terça-feira, 18 de setembro de 2012

ONU mesmo oscilante reconhece a presença de mercenários terroristas na Síria

ONU aponta presença de militantes estrangeiros na Síria

Comissão Internacional de Investigação para o país reafirma que opositores e regime cometeram crimes de guerra







Agência Efe (17/09/12)

Paulo Sérgio Pinheiro, presidente da Comissão de Investigação para a Síria da ONU, realiza discurso sobre o conflito no país

O número de militantes estrangeiros que lutam contra o presidente Bashar al Assad na Síria está aumentando, anunciou nesta segunda-feira (17/09) a Comissão Internacional de Investigação para a Síria das Nações Unidas. Os pesquisadores acreditam que esta presença externa pode ter ajudado na radicalização do conflito, que assola o país há 18 meses.

Enquanto alguns se unem às forças opositoras ao regime, outros operam de forma independente no território sírio, explicou Paulo Sérgio Pinheiro, o presidente do painel, para o Conselho de Direitos Humanos da ONU. “A comissão pôde comprovar que estes elementos estão levando os combatentes a assumir posições muito mais radicais”, disse.

Confirmando o relatório divulgado pelo painel em agosto deste ano, o diplomata brasileiro descreveu uma situação alarmante na Síria, onde forças da oposição e do regime violam os direitos humanos. Segundo os especialistas, o conflito no país é marcado pela ocorrência de execuções e prisões indevidas, além de casos de tortura e violência contra crianças e mulheres.

“Apesar de as violações cometidas pelos grupos da oposição serem sérias, não alcançam a gravidade, frequência e escala daqueles cometidos pelos órgãos governamentais e pelas milícias de Assad”, afirmou Pinheiro, reiterando as descobertas do documento de agosto. O presidente da comissão acrescentou, no entanto, que as violações “aumentaram em número, ritmo e intensidade”.

Agência Efe (17/09/12)

O diplomata brasileiro Paulo Pinheiro realiza discurso sobre conflito sírio no Conselho de Direitos Humanos da ONU

O grupo informou que possui uma lista secreta de militantes sírios suspeitos de violar os direitos humanos no conflito baseada em evidências concretas. Pinheiro recomendou ao Conselho de Segurança da ONU processar estes grupos e indivíduos por crimes de guerra no Tribunal Penal Internacional.

"Recomendamos que o nosso relatório seja transmitido ao Conselho de Segurança de forma que possa tomar as medidas apropriadas tendo em vista a gravidade das violações, abusos e crimes perpetrados pelas forças governamentais e pelos grupos opositores ao regime de Assad”, acrescentou o diplomata.

A comissão se reuniu nesta segunda (17/09) com o Conselho de Direitos Humanos da ONU para analisar seu relatório sobre o conflito sírio divulgado no dia 15 de agosto. O documento, de 102 páginas, cobriu um período entre 15 de fevereiro e 20 de julho e envolveu 1.062 entrevistas.

Investigação independente

Algumas das descobertas da comissão foram respaldadas por uma investigação autônoma da HRW (Human RIghts Watch na sigla em inglês), divulgada nesta segunda (17/09). No relatório, a organização norte-americana acusou as forças da oposição de violarem os direitos humanos durante combates no norte da Síria.

A HRW compilou dezenas de casos de execução perpetrados por rebeldes nas províncias de Idlib, Aleppo e Latakia. Segundo o documento, três líderes dos grupos opositores chegaram a afirmar que as vítimas, membros de uma milícia pró Assad, “mereceram sua morte”.
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pensarnetuno:
  O uso de uniformes do Exército Árabe Sírio durante as execuções perpretadas por estes comandos pró-OTAN é notícia escamoteada pela imprensa da desinformação e pela ONU.
  Observando que os países com seus povos são mais importantes que seus governantes,
mas tais governantes são substancialmente relevantes quando defendem seus países das agressões do imperialismo.
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