quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Desde os babilônios, quem cria dinheiro/$ pode saquear os povos

Esquecemos o que os antigos sumérios e babilónios, os primeiros judeus e cristãos, os Pais Fundadores e até Napoleão Bonaparte sabiam sobre o dinheiro*
Por Washington’s blog

Mike ―Mish‖ Shedlock tem repetidamente assinalado que atingimos o ―pico do crédito‖ e que não haverá no nosso tempo de vida tanto crédito como o que vimos de 2000 a 2008.
Notei no passado ano: ―Michael Hudson é um economista altamente considerado. É distinto Professor Investigador na Universidade de Missouri, Kansas City, e foi consultor dos governos americano, canadiano, mexicano e lituano, assim como do Instituto de Formação e Investigação das Nações Unidas. É um antigo economista da Wall Street no Chase Manhattan Bank que também ajudou a estabelecer o primeiro fundo de dívida soberana do mundo. Diz Hudson que em todos os países e através da história, a dívida cresce sempre exponencialmente, enquanto a economia cresce sempre como uma curva em S. Além disso, diz Hudson que os sumérios e os babilónios sabiam que a dívida tinha que ser periodicamente perdoada, porque a dimensão das dívidas ultrapassa
sempre o tamanho da economia real.
Por exemplo, Hudson notou em 2004: ―O pensamento económico da Mesopotâmia, cerca de 2000 AC, assentava em bases matemáticas mais realistas do que a ortodoxia de hoje. Os babilónios parecem pelo menos ter reconhecido que a acumulação da dívida se torna com o tempo cada vez mais intrusiva, na medida em que tende a exceder a capacidade para pagar, culminando numa concentração da propriedade nas mãos dos credores. *** Os babilónios reconheciam que, enquanto as dívidas crescem exponencialmente, o resto da economia (o que hoje se chama a economia "real") cresce menos rapidamente. Os economistas de hoje não se entenderam com este problema com tanta clareza. Em vez de um entendimento conceptual que encare um regulador ou estado forte para manter a equidade e restaurar o equilíbrio económico quando perturbado, os modelos de equilíbrio geral de hoje refletem o jogo da oferta e da procura em economias sem dívida que não tendem a polarizar ou gerar outros problemas estruturais.‖
E Hudson escreveu no ano passado: ―Qualquer economista que tenha olhado para a matemática do juro composto terá notado que ao fim e ao cabo as dívidas não podem ser pagas. Cada taxa de juro pode ser vista em termos do tempo que uma dívida leva a duplicar. A 5%, uma dívida passa para o dobro em 14 anos e meio, a 7% em 10 anos, a 10% em 7 anos. Há tanto tempo como 2000 AC na Babilónia, os escribas contabilistas eram ensinados a calcular como é que um empréstimo duplicava em 5 anos ao então juro equivalente de 20% ao ano (*) (1/60 por mês em 60 meses). Quanto leva uma dívida a multiplicar-se 64 vezes?‖ era a pergunta de um exercício para estudantes. A resposta é 30 anos (6 tempos de duplicação). Nenhuma economia conseguiu alguma vez continuar a duplicar de forma estável. As dívidas aumentam de acordo com princípios puramente matemáticos, mas as economias ―reais‖ degradam-se na forma de curvas em S. Também isto era conhecido na Babilónia, cujos modelos económicos calculavam o crescimento dos rebanhos, que normalmente declinam. Uma razão importante para o crescimento económico nacional abrandar nas economias de hoje em dia é ter que ser pago cada vez mais dinheiro para suportar o encargo da dívida que vai crescendo. Ao deixar menos rendimento disponível para o investimento direto na formação de capital e para alimentar os padrões de vida crescentes, o pagamento dos juros acaba por afundar as economias na recessão. Durante o último século, foram precisos 18 anos para o ciclo típico da propriedade seguir o seu curso.‖
Hudson apela para um perdão da dívida e nota que perdões periódicos de dívida eram parte normal das culturas sumérias, babilónicas e judaicas antigas [e cristãs]. O economista Steve Keen e o escritor de economia Ambrose Evans-Pritchard também falam em perdão da dívida.
