Um assunto omitido nos media corporativos portugueses:O regulamento terrorista que tramita no Parlamento Europeu
por La Quadrature du Net [*]
![]() Este novo regulamento imporá a todo actor da Web (alojadores de blogues ou de vídeos, sítios da imprensa, pequenos fóruns ou grandes redes sociais:
Se um sítio web não respeitar estas regras ele se arrisca a uma multa de até 4% do seu volume de negócios.
Delegação da censura aos gigantes da web De um ponto de vista técnico, económico e humano, só um punhado de actores – os gigantes da web – poderão respeitar obrigações tão estritas. Os outros actores (comerciais ou não) não terão outra opção senão cessarem suas actividades ou submeterem-se às ferramentas de moderação (filtragem automática e listas de bloqueio) desenvolvidas pelo Facebook e Google desde 2015 com o apoio da Comissão Europeia. Estas multinacionais tornar-se-ão portanto os juízes do que pode ser dito na Internet. A estrutura rica, variada e descentralizada da web é destinada a desaparecer. Censura dos discursos políticos No direito da União Europeia, a noção de infracção "terrorista" é voluntariamente ampla, cobrindo os actos de pirataria ou de destruição maciça de bens (ou a simples ameaça de fazê-lo) cometidos para influenciar uma decisão política ou desestabilizar instituições. Deixar à polícia e não ao juiz o poder de decidir o que é um conteúdo "terrorista" poderia levar à censura de opositores políticos e de movimentos sociais. A obrigação de por em vigor medidas proactivas, com a ameaça de multas pesadas, terá como efeito motivar os actores da web a adoptar uma definição do terrorismo o mais ampla possível a fim de não serem sancionados. Uma lei inútil Este regulamento "anti-terrorista" não permitirá sequer atingir seu objectivo ostensivo: impedir que o Daesh ou a Al Qaeda difundam sua propaganda junto a pessoas já seduzidas pelos seus discursos. Parece absurdo precisar ainda repetir: na Internet, não importa qual a lei de bloqueio pois ela pode ser contornada pelas pessoas que desejam aceder às informações censuradas. Os únicos efeitos desta lei serão seus danos colaterais: o grande público certamente não terá mais de sofrer os conteúdos terroristas, mas tão pouco terá conhecimento das informações censuradas abusivamente. Exijamos a rejeição do texto Sob a cobertura do solucionismo tecnológico, este regulamento joga com o medo do terrorismo para melhor enquadrar a expressão na Internet e limitar as oposições. Devemos pedir a rejeição deste texto
No dia 21 de Março de 2019 será a primeira votação sobre este texto, na comissão de "liberdades civis" do Parlamento Europeu (60 deputados). As eleições europeias vindo logo após, tratar-se-á provavelmente da nossaúltima oportunidade de fazer com que este texto seja rejeitado.
NotasApelemos aos deputados europeus Pode telefonar aos deputados de segunda a sexta-feira, entre as 9h00 e as 18h00. Se tiver um assistente ao telefone, não hesite em lhe falar, pedindo-lhe para partilhar vossa opinião com o seu deputado. Entre os 60 deputados da comissão "liberdades civis", só oito vêem de países de língua francesa [1] . Todos os outros compreenderão o inglês: mesmo que o vosso nível de inglês não seja muito bom, não se sinta envergonhado de lhes falar. Basta uma discussão bastante simples, do tipo: "Hello, my name is [...]. I am calling about the Anti-Terrorism Regulation. I think it will destroy freedom of speech. There must be no censorship without the authorization of a judge. Internet censorship must not be outsourced to Internet giants. Reject this text. I will watch your decision". Para ir mais longe Convidamos a ler nossa análise pormenorizada do futuro regulamento, mostrando sua génese, suas implicações técnicas e políticas assim como o estado do seu debate no Parlamento Europeu. [1] E apenas um de língua portuguesa: a deputada Ana Gomes (PS), tel. +32.228.45.824, anamaria.gomes@europarl.europa.eu, @AnaGomesMEP Ver também: O original encontra-se em www.laquadrature.net/censureterro/ Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ . |
Mostrando postagens com marcador terrorismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador terrorismo. Mostrar todas as postagens
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
sábado, 30 de junho de 2018
Grupo de cimento Lafarge acusado
Dinheiro em sacos de plástico
Grupo de cimento Lafarge acusado. Alegação: Crimes contra a humanidade pelo financiamento do "estado islâmico" na Síria
De Hansgeorg Hermann, Paris![]()
Fábrica da Lafarge perto do Ar-Raqqa sírio (30 de junho de 2017)
Foto: imagem aliança / Chris Huby / Le Pictorium / MAXPPP / dpa
|
O fabricante de cimento franco-suíço Lafarge-Holcim está em julgamento em Paris desde quinta-feira. Administração e os acionistas são acusados pelos tribunais franceses de ter trabalhado para a proteção de seus interesses comerciais na guerra na Síria entre 2012 e 2015, o chamado estado islâmico e aqueles direta e indiretamente financiados. A alegação do juiz investigador que vem investigando há um ano é "violação de um embargo", "financiamento de um empreendimento terrorista", "cumplicidade em crimes contra a humanidade" e "ameaça à vida humana".
