quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Medidas do governo do RJ causam repúdio e conflitos na assembléia estadual

Blindados e cavalaria foram chamados para afastar servidores, entre eles policiais. Bombas de gás e efeito moral foram usadas para repelir protesto

Rio - Após um começo pacífico na manhã desta quarta-feira, o clima ficou tenso na entrada da Assembleia Legislativa, onde devem ser discutidas as medidas do pacote fiscal do governo do Estado para sair da crise.

Tumulto marca protesto na AlerjEFE/ Antonio Lacerda

Por volta das 13h manifestantes derrubaram a primeira grade que cercava a assembleia e foram repelidas pelo Batalhão de Choque com bombas de gás lacrimogênio. Os manifestantes recuaram e voltaram a se agrupar em frente à Alerj. Um grupo se lançou contra a segunda grade e conseguiu derrubá-la.
Após a derrubada das grades, várias explosões foram ouvidas. Policiais do Choque se posicionaram em frente à entrada principal da Alerj para evitar que manifestantes tentem ocupar a Alerj.
Um blindado da Polícia Militar (caveirão) foi deslocado para o local. Blindados e cavalaria foram posicionados na praça em frente à Alerj, na Rua 1º de Março. Os manifestantes, que gritaram palavras de ordem contra o governador e o Batalhão de Choque.
Um manifestante foi socorrido por colegas, aparentemente ferido por uma explosão. Bombas de gás lacrimogênio e spray de pimenta foram disparados pela polícia para controlar os manifestantes. 
O protesto foi marcado pelas redes sociais e reúne todas as categorias que estão descontentes com o "pacote de maldades". Diretor secretário do Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio, Odonclei Boechat disse que os atos vão se suceder até o fim do ano em todos os dias em que houver discussão e/ou votação das medidas de Pezão, que visam ao reequilíbrio das contas do Estado, mergulhado num déficit de R$ 17,5 bilhões. A mais controversa é a que aumenta a contribuição previdenciária dos ativos e inativos. 
Os manifestantes bradam contra o "muro da vergonha" que os separa da entrada, e seguram faixas em que chamam a Alerj de "presídio de políticos". Os organizadores vão distribuir cestas básicas para os servidores mais necessitados - eles estão com salários atrasados, e não deverão receber o 13º salário.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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