Se o perdão da dívida não for voluntariamente garantido, as pessoas podem muito bem repudiar as suas dívidas.
E, tal como anteriormente notei, o nosso sistema bancário moderno de reservas fracionárias é na verdade um sistema de
criação de dívida, que está garantido para criar cada vez mais dívidas. Como o então presidente da Reserva Federal (Mariner S. Eccles) disse ao comité da Câmara de Representantes para o Banco e o Dinheiro em 30 de setembro de 1941: ―É isto que o nosso sistema monetário é. Se não houvesse dívidas no nosso sistema monetário, não haveria dinheiro.‖
O sistema bancário moderno é portanto realmente um sistema de criação de dívida. Ver aqui para os detalhes.
Uma coisa é segura. O crescimento exponencial da dívida é um problema estrutural que, a não ser diretamente atacado, vai engolir todas as economias que tentem ignorá-lo.‖
Notei: igualmente:
―Como toda a gente assinalou, de Paul Krugman a Simon Johnson, os bancos são tão grandes e politicamente poderosos, que compraram os políticos e capturaram os reguladores (ver aqui). Porém, não se trata apenas de uma questão de sequestro da regulação e de corrupção. É na verdade uma perda de soberania.
Conforme Damon Vrabel escreveu em julho: ―Parece ridículo ter que o dizer, mas dívida soberana implica soberania, certo? Então, se os países são soberanos, como se pode querer que estejam em dívida para com instituições bancárias privadas? Como podem ser tão facilmente atacados pelos George Soros, JP Morgan Chase e Goldman Sachs? Porque estariam sujeitos aos caprichos dos leilões e dos especuladores?
Verdadeiramente soberana seria a que não deve a ninguém e não é negociada nos mercados públicos. Por exemplo, como poderia George Soros atacar, digamos, a família real britânica? [Vrabel refere-se provavelmente à especulação monetária de Soros contra a libra britânica e outras moedas.] Não é possível, eles são soberanos. Os seus fundos não são negociados na Bolsa de Nova Iorque. Ele não conseguiria orquestrar qualquer estratégia de venda a descoberto para destruir o seu crédito e forçá-los a reestruturar os seus bens. No entanto, pode fazê-lo à maior parte das outras 6,7 mil milhões de pessoas do planeta, arquitetando estratégias de ataque contra as empresas onde trabalham e os governos de que dependem. O facto é que a maior parte dos países não são soberanos (os poucos que o são estão a ser atacados pelos [grandes serviços de espionagem ocidentais] ou pelos militares). Em vez disso, são distritos administrativos ou clientes do sistema banqueiro global, cujo poder cresceu paulatinamente ao longo do tempo com base na matemática do mercado de ações, atualmente regido pelo dólar americano, e na natureza expansiva do empréstimo fracionário. O seu culto por parte de economistas vindos de sítios como Harvard, Chicago e a London School corroeu sistematicamente a soberania nacional, obrigando os países... às moedas baseadas na dívida.

Há muito que perdemos de vista o mercado concebido por Adam Smith na "Riqueza das Nações" [livro geralmente considerado como fundador da teoria económica moderna]. Esse mundo requer moedas soberanas …. Só então poderia haver uma ―riqueza das nações.‖ Porém, agora o que temos é a "dívida das nações." A
matemática exponencial da dívida significava por definição que os países perderiam a sua riqueza ao longo do tempo e se tornariam crescentemente devedores à rede banqueira global central.‖ Um exemplo óbvio de país que perdeu a soberania e passou da ―riqueza das nações‖ para a ―dívida das nações‖ é a Irlanda. ***
Do mesmo modo, os americanos estão, sem seu conhecimento ou concordância, a salvar bancos em todo o mundo. Veja-se isto, isto e isto [e atualizações aqui, aqui e aqui].
