60 anos depois, Stálin vive!
Há 60 anos falecia a maior
personalidade política da história da luta revolucionária mundial.
Jossif Vissarionóvitch Djugashvili, ou apenas Stálin (pseudônimo que em
russo significa “homem de aço”), dirigente máximo do Partido Comunista
Bolchevique e da construção do socialismo na União Soviética, morria em 5
de março de 1953, aos 74 anos, devido a um derrame cerebral. Em seu
enterro compareceram 4 milhões de pessoas.
Foi uma perda incomensurável para o
movimento comunista internacional. Não era apenas a morte de uma figura
política qualquer. Tratava-se do homem cuja vida e obra foram capazes de
sintetizar o movimento histórico de toda uma classe oprimida pela
verdadeira libertação da exploração capitalista.
Stalin nasce em 21 de dezembro de
1879 em Gori, província de Tblissi, na Geórgia, filho de pai sapateiro e
mãe camponesa. Conheceu a literatura revolucionária ainda na
adolescência, quando estava no seminário de sua terra natal. Foi
fundador e principal dirigente, ao lado de Lenin, do Partido Operário
Social-Democrata da Rússia (Bolchevique), responsável pela direção do
movimento de massas que culminou na Revolução de Outubro de 1917, que
pôs nas mãos dos operários, soldados e camponeses organizados nos
sovietes (conselhos populares) o poder do Estado, inaugurando a primeira
nação socialista da história.
Esteve à frente da luta titânica do
povo soviético pela consolidação do socialismo na Rússia e nas demais
nações que compunham a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas,
fundada em 1922. Todas as batalhas enfrentadas pela classe operária
revolucionária e pelos bolcheviques contaram com sua firme participação e
direção. O firme combate aos inimigos internos e externos após a
Revolução e durante a guerra civil de 1918 a 1921; a luta contra os
traidores do socialismo e contrarrevolucionários (entre os quais
Trotski) na década de 1930; o desenvolvimento vertiginoso da economia e
as incontáveis conquistas sociais e culturais conquistadas; a heroica
guerra travada para destruir o nazi-fascismo; e a reconstrução dos
países agredidos pelas hordas de Hitler poucos anos após o final da
Segunda Guerra Mundial tornam-se simplesmente ilegíveis se
desconsiderarmos a importância decisiva de Stálin na história do
processo revolucionário.
Por isso que sua figura é, ao mesmo
tempo, uma das mais amadas pelos lutadores e lutadoras de todo mundo e a
mais odiada pela burguesia e seus ideólogos mercenários.
Até hoje observam-se inúmeras
demonstrações de homenagem à sua memória, sobretudo nos países que
pertenceram à URSS. Cartazes com fotos de Stalin em manifestações
populares e atos reunindo milhares de pessoas contra a retirada de
monumentos do dirigente soviético são só uma pequena demonstração da
esperança que seu nome incita naqueles que ainda acreditam ser possível
acabar de vez com o jugo capitalista.
É por isso que a burguesia faz de
tudo para falsear a história sobre sua vida e seu papel à frente da
União Soviética e do Partido Bolchevique. Todo arsenal ideológico
anticomunista fabricado após a apresentação do famigerado “relatório
secreto” de Kruschev após o XX Congresso do Partido é repetido até
hoje, ad nauseum, nos meios de comunicação, nas escolas e universidades em quase todo mundo.
Ela, para manter seu domínio de
classe, necessita acabar com qualquer rastro de esperança de emancipação
dos trabalhadores. Só que, à medida que se aprofunda a crise do
capitalismo, fica cada vez mais difícil para os capitalistas e seus
papagaios manter seu castelo de areia repleto de mentiras, já que é cada
vez maior a rebeldia, a mobilização e a organização do povo contra a
opressão.
Aproxima-se o dia em que os ventos
vermelhos que dizimaram as mazelas da exploração do homem pelo homem da
face de quase um terço do globo terrestre estremeçam novamente o mundo.
Jonatas Henrique, Belo Horizonte
Fonte - A Verdade
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