sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Esta
ilustração compara a Terra com o recém-confirmado mundo "torrado"
Kepler-78b. Kepler-78b é cerca de 20% maior que a Terra e 70% mais
massivo. Kepler-78b completa uma órbita em torno da sua estrela
hospedeira a cada 8,5 horas.Crédito: David A. Aguilar (CfA)
Astrónomos descobriram
o primeiro planeta do tamanho da Terra para lá do nosso Sistema Solar
que tem uma composição rochosa como a da Terra. Kepler-78b gira em torno
da sua estrela-mãe a cada 8,5 horas, o que o torna num inferno em
chamas e nada adequado para a vida como a conhecemos. Os resultados
foram publicados em dois artigos da revista Nature. A
notícia chegou em grande estilo com a mensagem: 'Kepler-10b tem um
irmão mais novo,'" afirma Natalie Batalha, cientista da missão Kepler no
Centro de Pesquisa Ames da NASA em Moffett Field, no estado americano
da Califórnia. Batalha liderou a equipa que descobriu Kepler-10b, um
planeta também rochoso mas maior identificado pelo observatório Kepler.
"A mensagem expressa a alegria em
saber que a família de exoplanetas do Kepler está a crescer," reflecte
Batalha. "Também diz muito sobre o progresso. As equipas Doppler estão
atingindo maior precisão, medindo massas de planetas cada vez mais
pequenos. Isto é um bom augúrio para o objectivo mais amplo de um dia
encontrar provas de vida para lá da Terra. Kepler-78b
foi descoberto usando dados do telescópio espacial Kepler da NASA, que
durante quatro anos estudou simultaneamente e continuamente mais de
150.000 estrelas à procura de quedas reveladoras no seu brilho
provocadas pela passagem, ou trânsito, de planetas.
Duas equipes dependentes de pesquisa,
de seguida, usaram telescópios terrestres para confirmar e caracterizar
Kepler-78b. Para determinar a massa do planeta, as equipas usaram o
método de velocidade radial para medir a oscilação gravitacional que um
planeta em órbita provoca na sua estrela. O Kepler, por outro lado,
determina o raio de um planeta pela quantidade de luz bloqueada quando
passa em frente da sua estrela hospedeira. Já
foram descobertos um punhado de planetas com o tamanho ou massa da
Terra. Mas Kepler-78b é o primeiro a ter a massa e o seu tamanho medido.
Com ambas estas características conhecidas, os cientistas podem
calcular a densidade e determinar a composição do planeta.
Kepler-78b tem 1,2 vezes o tamanho da
Terra e é 1,7 vezes mais massivo, o que resulta numa densidade idêntica à
da Terra. Isto sugere que Kepler-78b é também composto principalmente
por rocha e ferro. A sua estrela é um pouco mais pequena e menos massiva
que o Sol e está localizada a cerca de 400 anos-luz de distância na
direcção da constelação de Cisne. Uma
equipa liderada por Andrew Howard da Universidade do Hawaii em
Honolulu, fez o acompanhamento com observações no Observatório W. M.
Keck no topo do Mauna Kea no Hawaii.
A outra equipa liderada por Francesco
Pepe da Universidade de Genebra, na Suíça, fez o seu trabalho no solo no
Observatório Roque de los Muchachos de La Palma, nas Ilhas Canárias. Este
resultado será um dos muitos discutidos na próxima semana, durante a
segunda conferência científica do Kepler entre 4 e 8 de Novembro no
Centro de Pesquisa Ames da NASA. Mais de 400 astrofísicos da Austrália,
China, Europa, América Latina e EUA vão reunir-se para apresentar os
seus resultados mais recentes usando dados do Kepler acessíveis ao
público em geral.
Fonte: Astronomia 0n-Line
Esta
ilustração compara a Terra com o recém-confirmado mundo "torrado"
Kepler-78b. Kepler-78b é cerca de 20% maior que a Terra e 70% mais
massivo. Kepler-78b completa uma órbita em torno da sua estrela
hospedeira a cada 8,5 horas.Crédito: David A. Aguilar (CfA)
Astrónomos descobriram
o primeiro planeta do tamanho da Terra para lá do nosso Sistema Solar
que tem uma composição rochosa como a da Terra. Kepler-78b gira em torno
da sua estrela-mãe a cada 8,5 horas, o que o torna num inferno em
chamas e nada adequado para a vida como a conhecemos. Os resultados
foram publicados em dois artigos da revista Nature. A
notícia chegou em grande estilo com a mensagem: 'Kepler-10b tem um
irmão mais novo,'" afirma Natalie Batalha, cientista da missão Kepler no
Centro de Pesquisa Ames da NASA em Moffett Field, no estado americano
da Califórnia. Batalha liderou a equipa que descobriu Kepler-10b, um
planeta também rochoso mas maior identificado pelo observatório Kepler.
"A mensagem expressa a alegria em
saber que a família de exoplanetas do Kepler está a crescer," reflecte
Batalha. "Também diz muito sobre o progresso. As equipas Doppler estão
atingindo maior precisão, medindo massas de planetas cada vez mais
pequenos. Isto é um bom augúrio para o objectivo mais amplo de um dia
encontrar provas de vida para lá da Terra. Kepler-78b
foi descoberto usando dados do telescópio espacial Kepler da NASA, que
durante quatro anos estudou simultaneamente e continuamente mais de
150.000 estrelas à procura de quedas reveladoras no seu brilho
provocadas pela passagem, ou trânsito, de planetas.
Duas equipes dependentes de pesquisa,
de seguida, usaram telescópios terrestres para confirmar e caracterizar
Kepler-78b. Para determinar a massa do planeta, as equipas usaram o
método de velocidade radial para medir a oscilação gravitacional que um
planeta em órbita provoca na sua estrela. O Kepler, por outro lado,
determina o raio de um planeta pela quantidade de luz bloqueada quando
passa em frente da sua estrela hospedeira. Já
foram descobertos um punhado de planetas com o tamanho ou massa da
Terra. Mas Kepler-78b é o primeiro a ter a massa e o seu tamanho medido.
Com ambas estas características conhecidas, os cientistas podem
calcular a densidade e determinar a composição do planeta.
Kepler-78b tem 1,2 vezes o tamanho da
Terra e é 1,7 vezes mais massivo, o que resulta numa densidade idêntica à
da Terra. Isto sugere que Kepler-78b é também composto principalmente
por rocha e ferro. A sua estrela é um pouco mais pequena e menos massiva
que o Sol e está localizada a cerca de 400 anos-luz de distância na
direcção da constelação de Cisne. Uma
equipa liderada por Andrew Howard da Universidade do Hawaii em
Honolulu, fez o acompanhamento com observações no Observatório W. M.
Keck no topo do Mauna Kea no Hawaii.
A outra equipa liderada por Francesco
Pepe da Universidade de Genebra, na Suíça, fez o seu trabalho no solo no
Observatório Roque de los Muchachos de La Palma, nas Ilhas Canárias. Este
resultado será um dos muitos discutidos na próxima semana, durante a
segunda conferência científica do Kepler entre 4 e 8 de Novembro no
Centro de Pesquisa Ames da NASA. Mais de 400 astrofísicos da Austrália,
China, Europa, América Latina e EUA vão reunir-se para apresentar os
seus resultados mais recentes usando dados do Kepler acessíveis ao
público em geral.
Fonte: Astronomia 0n-Line
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