Com um volume de negócios de cerca de 13 bilhões de euros e 63.000 funcionários em todo o mundo, a Lafarge é a maior produtora de cimento do mundo desde sua fusão com a gigante suíça de materiais de construção Holcim em maio de 2014. O grupo atingiu as manchetes na primavera de 2017, quando foi a primeira empresa a concordar em entregar o concreto para a parede na fronteira mexicana planejada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Com a acusação de quinta-feira, a Lafarge também está sob controle legal, que foi prometido com um depósito de 30 milhões de euros. Em junho de 2017, as duas organizações não-governamentais (ONGs) "Sherpa" e "Centro Europeu de Direitos Humanos e Constitucionais" (ECCHR) entraram com uma ação judicial. Ambas as organizações classificaram o julgamento, agora iniciado pelo judiciário francês, "histórico". A Lafarge é a primeira vez que uma corporação global está sendo julgada como cúmplice de "crimes contra a humanidade". Como declarado em seu comunicado publicado em Paris, "a decisão do judiciário marca um passo decisivo na luta contra a (anterior, jW) Impunidade das multinacionais que operam em zonas de conflito armado. O Sherpa e o ECCHR conclamaram a gigante do cimento a "assumir sua responsabilidade" e ajudar as vítimas da empresa, abrindo um fundo de compensação.
Para a Justiça Paris foi para responder à pergunta de como Lafarge manchada os jihadistas e se um grupo que, aparentemente, apenas um negócio "mas não ideologicamente" deliberado, poderia ser considerado como cúmplice de "crimes contra a humanidade" à justiça. Os resultados da determinação de chegar à França por um longo tempo para um certo juiz celebridade Renaud Van Ruymbeke, David de Pas e Charlotte Bilger primeira provam claramente fora de dúvida que os responsáveis pelo localizada no deserto da Síria do norte na Dschalabija produção fábrica de cimento com "doações" financeiros e o pagamento de "Impostos de proteção" assegurados. Para manter a operação, a Lafarge também comprou as matérias-primas necessárias para a produção de cimento dos islamitas. Para o lançamento de nove trabalhadores, A Lafarge pagou cerca de 330 mil francos suíços, segundo seu então chefe de segurança Jacob Waerness, que foi sequestrado por gangues do EI no outono de 2012. O dinheiro foi entregue aos sequestradores em sacos plásticos à noite.
Ao pagar "vários milhões de dólares", Lafarge disse que os juízes concluíram que eles co-financiaram as "atrocidades" dos militantes do EI. No entanto, surgira a questão de saber se o cálculo financeiro, mas não necessariamente ideológico, da Lafarge da empresa realmente tornava os cúmplices dos terroristas. Sob a lei francesa, o termo "cumplicidade" contém dois elementos: o "materiais" - neste caso, o financiamento do IS - e o "intencional", a verdadeira intenção por trás dele. Como afirmado na petição das duas ONGs, "a venda de recursos (petróleo, cimento, jW ) representou 82% das receitas do IS".