Claro que não existe uma linha nítida entre bancos privados e centrais, uma vez que grandes bancos são donos da Reserva Federal e os bancos centrais mundiais por sua vez são donos do Banco de Compensações Internacionais.
Os banqueiros centrais não são eleitos, nem responsáveis pelos povos dos países em que estão sediados, nem o FMI ou o Banco Mundial. Muitas vezes, o FMI empresta dinheiro aos países impondo pacotes de medidas de austeridade draconianas. Evidentemente que os políticos irlandeses e americanos foram irresponsáveis e corruptos e ambos os povos gastadores. Mas, como repetidamente tenho notado, o jogo foi também manobrado a favor dos bancos e contra os países soberanos. [A dívida cresce exponencialmente, enquanto que a economia apenas cresce segundo uma curva em S, portanto] o total de dívida ultrapassará
sempre a dimensão da economia real. Se os bancos privados têm o poder de criar dívida, então os maiores bancos acabarão sempre por se sobrepor aos países soberanos, especialmente quando a quantidade de crédito que puder ser criado (isto é, a dimensão da base monetária) não está limitada por valores reais, mas simplesmente baseada num sistema de dinheiro fiduciário.
Conforme escrevi em outubro, num post intitulado ―Foi destruída a visão de prosperidade dos Pais Fundadores‖: ―A capacidade da América e os 50 estados criarem o seu próprio crédito foi largamente perdida para os banqueiros privados. A parte de leão da nova criação de crédito é feita por bancos privados e por isso, em vez de ser capaz de criar dinheiro sem ficar a dever juros, o governo deve inacreditáveis milhões de milhões de juros aos bancos privados.
A América pode ter vencido a Guerra da Independência, mas desde então perdeu uma das mais importantes coisas pelas quais lutou: a liberdade de criar o seu
próprio crédito, em vez de ter de pedir crédito aos bancos privados a um custo usurário.‖
E veja-se isto. Porém, pense-se o que se pensar sobre a banca pública ou o dinheiro-papel, uma coisa devia estar clara para todos: os bancos gigantes estão rapidamente a despedaçar a soberania de virtualmente todos os países do mundo.‖
De facto, estão a desencadear a guerra contra a soberania nacional em todo o mundo. Sabedoria dos séculos Esquecemos o que é o dinheiro, como foi criado e como os banqueiros privados sempre destruirão a riqueza das nações, a não ser que vigiados. Conforme mostrado pelas seguintes citações históricas, só conseguiremos escapar da teia de dívida na qual caímos se aprendermos a verdadeira natureza do dinheiro e dos bancos. ―Os economistas neoclássicos não compreendem como o dinheiro é criado pelo sistema de bancos privados, e apesar de décadas de investigação empírica em sentido contrário, continuam agarrados ao ponto de vista livresco dos bancos como meros intermediários entre as poupanças e os empréstimos. É bizarro, visto que há apenas 4 décadas, a atual situação foi exposta com toda a simplicidade pelo então vice-presidente sénior do Banco da Reserva Federal, Alan Holmes. Explicou Holmes porquê a política monetarista então na moda de controlo da inflação pelo controle do crescimento da base monetária tinha falhado, dizendo que sofria do ―ingénuo pressuposto‖ de que: O sistema bancário só expande os empréstimos depois do Sistema [da Reserva Federal] ou os fatores de mercado terem depositado reservas no sistema bancário.
