segunda-feira, 27 de maio de 2013

Guerrilheiros atacam paramilitares e parlamentares de extrema-direita na India

Ataque maoísta deixa ao menos 17 mortos na Índia

Caravana com vários congressistas foi atacada pelo que governo declarou como principal ameaça para a segurança interna

Pelo menos 17 pessoas morreram, entre elas vários políticos do Partido do Congresso, e outras 20 ficaram feridas neste sábado (25/05) em um ataque de guerrilheiros maoístas a uma caravana da legenda no estado de Chhattisgarh, na região central da Índia.

O ataque aconteceu no começo da tarde no vale de Dharba, e teme-se que o chefe do partido no estado, Nand Kumar Patel, e seu filho tenham sido sequestrados, informou a agência local PTI.

Entre os mortos estão Mahendra Carma, veterano do partido e criador em 2005 de um movimento paramilitar antimaoísta, já dissolvido após ser declarado ilegal pelos tribunais, e Uday Mudaliar, ex-legislador.

Segundo a "PTI", o ex-ministro Vidya Charan Shukla está gravemente ferido após ser atingido por várias balas e será transferido a um hospital de Nova Délhi.

A caravana retornava de um comício na cidade de Jagdalpur, cerca de 340 quilômetros da capital do estado, Raipur, quando os rebeldes detonaram uma mina e cerca de 150 maoístas começaram a disparar indiscriminadamente contra os veículos, segundo o relato do jornal The Times of India.

Sonia Gandhi, presidente do Partido do Congresso, expressou sua comoção perante o ataque, enquanto o primeiro-ministro, Manmohan Singh, qualificou o incidente como "um ataque contra a democracia".

A guerrilha maoísta tem suas fortificações no chamado "cinturão vermelho" da Índia, uma faixa de território que percorre o centro e o leste do país e na qual contam com vários campos de treinamento.

O governo da Índia declarou os rebeldes maoístas como a principal ameaça para a segurança interna do país. Conhecidos como naxalitas após protagonizar uma revolta na aldeia bengali de Naxalbari em 1967, lutam por uma revolução agrária de características comunistas.

A guerrilha maoísta está ativa em pelo menos 12 regiões e mais de um terço dos distritos da Índia, mas representa uma ameaça "grave" em pouco mais de 10% deles.
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