quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Espanha & Grécia: Capitalistas-vampiros, sorridentes, pedem mais $angue de suas vítimas!

 

Espanhóis e gregos voltam a demonstrar revolta com medidas contra crise

Novas manifestações devem ocorrer na Espanha nos próximos dias, com a apresentação do orçamento de 2013








Agência Efe

Na Grécia, ao menos 35 mil pessoas saíram às ruas para protestar contra as medidas de austeridade

Os cortes exigidos pela Comissão Europeia na tentativa de conter a crise econômica seguem sendo a origem de diversos protestos pelo continente. Durante esta quarta-feira (26/09), as manifestações se concentraram na Espanha e na Grécia.

Os manifestantes espanhóis exigem a criação de uma nova assembleia constituinte e a renúncia imediata do presidente do governo, Mariano Rajoy. Nesta semana, os atos têm sido marcados por forte repressão policial, que tentaram entrar até mesmo em restaurantes e no metrô para prender os participantes do movimento.

Mesmo assim, os protestos devem ganhar fôlego ainda maior a partir desta quinta-feira (27/09), quando será apresentado o projeto de orçamento para 2013, com cortes estimados em 40 bilhões de euros, valor maior do que o realizado neste ano.

Agência Efe

Há protestos agendados até o próximo sábado, em favor da renúncia de Mariano Rajoy

Além do projeto de orçamento, o Conselho de Ministros aprovará um Plano Nacional de Reformas que será enviado a Bruxelas. O plano contém, entre seus elementos básicos, medidas contra a fraude fiscal, a liberalização de alguns setores para fomentar a competitividade e a eliminação de impedimentos e procedimentos administrativos para que exista uma unidade de mercado mais coerente.

Em Nova York, durante Rajoy ironizou as manifestações e elogiou a “imensa maioria dos espanhóis que está trabalhando, fazendo o que pode e dando o melhor de si", sem se deixarem “levar pelo comportamento de alguns cidadãos".


 
A Espanha atravessa desde 2008 uma profunda crise, deixando a economia em recessão e elevando a taxa de desemprego para quase 25% da população, sendo de quase 50% entre os jovens.

O Banco Central da Espanha adiantou hoje que os dados disponíveis do terceiro trimestre sugerem que o PIB do país "continuaram caindo a um ritmo significativo" até setembro, após fechar junho com queda de 1,3%. A previsão do governo é que o ano termine com recessão de 1,5% na economia, embora outros organismos, como a OCDE e o FMI, a elevem para 1,6% e 1,7%, respectivamente.

Grécia

Na Grécia, as principais confederações sindicais convocaram uma greve geral contra os novos cortes que o governo de Antonis Samaras anunciará nos próximos dias. De acordo com a polícia local, ao menos 35 mil pessoas participaram da manifestação, que acabou em conflito e com a prisão de mais de cem gregos.

Segundo a principal união de trabalhadores do setor privado, todos os funcionários de estaleiros, transporte marítimo e refinarias aderiram ao protesto. Além deles, a grande maioria dos profissionais da construção, da indústria metalúrgica e de hotéis, bancos e empresas públicas também se recusaram a trabalhar.

"Os planos de resgate aumentaram o número de desempregados para 25%, isso segundo números oficiais, porque na realidade a taxa é de 32%. Nesta situação crítica para seu futuro, em vez de homens políticos, a Grécia tem anões políticos", afirmou o secretário-geral da central sindical GSEE, Nikos Kiutsukis.

Pela primeira vez, a greve geral teve a participação do pequeno comércio, que fechou as portas até o meio da tarde para protestar que os cortes salariais e o aumento de impostos reduziram drasticamente o consumo.

Agência Efe

Nos próimos dias, o governo grego deve anunciar novas medidas para tentar conter a crise financeira

"Cerca de 160 mil empresas se declararam em quebra nestes dois anos. Com as novas medidas, outras 120 mil pequenas companhias fecharão, provocando a perda de 200.000 postos de trabalho", disse Yorgos Kavvazas, presidente da Confederação Nacional de Pequenos Empresários.

As novas medidas de poupança no país compreendem 11,5 bilhões de euros em cortes orçamentários e outros 2 bilhões em novas arrecadações. O pacote de medidas, que tem o apoio de Samaras, ainda precisa receber o aval do restante do governo e ser apresentado ao parlamento antes da próxima reunião do Eurogrupo, em 8 de outubro. Alguns dos profissionais públicos que sofrerão maior redução salarial são os professores universitários, os médicos, os juízes e membros das forças de segurança
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