De acordo com o Paris judicial juiz de instrução seguido, portanto, na avaliação da sua acusação do tribunal francês de recurso, após o que a cumplicidade "era suficiente para o delito de" quando o acusado foi cometido pelos crimes está ciente. Van Ruymbeke e seus colegas poderiam supor que Lafarge "a realidade dos crimes cometidos pelas obras é não podia ignorar" e o IS ter financiado com o pleno conhecimento dos fatos, no entanto. é determinada por um ano contra um grande acionista belga da fabricante de cimento: Em colaboração com o colega parisiense, a justiça do país vizinho para o papel da holding financeira "Groupe Bruxelles Lambert," que detém 20 por cento dos papéis Lafarge interessadas.
F: Junge Welt
sábado, 2 de setembro de 2017
Como acabar com o terrorismo – 10 receitas fáceis de aplicar
Como acabar com o terrorismo – 10 receitas fáceis de aplicar
por Purificación González de la Blanca
![]() Os mandatários das intervenções e desastres do Afeganistão, do Iraque, da Líbia, da Síria, da Ucrânia, do Iémen, da Somália… e de tantos outros países espalhados pelo mundo, devem responder pelos seus crimes. Da mesma forma que os de Israel devem responder pelos crimes cometidos permanentemente contra o povo palestino. Não crêem que é chegada a hora de sanear a ONU? 2º- SUPRIMAM A NATO. Foi criada contra a URSS. Desaparecida esta a NATO deveria ter sido dissolvida. Porém as estruturas tendem a perpetuar-se e esta superestrutura cheia de altos cargos que gozam de todo tipo de prebendas não podia ser menos. O seu custo é cada vez mais gravoso para os países que a sustentam, mas além disto está ao serviço dos EUA. Urge a sua dissolução quanto antes, já que está sendo utilizada para provocar e orquestrar guerras que justifiquem a sua injustificável existência, tendo-se convertido numa organização terrorista. Sempre o foi, mas agora superou-se a si própria. O recente "suicídio" do auditor da NATO, Eves Chandelon, depois de descobrir um buraco de 250 mil milhões de euros, no muito reservado orçamento da NATO, que tinham sido desviados para o Estado Islâmico, o que a situa ao nível mais elevado do crime organizado. 3º- INVESTIGUEM A CRIAÇÃO DO "ESTADO ISLÂMICO" NO IRAQUE E NO MÉDIO ORIENTE, também chamado Daesh. A informação disponível assinala a CIA, a Mossad e o MI6 como seus fundadores, e a Arábia Saudita e Qatar como seus financiadores, embora seja conhecida a contínua entrega de armas a estes bandos armados por parte da CIA. A ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, admitiu que esta milícia tinha sido criada pela Casa Branca… e que se lhe escapou das suas mãos. "Fracassamos em criar uma guerrilha anti-Assad credível… O fracasso deste projeto levou ao horror a que assistimos hoje" (entrevista concedida ao media digital The Atlantic, embora ela não seja alheia a outros múltiplos horrores, como o assassinato do líder líbio, Muammar Khadafi). Por outro lado, o comandante paquistanês do Estado Islâmico, Eousaf al Salafi, confessou ter recebido fundos através de EUA (diário Daily Express). Os EUA não conseguiam ter os resultados que queriam na Síria, apesar das suas múltiplas tentativas, porque o povo sírio está unido ao seu governo. Para derrota-lo recorreu à criação do chamado "Estado islâmico do Iraque e Médio Oriente", ISIS, ou Daesh (uma espécie de "vespeiro", como o denominaram os seus criadores, dotado de milhares de mercenários, muitos deles marines) que lançaram contra a Síria. Depois pediram ajuda a outros países para combater o seu próprio monstro, que ao mesmo tempo vinham alimentando. O inimigo perfeito. É a sua estratégia de sempre. Tudo isto deve ser investigado e seus responsáveis levados perante o TPI (já é tempo que funcione). 