sábado, 15 de março de 2014

PLR Futura é uma armadilha

quinta-feira, 6 de março de 2014


apn.org.br
Entenda em 9 razões como as Metas e Indicadores foram feitos sob medida para atender aos interesses da empresa e prejudicar os(as) trabalhadores(as).
1) Os indicadores são: EON – Eficiência das Operações com Navios; Custo Unitário de Extração no Brasil sem participações governamentais; Produção de Óleo e LGN no Brasil; Carga Fresca Processada no Brasil; Atendimento à Programação de entrega de Gás Natural e Total de Petróleo e Derivados Vazado.
2) Estes itens dependem de inúmeras condições operacionais que, por muitas vezes, nós não temos controle, tanto por conta da maturação dos poços como por resultado das condições operacionais precárias que a Empresa deixou chegarem as refinarias, plataformas e terminais.
3) No caso dos navios, como acordar algo assim, se essa eficiência depende de fatores tão incontroláveis como as condições climáticas de cada local, ou a disponibilidade para manobras de atracação de cada terminal?
4) O Sindicatos/trabalhadores não tem nenhum poder em definir o valor das metas. Segundo o próprio termo da empresa, “as metas dos indicadores são definidas pela Diretoria Executiva da Cia e aprovadas pelo CA quando da revisão do Plano de Negócios e Gestão”
5) Para aumentarmos a nossa remuneração variável, seremos ainda mais pressionados a fazer tudo a toque de caixa, impactando diretamente na segurança. E isto vem acompanhado da meta de óleo vazado, justamente quando a empresa aplica o nefasto Procop que, como vimos recentemente, gera justamente mais acidentes, sucateamento e, caso o Regramento seja aprovado, impactará novamente no nosso salário.
6) É impossível alcançar um nível de cumprimento global das metas que permita receber um percentual maior do Lucro Líquido do que o cumprimento regular das metas.
Isso cria ao invés de um sistema de metas um sistema de penalidades, onde não é possível se beneficiar pelo que for alcançado além da meta, porém haverá penalidade pelo que ficar abaixo dela.
7) Dos indicadores propostos, 3 deles são praticamente impossíveis de chegarem a 120% da meta, impedindo de passarmos ao estágio seguinte de cumprimento das metas (110%, que passaria a 6,75% do Lucro Líquido).
8) No caso do Total de Petróleo e Derivados Vazado só vai até 100%. Desta maneira, para alcançar a meta de 120%, seria necessário que os demais indicadores ficassem com uma média de 124%! Isso torna ainda mais difícil alcançar o patamar de 110% e elimina qualquer possibilidade de alcançar 120% no geral.
9) Duas das metas são baseadas em valores percentuais, porém o atingimento é calculado de forma linear.
A tabela de cumprimento das metas de PLR mostra uma variação unitária (95%, 96%, 97%…) entre 95% e 100% e uma variação bem maior para outros intervalos. Isso mostra que foi tudo arquitetado para essa faixa de operação entre 95% e 100% de cumprimento.



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