Os observadores da Liga Árabe que verificam, na Síria, o fim da violência do Governo em relação aos revoltosos anti-regime disseram "não ter visto" situações "assustadoras" no primeiro dia da missão, em Homs.
"Alguns sítios estão um bocado estragados, mas nada de assustador", disse o chefe da missão, o general sudanês Mustafa al-Dabi. "Por agora a situação é tranquila. Ontem [a cidade] estava calma e não houve confrontos. Não vimos tanques, apenas alguns veículos blindados", disse o general à Reuters via telefone. Acrescentou que se tratou de um primeiro dia de observação (quatro horas, na verdade) e que é preciso "investigar mais".
Em Homs fica, a partir de hoje, um grupo de 20 observadores.
O general, chefe da missão de 50 pessoas que divididas em grupos de dez visitarão cidades, hospitais, prisões e centros de detenção, disse que esta quarta-feira regressam a Homs e irão também a Hama e Idlib (no Norte, junto à fronteira com a Turquia e onde se têm registado confrontos entre as forças do Governo de Bashar al-Assad e grupos de oposição armados). Deraa está também na rota de hoje; foi nesta cidade e em Homs que começaram os protestos pelo derrube do regime totalitário do Presidnete Bashar al-Assad.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um grupo com sede em Londres que recebe diariamente informação dos grupos locais, disse que na terça-feira, o primeiro dia da missão, morreram no país 15 pessoas, seis delas em Homs e no período em que os delegados da Liga Árabe estiveram na cidade. Filmes datados de terça-feira, cuja autenticidade não pode ser comprovada de forma independente, chegaram à redacção dos meios de comunicação (Reuters e Al-Jazira, por exemplo) mostrando os tanques a bombardear um bairro de Homs, em concreto Baba Amro, na véspera da chegada dos observadores.
Segundo as Nações Unidas, desde o início da revolta, morreram na Síria cinco mil pessoas, na sua maioria civis.
A Liga Árabe escolheu o general sudanês para chefiar esta missão pela sua experiência militar e diplomática. Porém, as organizações de defesa dos direiros humanos contestam a escolha, argumentando que Mustafa al-Dabi esteve envolvido no conflito em Darfur e não esperam que recomende uma intervenção para proteger os civis ou o julgamento dos responsáveis pelas mortes. Em Darfur, e segundo os dados do Tribunal Penal Internacional, o Exército sudanês terá morto 300 mil pessoas e o Presidente Omar al-Bashir foi indiciado por esta instancia penal das Nações Unidas por genocídio.
Presos libertados
A retirada das tropas e outras forças de segurança das ruas e a libertação de prisioneiros são duas das cláusulas do plano de paz da Liga Árabe para a Síria e os observadores devem confirmar que estão a ser cumpridas. Esta manhã, a televisão síria (controlada pelo Estado) anunciou a libertação de 750 prisioneiros. "Foram presos em acontecimentos recentes e as suas mãos não estão manchadas com sangue sírio", especificou a notícia.
Para o Conselho Nacional Sìrio, que une todos os grupos de oposição ao regime e também está sediado fora do país (na Turquia), o regime de Assad está a realizar uma série de manobras cosméticas para iludir os observadores enquanto estiverem no terreno. "Temos medo que quando eles se forem embora nos matem e nos queimem", disse um habitante de Homs à Al-Jazira.
Em Homs fica, a partir de hoje, um grupo de 20 observadores.
O general, chefe da missão de 50 pessoas que divididas em grupos de dez visitarão cidades, hospitais, prisões e centros de detenção, disse que esta quarta-feira regressam a Homs e irão também a Hama e Idlib (no Norte, junto à fronteira com a Turquia e onde se têm registado confrontos entre as forças do Governo de Bashar al-Assad e grupos de oposição armados). Deraa está também na rota de hoje; foi nesta cidade e em Homs que começaram os protestos pelo derrube do regime totalitário do Presidnete Bashar al-Assad.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um grupo com sede em Londres que recebe diariamente informação dos grupos locais, disse que na terça-feira, o primeiro dia da missão, morreram no país 15 pessoas, seis delas em Homs e no período em que os delegados da Liga Árabe estiveram na cidade. Filmes datados de terça-feira, cuja autenticidade não pode ser comprovada de forma independente, chegaram à redacção dos meios de comunicação (Reuters e Al-Jazira, por exemplo) mostrando os tanques a bombardear um bairro de Homs, em concreto Baba Amro, na véspera da chegada dos observadores.
Segundo as Nações Unidas, desde o início da revolta, morreram na Síria cinco mil pessoas, na sua maioria civis.
A Liga Árabe escolheu o general sudanês para chefiar esta missão pela sua experiência militar e diplomática. Porém, as organizações de defesa dos direiros humanos contestam a escolha, argumentando que Mustafa al-Dabi esteve envolvido no conflito em Darfur e não esperam que recomende uma intervenção para proteger os civis ou o julgamento dos responsáveis pelas mortes. Em Darfur, e segundo os dados do Tribunal Penal Internacional, o Exército sudanês terá morto 300 mil pessoas e o Presidente Omar al-Bashir foi indiciado por esta instancia penal das Nações Unidas por genocídio.
Presos libertados
A retirada das tropas e outras forças de segurança das ruas e a libertação de prisioneiros são duas das cláusulas do plano de paz da Liga Árabe para a Síria e os observadores devem confirmar que estão a ser cumpridas. Esta manhã, a televisão síria (controlada pelo Estado) anunciou a libertação de 750 prisioneiros. "Foram presos em acontecimentos recentes e as suas mãos não estão manchadas com sangue sírio", especificou a notícia.
Para o Conselho Nacional Sìrio, que une todos os grupos de oposição ao regime e também está sediado fora do país (na Turquia), o regime de Assad está a realizar uma série de manobras cosméticas para iludir os observadores enquanto estiverem no terreno. "Temos medo que quando eles se forem embora nos matem e nos queimem", disse um habitante de Homs à Al-Jazira.
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