27 de diciembre de 2011, 07:41Nova Déli, 27 dez (Prensa Latina) As autoridades de Bengala Ocidental investigam hoje a onda de suicídios que dizima os agricultores desse estado indiano, acossados por produções de baixa renda, dívidas e violação de seus direitos trabalhistas.
À instâncias do Parlamento regional, o governo estadual deverá realizar uma investigação detalhada sobre as circunstâncias que têm conduzido centenas de camponeses a tomar uma medida tão extrema.
O legislativo local expressou sua preocupação porque a crise aprofunda-se entre os produtores de batata e juta com uma colheita cujos resultados não parecem muito promissores.
Os altos preços fixados dos fertilizantes pelo governo central também podem ser um fator estressante, assinalou.
O fenômeno lamentável não é exclusivo da Bengala Ocidental: há uns dias, a Comissão Nacional de Direitos Humanos (NHRC, siglas em inglês) solicitou a várias administrações regionais informar sobre o tema.
A NHRC citou informes da imprensa segundo os quais neste ano no estado ocidental de Maharashtra tiraram suas vidas 680 produtores agrícolas, enquanto 90 no de Andhra Pradesh entre outubro e novembro, e seis no Kerala no último desses meses.
Ao confirmar-se tais dados -apontou a organização-, se evidenciaría que houve graves violações dos direitos trabalhistas e humanos contra os agricultores nessas três regiões.
Uma crise agrícola que já dura uma década sem apresentar sinais de solução levou milhares de camponeses indianos a tirarem suas vidas apear de que o suicídio é uma decisão altamente condenada pelo hinduísmo, a religião maioritária no país (professada por 80,5 por cento da população).
Segundo o relatório do Escritório Nacional de Estatísticas Criminais correspondente a 2010, nesse ano registraram-se na Índia 134.599 suicídios, 12 por cento dos quais foram cometidos por agricultores, sobretudo nos estados que cobrem a região centro sul da nação sul-asiática.
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