Fonte: Department of Commerce (Bureau of the Census and Bureau of Economic Analysis), Table B -106
2) A conjuntura econômica viria a se deteriorar de maneira dramática após a crise sistêmica global. A redução dos impostos realizada entre 2001 e 2003 e os gastos com as guerras do Afeganistão e Iraque, após a queda das torres gêmeas, aliados à ampliação dos gastos militares secretos em função da política anti-terrorista do governo Bush, continuada por Obama, reduziram drasticamente o perfil tributário dos EUA. Passou-se de um superávit fiscal em 2000 para um déficit de 4% do PIB em 2007-2008 (Eichengreen, 2011). Essa conjuntura seria agravada de maneira dramática em função da crise sistêmica global, que levou o Tesouro a injetar cerca de 8,5 trilhões de dólares para salvar os bancos, o que agravou de maneira dramática a crise fiscal norte-americana.
3) Mas o problema menos conhecido e menos divulgado, mas tão grave como os precedentemente elencados, é a crise fiscal dos Estados e Municípios. Atualmente, 45 Estados estão com suas contas no vermelho. A crise fiscal regional é resultado tanto da recessão que o país enfrenta desde 2008, que reduziu as receitas, quanto das perdas oriundas das aplicações financeiras realizadas por Estados e Municípios na especulação financeira. Uma particularidade da legislação fiscal norte-americana é o fato de que os Estados e Municípios são proibidos de ter déficits, muito embora sempre encontrem uma maneira criativa de burlar a legislação.
Estados grandes e ricos como a Califórnia se encontram em calamidade fiscal, enquanto outros mais pobres também possuem déficits elevadíssimos. Por exemplo, 13 Estados estão com déficit acima de 20% em relação ao ano fiscal de 2011, seis Estados com déficit acima de 30% e 15 com déficit acima de 10%, o que configura uma situação dramática do ponto de vista fiscal (Tabela2). Como a crise eleva as despesas dos Estados e a recessão reduz as receitas, temos assim um dilema difícil de ser resolvido e que tende a se agravar à medida em que a recessão se ampliar pelo conjunto da economia.
Tabela 2
2) A conjuntura econômica viria a se deteriorar de maneira dramática após a crise sistêmica global. A redução dos impostos realizada entre 2001 e 2003 e os gastos com as guerras do Afeganistão e Iraque, após a queda das torres gêmeas, aliados à ampliação dos gastos militares secretos em função da política anti-terrorista do governo Bush, continuada por Obama, reduziram drasticamente o perfil tributário dos EUA. Passou-se de um superávit fiscal em 2000 para um déficit de 4% do PIB em 2007-2008 (Eichengreen, 2011). Essa conjuntura seria agravada de maneira dramática em função da crise sistêmica global, que levou o Tesouro a injetar cerca de 8,5 trilhões de dólares para salvar os bancos, o que agravou de maneira dramática a crise fiscal norte-americana.
3) Mas o problema menos conhecido e menos divulgado, mas tão grave como os precedentemente elencados, é a crise fiscal dos Estados e Municípios. Atualmente, 45 Estados estão com suas contas no vermelho. A crise fiscal regional é resultado tanto da recessão que o país enfrenta desde 2008, que reduziu as receitas, quanto das perdas oriundas das aplicações financeiras realizadas por Estados e Municípios na especulação financeira. Uma particularidade da legislação fiscal norte-americana é o fato de que os Estados e Municípios são proibidos de ter déficits, muito embora sempre encontrem uma maneira criativa de burlar a legislação.
Estados grandes e ricos como a Califórnia se encontram em calamidade fiscal, enquanto outros mais pobres também possuem déficits elevadíssimos. Por exemplo, 13 Estados estão com déficit acima de 20% em relação ao ano fiscal de 2011, seis Estados com déficit acima de 30% e 15 com déficit acima de 10%, o que configura uma situação dramática do ponto de vista fiscal (Tabela2). Como a crise eleva as despesas dos Estados e a recessão reduz as receitas, temos assim um dilema difícil de ser resolvido e que tende a se agravar à medida em que a recessão se ampliar pelo conjunto da economia.
Tabela 2
Déficit dos Estados em relação ao ano fiscal de 2011 Alabama | 12,3 | Loisiania | 14,3 | Oklahoma | 13,7 | ||||
Arizona | 39,0 | Maine | 34,7 | Oregon | 34,2 | ||||
Califórnia | 20,7 | Maryland | 15,3 | Pennsylvania | 16,4 | ||||
Colorado | 25,1 | Massachusetts | 8,6 | Rhode Island | 13,4 | ||||
Connecticut | 28,8 | Michigan | 9,3 | South Carolina | 26,1 | ||||
Delaware | 11,4 | Minnesota | 25,0 | South Dakota |
0 comentários:
Postar um comentário