terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Os jornalistas brasileiros
lamentamos, nesta segunda-feira (10), o falecimento do companheiro de
profissão Santiago Ilídio Andrade, 49 anos, repórter cinematográfico da Band,
atingido na cabeça por um rojão na última sexta-feira, dia 7 de
fevereiro, quando trabalhava na cobertura de uma manifestação contra o
aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro.
A Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas reitera sua
solidariedade aos familiares, amigos e colegas de Santiago. Mas, nesse
momento de dor e luto, não pode se calar frente aos riscos a que estão
expostos os trabalhadores da notícia de todo o país.
A morte de Santiago não pode ser considerada um fato isolado, nem mesmo
uma fatalidade, pois não são raros os atos de violência e morte de
jornalistas por exercerem sua profissão.
No dia 11 de novembro de 2011, Gelson Domingos da Silva, 46, também
cinegrafista da Band, faleceu após ser atingido com um tiro de fuzil
durante a cobertura da operação policial na favela Antares, no Rio de
Janeiro.
Em junho passado, o repórter fotográfico Sérgio Andrade Silva, da
agência Futura Press, ficou cego de um olho após ser atingido por uma
bala de borracha, quando cobria um ato contra o aumento de passagens do
transporte público em São Paulo.
E os jornalistas Rodrigo Neto, 38, e Walgney Assis Carvalho, 43, foram
mortos a tiros em Ipatinga, no Vale do Aço, respectivamente, em março e
abril de 2013.
O adicional de periculosidade e a aposentadoria especial são mais do que
um direito, são instrumentos de melhores condições de vida do
trabalhador da notícia.
E a exigência da adoção de um protocolo de segurança, treinamento de
pessoal e fornecimento de equipamento adequando aos profissionais da
imprensa pelas empresas são uma obrigação. E a criação de uma política
de segurança, garantida a autonomia dos jornalistas, deve ser uma
arma contra os ricos e ameaças a que está exposta a categoria.
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