4º- DEIXEM DE DEDICAR-SE À GUERRA SUJA E À CONSPIRAÇÃO Deixem de ingerir-se nos assuntos internos de outros países, com convocatórias de encontros, conferências, cimeiras, "ajudas económicas", diretamente ou através de empresas e fundações neoliberais. É o caso das cimeiras que foram convocadas em Madrid e Córdoba, contra o legítimo governo da Síria, pelo então ministro de Assuntos Exteriores de Espanha, García Margallo. E a "ajuda" económica que entregou à "oposição síria", ou seja ao grupo terrorista "Frente Al-Nusra", ou "Jabhat al-Nusra", através do Programa Masar da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento. É o mesmo tipo de apoio que o governo espanhol vem dando à chamada "oposição" da Venezuela, convertida num autêntico bando armado que faz rebentar bombas contra a polícia; que despe, humilha, tortura e queima vivos os que etiqueta de chavistas (pelo menos 23 pessoas foram queimadas vivas desde abril a 19 de julho deste ano em atos de protesto organizados pela oposição venezuelana); e que dispara contra aqueles que exercem o seu legítimo direito de votar. Isto é trabalhar a favor das guerras e do terrorismo. Deixem de fazer homenagens aos terroristas chamados "Capacetes Brancos". Os governos espanhóis gostam da "Frente Al-Nusra", o "Jabhat al-Nusra. Compreende-se. Mas sobretudo, deixem de voltar-se para esse sócio preferido que é a Arabia Saudita. Um país que é uma propriedade privada da família Saud, que não respeita os mais básicos direitos humanos e que carece até de uma Constituição. Por que romperam relações diplomáticas com a Síria e não o fizeram com a Arábia Saudita? Fazem-se de cegos sob os imperativos dos EUA. Não é uma vergonha? Restabeleçam relações com a Síria, um país cuja história se entrelaça com a nossa e que representa todos os valores da civilização. E rompam de uma vez por todas com a Arábia Saudita. 5º- MERCENÁRIOS E DESESTABILIZADORES NÃO DEVEM ANDAR PELOS GABINETES. Pelo menos pelos gabinetes de governantes que se intitulam "democráticos", como é o caso de Rami Abdel Rahman (do chamado Observatório Sírio para os Direitos Humanos), assíduo do Foreign Office; dos irmãos Kouachi ("Charlie Hebdo"), pertencentes aos serviços secretos franceses, pelo menos um deles era habitual no gabinete de Nicolas Sarkozy nos seus tempos de presidente (ainda que a sua morte por parte da policia francesa já não permita aclarar estes extremos, da mesma forma que no caso de Mohamed Merah); deixa de ser surpreendente que todos os supostos terroristas dos últimos atentados em França e em Manchester estiveram vinculados aos serviços secretos franceses ou britânicos. No caso de Manchester, a família de Abedi – autor do atentado, de origem líbia – estava na lista de pagamentos do governo britânico. E o pai do autor tinha recebido há uns anos um encargo peculiar por parte do "democrático" governo britânico: assassinar o líder líbio Muammar Khadafi. A contrapartida eram 100 mil libras esterlinas. Que dizer do títere opositor sírio Ussama Jandali, que ao que parece frequentava o gabinete do ministro de Assuntos Exteriores de Espanha, García Margallo, ou dos já mencionados Capacetes Brancos. O terrorismo mistura-se sistematicamente com os países chamados "democráticos". Às vezes não se sabe onde acaba a administração e onde começam os bandos armados. Isto deve acabar JÀ. 6º- RETIREM-SE DE UM VEZ POR TODAS DE LÍBIA E DE TODOS OS CONFLITOS INTERNACIONAIS Destruíram esse país e deverão responder por isso. Retirem também os seus bandos armados e deixem os líbios reorganizar-se. Já o estão fazendo. Não interfiram, não obstaculizem (não enviem Bernardino León de volta, que os deixou no maior ridículo). Já fizeram suficiente prejuízo. Deixem a Líbia em paz. Agora parecem estar preocupados porque "o paiol da Líbia ameaça a estabilidade da Europa". Mas não era esse o objetivo de seu patrão, os EUA? Retirem-se também de todos os conflitos em que a Espanha participa, como Iraque, Mali, Chade, Somália, Líbia, Bósnia, Congo, Macedónia, Moçambique, Sudão, Kosovo, Líbano... Em 15 de setembro de 2016 cumpriram-se dez anos do desembarque das tropas espanholas nas praias libanesas. Por esta missão já passaram mais de 23 mil militares. Que fazem os soldados espanhóis no Líbano? Já sabemos, estão a proteger os interesses de Israel. Estão os espanhóis de acordo com isto? Retirada JÁ. Retirem-se também dos Países Bálticos onde estão a fazer um papel ridículo, tratando de provocar a Rússia. 