segunda-feira, 15 de julho de 2013

Egito começa o dia com potencial situação de violência


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Egito começa o dia com potencial situação de violênciaCairo, 15 jul (Prensa Latina) A violência contida depois dos acontecimentos dos últimos dias pode estourar hoje aqui, pois partidários e rivais do presidente egípcio Mohamed Morsi anunciam manifestações a favor e contra as autoridades provisórias, respectivamente.
Na península do Sinai, ao amanhecer, três pessoas morreram e 17 ficaram feridas em um ataque com granadas autopropulsadas contra um ônibus que transportava trabalhadores de uma fábrica de concreto operada pelo Exército, segundo fontes oficiais.

O incidente ocorreu perto da cidade de El Arish, no norte da península nordeste egípcia, onde horas atrás as Forças Armadas anunciaram ter eliminado os cinco responsáveis de um ataque feito há alguns dias contra o aeroporto dessa localidade.

Um porta-voz da Irmandade Muçulmana (IM, islamistas) negou responsabilidade na ação e assegurou que foi "realizada pela Mujabarat (Serviço de Inteligência, em árabe) para justificar o golpe militar contra o presidente Mohamed Morsi".

Fontes militares refutaram que um de seus veículos tenha sido alvo de um atentado dinamiteiro no Sinai, no qual morreu uma pessoa; o autor da tentativa morreu quando manipulava o artefato explosivo, disse o informante.

No entanto, a atenção está centrada hoje nas manifestações de partidários e adversários do presidente deposto, detido desde 3 de julho e submetido desde ontem a interrogatório, depois de acusações de espionagem, incitação à violência e danos à economia durante seus 367 dias de exercício da presidência.

Porta-vozes da IM disseram que pretendem realizar passeatas para as sedes do Conselho Nacional de Segurança e do Quartel Geral da Guarda Republicana, ambos no distrito da Cidade Nasser, apesar de uma advertência do Comando das Forças Armadas para que durante seus protestos evitem os edifícios públicos e as instalações militares.

No sábado, helicópteros do Exército sobrevoaram os arredores da mesquita Rabaa Al Adawiya, nessa mesma comunidade, e distribuíram folhetos nos quais garantem que os manifestantes que desejarem abandonar o local não serão perseguidos.

Por sua vez, as organizações opostas a Morsi convocaram seus seguidores a reunir-se na Praça Tahrir, no centro desta capital, e em frente ao palácio presidencial de Ittihadiya, no distrito de Heliópolis, para contraporem-se aos islamistas.

Ambas as manifestações constituem uma demonstração de força das partes a poucas horas da chegada aqui do subsecretário de estado norte-americano William Burns, para se reunir com as novas autoridades.

pgh/msl/es
Modificado el ( lunes, 15 de julio de 2013 )
 
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