No mundo real, os bancos expandem o crédito, criando depósitos nesse processo, e procuram as reservas mais tarde. A questão torna-se então a de saber se e como a Reserva Federal encaixa a procura de reservas. A breve trecho, a Reserva Federal tem pouca ou nenhuma escolha relativamente ao encaixe dessa procura. Com o tempo, a sua influência pode obviamente ser sentida. (Alan R. Holmes, 1969, p. 73 – sublinhados meus)‖ – Professor de Economia Steve Keen
―Na maneira antiga, de cada vez que queremos aumentar a riqueza nacional somos obrigados a aumentar a dívida nacional. Ora bem, é isso que Henry Ford quer evitar. Pensa ele, e eu também, que é estúpido que para um empréstimo de 30 milhões de dólares do seu próprio dinheiro o povo dos Estados Unidos seja obrigado a pagar 66 milhões, que é o que o empréstimo totaliza com os juros. Pessoas que não mexem uma palha, nem contribuem com um grama de nada juntam mais dinheiro dos EUA do que o povo que dá o produto e faz o
trabalho. É esta a terrível realidade sobre o juro. Em todas as grandes operações financeiras, o juro é sempre superior ao empréstimo. Todas as obras públicas custam mais do dobro do custo atual por essa razão. No presente sistema de fazer negócios, adicionamos simplesmente 120 a 150 por cento ao custo estabelecido. Contudo, é aí que está o ponto. Se o nosso país pode emitir uma obrigação de um dólar, pode emitir uma nota de um dólar. O elemento que faz a obrigação ser boa também fará a nota ser boa. A diferença entre a obrigação e a nota é que a obrigação deixa os corretores receberem o dobro do seu valor e mais uns 20 por cento adicionais, enquanto o dinheiro não paga a mais ninguém a não ser aos que contribuam de alguma forma útil para por exemplo Muscles Shoals (cidade do Alabama famosa pela sua contribuição com artistas para a música americana – N.T.). … se o governo emite moeda, abastece-se com dinheiro suficiente para aumentar a riqueza nacional em Muscles Shoals sem perturbar os negócios no resto do país. E, ao fazer isso, aumenta o seu rendimento sem acrescentar um cêntimo à sua dúvida. É absurdo dizer que o nosso país pode emitir 30 milhões de dólares em obrigações e não o pode em dinheiro. Ambos constituem promessas de pagamento, mas uma engorda o usurário e a outra ajuda o povo. Se o dinheiro emitido pelo governo não fosse bom, então também as obrigações não o seriam.
É uma situação terrível que o governo, para aumentar a riqueza nacional tenha que entrar em dívida e submeter-se a encargos com juros ruinosos .... Olhe-se de outra maneira. Se o governo emite obrigações, os corretores vendem-nas. As obrigações são negociáveis e serão consideradas como papel de qualidade, garantido. Porquê? Porque o governo está por detrás. Mas, quem está por detrás do governo? O povo. Portanto, é o povo que constitui a base do crédito que o governo tem. Porque não pode então o povo beneficiar do seu próprio crédito de qualidade recebendo fundos sem juros para Muscle Shoals, em vez dos banqueiros receberem o benefício do crédito que o povo tem nas obrigações com juro? Evidentemente que existe um conjunto completo de frases-feitas falaciosas para responder a tais dúvidas do senso comum das pessoas. O povo é tão ignorante sobre o que pensa serem as complicações do sistema monetário, que facilmente se impressiona com grandes palavras. Novamente se podem voltar a ouvir histerismos sobre a ―moeda fiduciária‖ e o ―papel-moeda‖ e o ―green-backism‖ (do nome do partido Greenback Party que durante a guerra civil defendia a substituição do dinheiro pela ―moeda fiduciária‖ – N.T.), a mesma gritaria com a qual desde sempre o povo tem sido calado.‖ - Thomas Edison
―Os bancos têm o poder de criar dinheiro. E decidem quanto.‖ - Marcy Kaptur, congressista
―[Os bancos] não pagam de facto empréstimos do dinheiro que recebem como depósitos. Se o fizessem, não seria criado dinheiro adicional. O que fazem quando fazem empréstimos é aceitar cartas promissórias em troca de créditos na conta dos devedores.‖ - Livrinho do Banco da Reserva Federal de Chicago com o título ―Moderna Mecânica do Dinheiro‖ – anos 60 ―O processo pelo qual os bancos criam dinheiro é tão simples que repugna à inteligência.― - John Kenneth Galbraith, economista ―Quando um banco faz um empréstimo, acrescenta simplesmente a quantia do empréstimo na conta de depósitos do devedor no banco.