7º- O QUE FIZERAM COM A UCRÂNIA APONTA O NORTE DOS SEUS ARDENTES DESEJOS POLÍTICOS:voltar ao nazismo. Devem responder por isso. Para lá enviaram os seus eurodeputados e mesmo o Presidente da Comunidade de Múrcia, para oferecer todos os supostos benefícios de uma UE à deriva. Até lá foi Catherine Ashton [NT] , com um cheque para comprar o governo, foi um dos capítulos mais vergonhosos de toda a história da UE. Logo a seguir viria o golpe de Estado e o incêndio de um edifício sindical com 31 pessoas lá dentro. Ingerência, crime organizado, golpismo não devem voltar a produzir-se. Os governantes dos países que apoiaram estes crimes devem responder perante o TPI. 8º- ELIMINEM DE VEZ O CHAMADO "PROGRAMA MASAR" que sob a capa de "ajuda ao desenvolvimento" e dentro da Agencia Espanhola de Cooperação Internacional ao Desenvolvimento, está sendo utilizada para desestabilizar o mundo árabe, desde Marrocos ao Iraque com a finalidade de substituir Estados laicos por Estados confessionais/fundamentalistas (todo isto seguindo diretivas dos EUA). Para maior escárnio, entre as instituições colaboradoras do Masar figura a FAES, um laboratório de ideias neoliberais vinculado ao ex-presidente espanhol José María Aznar, um dos principais impulsores juntamente com George Bush e Tony Blair da guerra do Iraque. Mas também se encontram meios de comunicação espanhóis como o canal público Televisão Espanhola, a agência de notícias EFE e jornais como El Mundo, ABC e El País … E o Clube de Madrid, uma entidade financiada pelo Departamento de Estado dos EUA (Club de Madrid Foundation Inc.), o Banco Mundial, a Comissão Europeia e um conjunto de grandes empresas, como a construtora espanhola Acciona, a mexicana OHL ou o Rockefeller Brothers Fund. Além disto, é uma perversão entender como desenvolvimento a ajuda à desestabilização e ao crime. Isto esclarece-nos, por outro lado, sobre a propaganda mediática dominante, que não informação, e o por quê de El País e El Mundo, terem colaboradores como o traficante de armas e de guerras Bernard-Henry Levy, e também o sionista Moisés Naim ou esse personagem chamado Raúl Rivero que em Cuba desfrutava de um alto nível de vida e aqui se declara perseguido político, dedicado a escrever enfadonhas colunas contra Cuba e a Venezuela. Isto para não falar da desaparição do jornalismo, convertido no maior meio de propaganda existente, tão perigoso como os mísseis. 9º- ACABEM COM A VENDA DE ARMAS. Já tivemos um ministro da Defesa, Pedro Morenés, vinculado a três empresas de armamento, e inclusivamente "ressarcido" pelo governo perante a proibição internacional da venda de bombas de fragmentação. O sr. Morenés desempenha agora as funções de embaixador em Washington, o que ainda se torna mais preocupante. A Espanha aumentou de forma alarmante a venda de armas, em geral, e concretamente a países como Arabia Saudita, que as usa para apoiar o Estado Islâmico e assassinar os iemenitas. Apenas do porto de Bilbao saíram para Arábia Saudita, nos últimos dez meses, 312 contentores com explosivos. Cada contentor pode levar até 28 toneladas, o que conduz a algo como 8 656 toneladas de explosivos, até 14 de julho de 2017, de acordo com a informação facilitada por Green-Peace, cujo porta-voz, Alberto Estévez, garante que a Espanha "poderia ser acusada de crimes de guerra", salientando que é o "terceiro país que mais armas vende à Arábia Saudita", vendas que aumentaram de forma muito significativa nos últimos anos, rondando os 4 000 milhões de euros apenas em 2016. Agora (agosto 2017) que a Síria se liberta da invasão mercenária, o seu exército está a encontrar roupa e bandeiras sauditas nos quartéis da Al-Qaeda. Por imposição dos EUA, a Espanha rompeu relações diplomáticas com a Síria, país que representa a cultura e a civilização como nenhum outro, cuja história se entrelaça com a de Espanha através do Califado de Córdoba. Pelo