O soro experimental e ainda não testado foi enviado à
Libéria logo depois da notícia da infecção no doutor Kent Brantly e na
enfermeira Nancy Writebol. O líquido tem que ser conservado
permanentemente a uma temperatura abaixo do zero graus, por isso a
transportação foi toda uma aventura, relatam os jornalistas.
De
acordo com a mesma fonte, o remédio, chamado ZMapp, provocou uma
melhora drástica nos pacientes, que logo foram salvos. Os dois foram
informados que o soro nunca tinha sido usado em pessoas, mas mostrou
resultados prometedores com símios. O ingrediente essencial do remédio
são anticorpos monoclonais de camundongos. Os animais foram infectados
com ebola e o organismo deles elaborava anticorpos para se defender da
infecção. Esses anticorpos foram coletados pelos cientistas e usados
para elaborar o remédio.
A ajuda prestada aos dois
médicos norte-americanos provocou uma discussão. A Organização Mundial
da Saúde (OMS) afirmou que “por várias razões, não se pode usar remédios
não testados em meio a um surto (de doença)”. Os Médicos Sem Fronteiras
declaram que o uso de remédios não testados em pessoas humanas é
discutível do ponto de vista ético. Porém, os dois missionários deram
seu consentimento formal para que fosse-lhe aplicado o tratamento
experimental.
Segundo a CNN, a companhia Mapp
Biopharmaceutical Inc., que fabrica o soro, tem “muito poucos
recipientes” restantes. A possibilidade de que o remédio seja fornecido
aos outros infectados não foi comentada.
A epidemia de
ebola afeta pessoas de várias nacionalidades que estão no local. Na
segunda-feira, o diário espanhol El País informava sobre a infecção do
sacerdote Miguel Pajares, que trabalha no hospital católico São José de
Monróvia (Libéria). Este é um dos muitos casos.
No entanto, na Rússia, o Centro Científico Estatal de Virologia e de Biotecnologia Vektor, está criando também uma vacina contra o ebola.
O número das vítimas mortais deste surto do ebola atingiu 887, e são 1323 casos de infecção.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_08_05/Soro-secreto-salvou-dois-norte-americanos-de-ebola-8403/
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