O dinheiro não é tirado de nenhum depósito de outra pessoa e não foi previamente pago por ninguém ao banco. É dinheiro novo, criado pelo banco para ser utilizado pelo devedor.‖ - Robert B. Anderson, Secretário do Tesouro de Eisenhower, em entrevista no número de 31 de agosto de 1959 da U.S. News and World Report ―Os bancos privados emitem dinheiro atualmente? Sim. Embora os bancos já não tenham direito a emitirem notas de banco, podem criar dinheiro na forma de depósitos bancários quando emprestam dinheiro aos negócios ou quando compram títulos financeiros. ... O importante a fixar é que quando os bancos emprestam dinheiro, não o tomam necessariamente de ninguém para o emprestar. Portanto, ―criam-no‖. Congressista Wright Patman, Factos sobre Dinheiro (Comité do Senado sobre Bancos e Dinheiro, 1964) ―O sistema bancário moderno fabrica dinheiro a partir de nada. O processo é talvez a mais espantosa peça de prestidigitação alguma vez inventada.‖ - Sir Josiah Stamp, presidente do Banco de Inglaterra e o segundo homem mais rico da Grã-Bretanha nos anos 20. ―Os bancos criam dinheiro. É para isso que existem. … O processo de fabrico que faz dinheiro consiste em dar entrada num livro. É tudo. … De cada vez que um banco concede um empréstimo … fica criado um novo crédito bancário – dinheiro novinho." - Graham Towers, Governador do Banco do Canadá de 1935 a 1955.
―Se todos os empréstimos bancários fossem pagos, ninguém teria depósitos bancários e não haveria um só dólar em moedas ou dinheiro em circulação. Trata-se de uma ideia incrível. Estamos totalmente dependentes dos bancos comerciais. Alguém tem de ter pedido emprestado cada dólar que temos em circulação, em dinheiro ou em crédito. Se os bancos criam muito dinheiro sintético, somos prósperos, senão passamos fome. Estamos absolutamente privados de sistema monetário permanente. Quando se percebe completamente a situação, o trágico absurdo da nossa desesperada posição é quase
inacreditável, mas é assim. Trata-se do mais importante assunto que as pessoas inteligentes podem investigar e sobre o qual refletir.
É tão importante, que a nossa civilização atual pode ruir, a menos que se torne largamente compreendido e os seus defeitos rapidamente corrigidos.‖ - Robert H. Hemphill, Diretor de Crédito do Banco da Reserva Federal de Atlanta ―É isto que o nosso sistema do dinheiro é. Se não houvesse dívidas no sistema monetário, não haveria dinheiro.‖ - Mariner S. Eccles, Presidente da Reserva Federal ―Quando um governo está dependente de banqueiros pelo dinheiro, são eles e não os chefes de governo quem controla a situação, porque a mão que dá está acima da mão que pede … O dinheiro não tem pátria. Os financeiros não têm patriotismo, nem decência, o seu único objetivo é ganhar.‖ - Napoleon Bonaparte ―Há duas maneiras de conquistar e escravizar um país. Um é pela espada. O outro pela dívida.‖ - John Adams ―Se os americanos alguma vez permitirem aos bancos o controle da emissão de dinheiro, primeiro pela inflação e depois pela deflação, os bancos e as grandes empresas que crescem entre eles privarão o povo de toda a propriedade até que os seus filhos acordem sem casa no continente que os seus pais ocuparam.‖ — Thomas Jefferson ―Creio que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que exércitos em armas … O poder de emissão devia ser retirado aos bancos e restituído ao governo, a quem propriamente pertence. - Thomas Jefferson ―[Foi] a pobreza causada pela má influência dos banqueiros ingleses no Parlamento que causou nas colónias o ódio contra a Inglaterra e … a Guerra de Independência.‖ - Benjamin Franklin
―Os Pais Fundadores desta grande terra não tinham qualquer dificuldade em perceber o programa dos banqueiros e referiam-se frequentemente a eles e aos do seu género como, citação, ‗amigos do papel-moeda‘. Odiavam o Banco de Inglaterra em particular e sentiam que, mesmo quando conseguimos ganhar a independência da Inglaterra e do rei Jorge, nunca podíamos ser verdadeiramente um país de homens livres, a não ser que tivéssemos um sistema monetário honesto. - Peter Kershaw, autor do livro ―Soluções Económicas‖ (1994).