contrário a Espanha voltou-se para a Arábia Saudita, berço do wahabismo, do terrorismo e da regressão civilizacional, que não respeita os mais elementares direitos humanos, e que carece de Constituição. Rompam de vez relações diplomáticas com Arábia Saudita. Armas e munições de fabricação espanhola estão a aparecer em quase todos os conflitos. Já sabemos que as armas são um grande negócio, mas são para matar, e podem acabar volvendo-se contra os seus vendedores. A venda de armas não é um negócio legítimo. Devem acabar com ela. JÁ. 10º- NÃO AO ACORDO DA ESPANHA PARA ENTREGAR AO PENTÁGONO A BASE DE MÓRON, NEM AS BASES MILITARES EM ESPANHA O acordo do Conselho de Ministros de 17 de junho de 2015, em que se entregou a Base de Morón aos EUA como sede permanente do Pentágono é a última vileza cometida pelo Governo de Rajoy (do Partido Popular) contra Espanha e os espanhóis. "Isso permitirá aos EUA um aumento de tropas e aeronaves para responder com rapidez a crises em África, Europa e Médio Oriente". Já se deslocaram para lá 2 200 militares, 500 civis e 36 aeronaves. Este acordo deve ser cancelado JÁ, porque não foi autorizado pelos espanhóis, que o desconhecem, e porque viola os compromissos assumidos pelo governo de Espanha no Referendo sobre a permanência de Espanha na NATO, realizado em 12 de março de 1986, e sobre a não ampliação das Bases estrangeiras e pessoal militar. É evidente que os EUA já estão a utilizá-la, como as restantes bases, para as suas guerras em África, na Ucrânia, na Líbia, na Síria, no Iraque… com a Argélia na mira, não esqueçamos este aspecto. As forças armadas apenas têm justificação quando servem para a defesa dos povos. Não aceitamos que Espanha seja cúmplice de invasões, guerras e matanças. O surpreendente é que este governo fala de soberania nacional quando se refere ao "problema catalão", e contudo cede territórios à soberania dos EUA. Contraditório, não é? Ver também: O original encontra-se em www.lahaine.org/mundo.php/como-acabar-con-el-terrorismo . Tradução de DVC. Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ . |
sexta-feira, 8 de abril de 2016
João Carlos Lopes Pereira / Terror, terrorismo, terroristas
Terror, terrorismo, terroristas
por João Carlos Lopes Pereira [*]
O que está em causa – melhor: o que está por detrás disto tudo – não é, sequer, um choque de culturas, nem é uma questão religiosa. Nem se explica, também, pelo ódio ou, se preferirmos, pela sede de vingança nascida de incontáveis chacinas e humilhações que os europeus, desde sempre, praticaram, coisa que começou porque se outorgavam, em nome da fé, ou a seu pretexto, o direito divino de matar, esfolar e queimar, para além de, convenientemente, saquear os incréus. Nada disto é segredo para ninguém, qualquer compêndio de história o diz, sabendo-se, por exemplo, como portugueses e espanhóis foram por esse mundo fora, com a cruz numa das mãos e a espada na outra, impingindo os seus credos e cobrando em ouro, prata e outros proveitosos embolsos. Mais tarde, porque aos impérios, dessas e doutras conjunturas nascidos, competia ter colónias e povos escravizados – toda a África, desde o Mediterrâneo ao Cabo da Boa Esperança, era um mosaico de colónias das potências europeias, o mesmo sucedendo no Médio Oriente, com o Iraque, a Síria, a Palestina e o Líbano a juntarem-se a Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia e Egipto. E depois – já nos tempos que correm – porque o espírito colonial não morreu com o fim dos impérios, pela razão simples de que as matérias-primas continuam lá (especialmente uma, chamada crude ), a civilização judaico-cristã, que pariu guerras atrás de guerras dentro das suas fronteiras, concluiu que é muito melhor fazê-las fora de portas, a fim de conseguir pela força aquilo que não for possível conseguir pela persuasão, nomeadamente através de governos venais. E quando se tem um parceiro que nasceu com a violência no sangue, para quem as guerras são um modo de vida – refiro-me aos EUA, obviamente – não custa nada convencermo-nos