sexta-feira, 25 de abril de 2014

Campos-RJ :Novo plano de saúde de servidores tem questionamento

Novo plano de saúde de servidores tem questionamento

Dulcides Netto
Foto: Rodrigo Silveira
Servidores da Prefeitura de Campos reclamam da troca do plano Ases pelo União Hospitalar (UH) Saúde. Durante todo o dia de ontem, vários funcionários questionaram o fato de a sede da UH Saúde estar solicitando cópias de identidade, comprovante de residência, contracheque atualizado e cartão nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) — ao contrário do que foi dito pelo secretário de Administração e Gestão de Pessoas, Fábio Ribeiro, na qual a adesão para o novo plano seria automática. Servidores relataram também que funcionários do novo plano teriam informado que o usuário que estiver em tratamento deverá marcar uma consulta com o especialista para reavaliar o tratamento e conceder o encaminhamento para marcar na rede UH Saúde. A mudança começou a ocorrer ontem e abrange 8.089 funcionários municipais. Enquanto isso, a Prefeitura informou que, para garantir o atendimento aos funcionários públicos municipais, a UH criou o Centro de Referência para Atendimento ao Servidor e ampliou rede de atendimento.
— Além de todos esses problemas, o sistema 0800 não estava funcionando e após horas de tentativas, um atendente desligou na minha cara, após questionar uma dúvida. Entrei num site de pesquisas na internet e verifiquei dezenas de reclamações relacionadas ao UH Saúde. Queremos saber como vão ficar as nossas consultas, que estão marcadas para os próximos dias. Estive no UH Saúde para saber se já estava alocada no plano e vou ter que retornar outro dia e apresentar uma série de documentos. Até desisti de colocar dependentes, senão a lista de documentos vai aumentar ainda mais — relatou uma funcionária pública, que preferiu não ser identificada.
Como publicado na edição da última quinta-feira, dia 24 de abril, e no Blog Ponto de Vista, de Christiano Abreu Barbosa, hospedado na Folha Online, o leitor José Renato Rangel Duarte reclama da falta de diálogo do poder público. “Os servidores/consumidores do plano Ases, principais interessados, não foram ouvidos, portanto, é uma ato arbitrário e tirano da administração municipal, que se pauta de forma absolutista”.
Em matéria publicada no site da Prefeitura, no último dia 23, o órgão informou que a rede credenciada da operadora UH Saúde dispõe de vários prestadores de serviços para os servidores: Clínica Perissé, Centrocor, Clínica Santa Maria, Centro de Medicina Física e Reabilitação, Clínica de Audição, Hospital Prontocardio, Hospital Escola Álvaro Alvim, Hospital São Lucas (Macaé) e Hospital Armando Vidal (São Fidélis) são algumas das instituições que, a partir de agora, estarão à disposição dos servidores. Também informou que os servidores vão contar ainda com atendimento em instituições como o Centro Avançado de Alergia e Imunologia, Centro de Geriatria e Gerontologia, Centro Avançado de Urologia (CAU), Centro Pediátrico Paulo VI, entre outras.
Nota garante migração como previsto
Em nota a assessoria de Comunicação da secretaria de Saúde disse que, a migração é automática e os dados estão sendo enviados gradativamente para a operadora. A solicitação dos documentos é para a atualização do cadastro e concessão de credencial, de modo que os servidores possam utilizar os serviços de imediato. Já o Cartão Nacional do SUS é uma solicitação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os usuários dos planos de saúde, e todo cidadão deve ter.
O diretor-presidente da UH Saúde informa que nenhum paciente ficará sem atendimento e nenhum tratamento será interrompido. No entanto, procedimentos e exames do antigo plano devem ser transcritos e avaliados para autorização, conforme diretrizes de utilização e prazos da ANS. Segundo o secretário de Administração e Gestão de Pessoas, Fábio Ribeiro, o Plano Ases manifestou o não interesse na continuidade da prestação de serviços e a UH apresentou uma nova rede credenciada.
Dependentes — O pagamento do valor para os dependentes ocorre quando há necessidade de continuidade de tratamento médico antes de se consultarem, pois passam a usar o plano 30 dias após a inclusão. A medida é prevista em razão da necessidade de informar ao Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura para que seja efetuado o desconto em folha. O valor cobrado é para dependentes dos servidores que não quiserem esperar o desconto em folha e desejarem começar a usar o plano antes desses 30 dias. Para os servidores, o plano de saúde é totalmente pago pela Prefeitura.
25/04/2014 12:51
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