quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Síria, com apoio de Rússia e China, diz não ao Cavalo de Tróia do Império.

Milhares de pessoas expressam apoio a Bashar al Assad em Damasco. 
12/10/2011 - 08h37
Damasco, 12 out (EFE).- Milhares de seguidores do presidente sírio, Bashar al Assad, se manifestaram nesta quarta-feira nas ruas de Damasco para expressar sua lealdade ao chefe de Estado, às vésperas de se completar seis meses de protestos antigovernamentais no país.

Durante a passeata, transmitida ao vivo pela televisão síria, os manifestantes gritavam lemas como "com nossa alma e nosso sangue, nos sacrificaremos por Assad" e "Alá, Síria e só Bashar", e levavam bandeiras nacionais e fotografias do líder.

Homens e mulheres deram as mãos para dançar o "dabke", um ritmo típico da região, ao som de trombetas e tambores. Na concentração, havia várias mulheres jovens com corações pintados nas bochechas com uma mensagem para Assad: "Te amamos".

A manifestação foi organizada por 60 veículos de comunicação pela internet e por ONGs para expressar uma mensagem de agradecimento à Rússia e China "por apoiarem o processo de reformas", iniciado pelo presidente, disse Karim Wared, um dos organizadores.

Durante a manifestação, que também denunciou a crescente pressão estrangeira sobre a Síria, o trânsito foi paralisado e as escolas fechadas.

O apoio a Assad é mais forte nas duas maiores cidades da Síria, Damasco e Aleppo, onde o nível de vida dos habitantes é alto e não houve tanta repressão pelas forças de segurança como em outras áreas do país.

Alguns analistas árabes acreditam que Assad se manteve no poder graças, em parte, aos sírios que ainda o apoiam, como os empresários em geral, cujos negócios dependem do regime, e dos cristãos, que temem a ascensão dos islamitas caso o presidente seja deposto.

Na terça-feira, foi realizado um comitê especial para discutir uma nova Constituição que precisará passar pelo crivo de no mínimo dois terços do Parlamento. Se aprovada, terá de ser autenticada em um referendo, informou o vice-presidente do partido governista Baaz, Mohamed Buheitan.

A Carta Magna atual contempla o Baaz como o "poder principal" no país, enquanto os opositores exigem uma norma que garanta um sistema político democrático multipartidário.

Mais de 2,9 mil pessoas morreram desde o início dos protestos antigovernamentais na Síria em meados de março, segundo a ONU. Já o regime sírio afirma que foram 1,5 mil, metade composta por soldados de segurança, mortos pelos "grupos armados".

O governo sírio anunciou na terça-feira a prisão de mais de 140 supostos terroristas e a apreensão de grandes arsenais de armas na província central de Homs, informou a agência de notícias oficial "Sana".
##################################

Comentário de Pensar Netuno:
Governo sírio ouça os comunistas sírios!
Anterior Proxima Inicio

0 comentários:

Postar um comentário