domingo, 3 de junho de 2012

França e Rússia mostram suas diferenças sobre crise síria

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Escrito por Camila Carduz
sábado, 02 de junio de 2012
02 de junio de 2012, 10:16Imagen activaParis, 2 jun (Prensa Latina) A cúpula franco-russa celebrada aqui ratificou as diferenças de opiniões de ambas as potências sobre a solução da crise na Síria, onde existe a ameaça de uma guerra civil ou de uma intervenção estrangeira.

Em uma breve visita a este país, o presidente russo, Vladimir Putin, advertiu a França e a comunidade internacional sobre a inadmissibilidade das tentativas de decidir o destino da nação árabe contra a vontade de seu próprio povo.

"Para nós deve ser aceitável o que é aceitável para o povo sírio", disse Putin em uma conferência de imprensa conjunta com seu homólogo francês, François Hollande, e acrescentou que "o principal agora é não permitir a repetição do exemplo líbio e da guerra civil".

Enquanto para o mandatário russo as sanções nem sempre conduzem ao resultado almejado e devem ser levadas a cabo pelo Conselho de Segurança da ONU, Hollande considera necessário aumentar as pressões contra Damasco, vindo daí sua decisão de expulsar do país a embaixadora síria na França.

Segundo o chefe de Estado francês, a solução da crise passa pela saída do presidente Bashar Al Assad, posição similar à das potências ocidentais.

Nesta mesma semana, o presidente francês afirmou que seu país não excluía uma eventual intervenção militar na Síria, se esta for coordenada consensualmente no Conselho de Segurança da ONU.

Putin, que tem mantido firme sua posição contra qualquer ingerência estrangeira, pronunciou-se por criar as condições favoráveis para a solução política e pacífica do conflito.

O presidente russo reiterou seu apoio ao plano do enviado especial da ONU, Kofi Annan, e considerou contraproducente afirmar que a missão fracassou.

Essa mesma postura foi expressa por Putin em um encontro sustentado ontem em Berlim com o chanceler federal alemã, Ângela Merkel.

O tema foi examinado nesta semana durante a 19a sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra.

Ao fazer uso da palavra, o representante permanente de Cuba, Rodolfo Reyes, considerou alarmantes os chamados daqueles que apostam pelo uso da força, da violência e da intervenção militar estrangeira.

Reyes condenou as pretensões dos Estados Unidos e de outros membros da OTAN de impor ao povo sírio uma mudança de governo.

"Uma guerra civil na Síria, ou uma intervenção de forças estrangeiras, semeariam maior destruição e multiplicariam as mortes; desestabilizariam toda a região e teriam graves consequências para os povos do Oriente Médio", afirmou.

lac/car/cc
Modificado el ( sábado, 02 de junio de 2012 )
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Escrito por Camila Carduz
sábado, 02 de junio de 2012
02 de junio de 2012, 10:16Imagen activaParis, 2 jun (Prensa Latina) A cúpula franco-russa celebrada aqui ratificou as diferenças de opiniões de ambas as potências sobre a solução da crise na Síria, onde existe a ameaça de uma guerra civil ou de uma intervenção estrangeira.

Em uma breve visita a este país, o presidente russo, Vladimir Putin, advertiu a França e a comunidade internacional sobre a inadmissibilidade das tentativas de decidir o destino da nação árabe contra a vontade de seu próprio povo.

"Para nós deve ser aceitável o que é aceitável para o povo sírio", disse Putin em uma conferência de imprensa conjunta com seu homólogo francês, François Hollande, e acrescentou que "o principal agora é não permitir a repetição do exemplo líbio e da guerra civil".

Enquanto para o mandatário russo as sanções nem sempre conduzem ao resultado almejado e devem ser levadas a cabo pelo Conselho de Segurança da ONU, Hollande considera necessário aumentar as pressões contra Damasco, vindo daí sua decisão de expulsar do país a embaixadora síria na França.

Segundo o chefe de Estado francês, a solução da crise passa pela saída do presidente Bashar Al Assad, posição similar à das potências ocidentais.

Nesta mesma semana, o presidente francês afirmou que seu país não excluía uma eventual intervenção militar na Síria, se esta for coordenada consensualmente no Conselho de Segurança da ONU.

Putin, que tem mantido firme sua posição contra qualquer ingerência estrangeira, pronunciou-se por criar as condições favoráveis para a solução política e pacífica do conflito.

O presidente russo reiterou seu apoio ao plano do enviado especial da ONU, Kofi Annan, e considerou contraproducente afirmar que a missão fracassou.

Essa mesma postura foi expressa por Putin em um encontro sustentado ontem em Berlim com o chanceler federal alemã, Ângela Merkel.

O tema foi examinado nesta semana durante a 19a sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra.

Ao fazer uso da palavra, o representante permanente de Cuba, Rodolfo Reyes, considerou alarmantes os chamados daqueles que apostam pelo uso da força, da violência e da intervenção militar estrangeira.

Reyes condenou as pretensões dos Estados Unidos e de outros membros da OTAN de impor ao povo sírio uma mudança de governo.

"Uma guerra civil na Síria, ou uma intervenção de forças estrangeiras, semeariam maior destruição e multiplicariam as mortes; desestabilizariam toda a região e teriam graves consequências para os povos do Oriente Médio", afirmou.

lac/car/cc
Modificado el ( sábado, 02 de junio de 2012 )
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