meses de prisão. De acordo com as leis locais, um estuprador só pode ser condenado se confessar o crime ou se for visto praticando o estupro por quatro testemunhas homens.

O governo norueguês prometeu nesta sexta-feira (19/07)  apoiar judicialmente a jovem. "A sentença em Dubai a uma norueguesa que denunciou um estupro é contrária a nosso sentido da justiça. Daremos a ela apoio no processo de apelação", manifestou o ministro das Relações Exteriores norueguês, Espen Barth Eide, em sua conta do Twitter. O caso mostra "a posição legal da mulher em muitos países", acrescentou, para expressar o compromisso do governo norueguês com os direitos da mulher, especialmente nesse caso.

Marte fez uma denúncia por estupro em março, quando estava em viagem de negócios pelo país. Após ir a uma festa e de volta ao hotel, sob os efeitos de álcool, um companheiro a levou ao seu quarto, onde aconteceu supostamente a violação. Ela decidiu prestar queixa, mesmo sendo advertida de que a acusação não daria em nada. A vítima passou vários dias em uma cela, até que finalmente entrou em contato por telefone com parentes e o consulado norueguês.

Graças ao empenho do consulado, a norueguesa conseguiu ser libertada, à espera de julgamento, e passou um período em uma instituição religiosa, informou a imprensa norueguesa. Segundo informações do site norueguês VG.no, no dia em que fez a denúncia, Marte ainda foi alvo de gozações das autoridades, que teriam perguntado a ela se"estava fazendo a denúncia por não ter gostado do sexo".

* Com informações da Agência Efe
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