―A criação e circulação de notas de crédito por assembleias revolucionárias … vindas, como vieram, na peugada de esforços denodados por parte da Coroa para suprimir o papel-moeda na América [foram] atos de desafio tão significativos de desprezo e insultuosos para a Coroa que tornaram impossível um perdão posterior … Apenas um caminho era possível, que era o de suprimir e punir esses atos de rebelião … Assim, as Notas de Crédito dessa época, que a ignorância e o preconceito tentaram desvalorizar como simples instrumentos de uma política financeira irresponsável, eram realmente padrões da Revolução e até mais: eram a própria Revolução!‖ - Alexander Del Mar, historiador. ―O Parlamento Britânico retirou da América o seu dinheiro fiduciário, proibiu qualquer futura emissão de notas de crédito, que deixaram de ser meio oficial de pagamento, e deu ordem para que todos os impostos fossem pagos em moeda … A ruína abateu-se sobre essas colónias anteriormente florescentes … a insatisfação tornou-se desespero e atingiu o ponto … em que a natureza humana se ergue e afirma.‖ - John Twells, historiador britânico ―A fraude e ofuscação agora em campo em Washington para proteger os bancos TBTF [i.e. gigantes ou "too big to fail" (grande demais para falir)] … totaliza milhões de milhões de dólares e atinge o nível da traição.‖ - Christopher Whalen, analista bancário independente de renome ―Os bancos da Wall Street são a nova oligarquia americana – um grupo que ganha poder político devido ao poder económico e depois usa o poder político em seu próprio benefício. Lucros e bónus extraordinários no setor financeiro transformaram-se em poder político através das contribuições para as campanhas e da atração pela ―porta giratória‖ (eufemismo para o movimento de políticos do governo para as empresas privadas – N.T.). Contudo, esses lucros e bónus também almofadaram a credibilidade e a influência da Wall Street numa era de triunfante capitalismo de livre mercado. Uma atividade fazendo tanto dinheiro tinha que ser boa e as pessoas que faziam tanto dinheiro tinham que saber do que falavam. O dinheiro e a ideologia reforçavam-se mutuamente. Não é a primeira vez que uma elite económica poderosa ascende à proeminência política. No passado século 19, os
trusts industriais gigantes – muitos deles financiados pelo banqueiro e industrial J. P. Morgan – dominaram a economia dos EUA com o apoio dos seus aliados em Washington, até que o presidente Theodore Roosevelt pela primeira vez usou as leis antitrust para os quebrar.‖ Tornem os nossos maiores bancos suficientemente pequenos para poderem falir. Não há simplesmente outro caminho para acabar realmente com o problema do ‗grande demais para falir.‘‖ - Simon Johnson, antigo economista-chefe do FMI e professor do MIT
*Post de 17 de julho de 2011 no WashingtonsBlog (*) N.T. – o valor certo compatível com esta questão e com a seguinte é de facto 15%. O erro provém da fonte. Tradução: Jorge Vasconcelos

                                     Fonte: ODiário.info
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