18/10/2013 13h18
- Atualizado em
18/10/2013 13h18
Greve ganha força em Campos, RJ, e petroleiros denunciam Petrobras à PF
Sindicalistas afirmam que Petrobras está impedindo alguns desembarques.
Petrobras ainda não se posicionou sobre denúncia de cárcere privado.
3 comentários
Funcionários da petrolífera lotaram Heliporto do Farol
na quinta (Foto: Evandro Duarte/ InterTv Planície)
Após o anúncio da paralisação em grande parte das plataformas da Bacia
de Campos, no Norte Fluminense, o Sindicato dos Petroleiros
(Sindipetro-NF) informou que a adesão de funcionários aumentou. Das 50
plataformas de produção, perfuração e manutenção da Petrobras que atuam
na Bacia de Campos, 40 foram entregues à empresa pelos trabalhadores.
Pela primeira vez uma plataforma de manutenção aderiu a greve. Ainda
segundo o sindicato, 15 destas plataformas foram entregues com a
produção totalmente parada e atualmente a produção é mantida com equipes
de contingência.na quinta (Foto: Evandro Duarte/ InterTv Planície)
Nesta sexta-feira (18), membros do Sindipetro-NF estão no heliporto do Farol de São Tomé e no Aeroporto de Campos com o objetivo de convencer os petroleiros a não embarcarem para as plataformas. “A adesão está sendo em massa. Temos ônibus chegando com vários trabalhadores e conseguimos fazer esse trabalho de convencimento. Temos notícias que apenas dois trabalhadores furaram a greve e embarcaram no Heliporto para as plataformas”, informou um dos diretores do sindicato, Armando de Freitas.
Vários petroleiros estão desembarcando em Campos, mas ainda não há um número exato de grevistas. O sindicato calcula uma média de 2 mil pessoas. Os trabalhadores ficam em hotéis da cidade financiados pelo próprio sindicato até que a situação se resolva. Nesta sexta-feira (18), às 17h, o Sindipetro-NF realiza uma reunião com os grevistas que desembarcaram para saber das condições dos trabalhadores nas plataformas.
“Nós estamos denunciando a Petrobras por cárcere privado no caso dos trabalhadores que não conseguem desembarcar. Fomos na Polícia Federal em Macaé e pedimos um mandado de segurança. Queremos obrigar a empresa a desembarcar todos os grevistas que estão a bordo”, informou Marcos Breda, um dos diretores do Sindipetro.
Petroleiros chegam no Heliporto do Farol e desistem
de embarcar (Foto: Priscilla Alves/ G1)
Reivindicações - Ainda segundo o sindicato, o que
motivou a greve foi uma proposta de acordo coletivo e de pagamento de
participação nos lucros e resultados futuros. Essa proposta foi
apresentada pela Petrobras no último dia 7, mas não foi aceita. Além de
uma nova proposta de acordo coletivo, os petroleiros exigem a suspensão
imediata do leilão de libra, que está previsto para acontecer na próxima
segunda-feira (21), e a retirada do projeto de lei que trata da
regulamentação da terceirização e aguarda votação na Câmara dos
Deputados.de embarcar (Foto: Priscilla Alves/ G1)
Petrobras diz que está aberta ao processo de negociação
Através de nota, divulgada na quinta-feira (17), a assessoria da Petrobras disse que tem como prática nesse tipo de mobilização tomar todas as medidas necessárias para garantir suas operações, de modo a não haver qualquer prejuízo às atividades da empresa e ao abastecimento do mercado, sendo mantidas as condições de segurança dos trabalhadores e das instalações da companhia.
Sobre as negociações do acordo coletivo de trabalho, a Petrobras realizou uma série de reuniões com as entidades sindicais e apresentou sua proposta ao longo das últimas semanas. Além de uma proposta completa para as cláusulas sociais (relacionadas ao plano de saúde, benefícios educacionais, saúde, segurança, condições de trabalho) , a empresa propôs um reajuste de 7,68% e uma gratificação equivalente a uma remuneração, entre outros ganhos econômicos. A Petrobras afirma que está aberta ao processo de negociação com as entidades sindicais.
A empresa ainda não se posicionou sobre a denúncia de cárcere privado feita pelo Sindipetro.
tópicos:
0 comentários:
Postar um comentário