que a civilização começa e acaba nesta coisa chamada Mundo Ocidental. Nós, ocidentais – digamos assim, apesar de eu não pretender incluir-me no contexto – é que sabemos como devem viver todos os povos. Nós – eu salvo seja, que disso me excluo! – europeus e norte-americanos, é que definimos as regras do jogo. Nós – ou seja: eles – com as nossas/suas gravatas e etiquetas, é que somos verdadeiramente civilizados. Nós – salvo seja eu, ainda e sempre! – que acreditamos que um homem, chamado Moisés, foi convocado por uma criatura divina, chamada Deus, ao cume de um monte árido, chamado Sinai, e ali recebeu duas tábuas onde, escritos pelo dedo do próprio Deus, estavam todos os mandamentos que deveriam orientar os homens para todo o sempre, somos os primeiros a não cumprir, praticamente, nenhum desses mandamentos. Matamos, roubamos, e passamos a vida a desejar e a tentar possuir tudo o que é do próximo, incluindo a sua mulher, e sendo verdade que Deus não disse – ou não escreveu – que seria proibido a uma mulher cobiçar o homem da próxima, por estar, obviamente, subentendido, tal não deixa de suceder, como o mais lerdo dos mortais está farto de saber. E nós – salvo seja, mais uma vez, que "nós" é apenas uma maneira de dizer – que acreditamos em Moisés, apesar de não haver quem testemunhasse esse encontro com o ser sobrenatural – nós, civilização ocidental, judaico-cristã, que dizemos acreditar ter Deus despachado que ninguém cobiçará a casa do seu próximo, nem a mulher do seu próximo, nem o seu escravo, nem a sua escrava (na altura, Deus ainda considerava que a escravatura era uma coisa excelente, o que prova que até Deus se pode enganar), nem cobiçar o seu boi, nem coisa alguma do seu próximo, nada mais temos feito, nesta velha e civilizada Europa cristã, do que exactamente o contrário do que Deus terá dito – ou escrito – a Moisés. Ou que Moisés, para consolidar o seu lugar de patriarca, terá dito que Deus lhe disse, que é como quem diz: terá escrito aquilo que disse ter sido escrito por Deus. Temos – nanja eu – passado os séculos a matar e a morrer em guerras fratricidas, apenas porque desejamos aquilo que é do próximo. Isto é: Não há maiores infractores às leis de Deus, do que precisamente aqueles que dizem acreditar que foi Deus quem, através de Moisés, as pôs a circular. Recorde-se, por exemplo, que uma dessas guerras, a dos Cem Anos chamada – que foi composta por vários conflitos, e que durou, na verdade, cento e dezasseis anos, pois decorreu entre 1337 e 1453 – teve como causas as necessidades de os senhores feudais, que eram cristãos dos pés à cabeça, quererem mais terras do que aquelas que já tinham. Queriam, esses eleitos de Deus, as terras do próximo. E mais o que estava lá, incluindo as mulheres. Mais tarde, entre 1618 e 1648, decorreu outro conflito, com epicentro na Alemanha, por motivos variados, mas sempre à volta do mesmo: rivalidades religiosas como pretexto, mas, principalmente, por razões territoriais e comerciais. Chamou-se a Guerra dos Trinta Anos. Lá está: queria-se a fazenda e os negócios do próximo. E todos eles – os senhores das partes envolvidas – louvavam a Deus sobre todas as coisas. De 1803 a 1815, Napoleão Bonaparte, que se considerava o herdeiro da Revolução Francesa, decidiu que deveria levar os valores da Revolução a toda a parte, esquecendo-se ele próprio de os respeitar, pelo que resolveu fazer-se coroar imperador. Safou-se da guilhotina, mas não se safou dos ingleses. Fosse como fosse, falamos de doze anos durante os quais a cristandade mostrou o seu carácter autofágico. No século passado, nasceram nesta mesma Europa civilizada e cristã até mais não poder ser, os dois maiores conflitos mundiais. E cada um matou mais do que o anterior. Sempre pelas mesmas razões. Independentemente do rastilho que as fez despoletar – ambas rebentaram, por curiosidade, tal como a guerra dos Trinta Anos, na Alemanha – era preciso deitar a mão à riqueza alheia. Hitler chamou ao que era do próximo, o seu – dele, Hitler – Espaço Vital.Tal como os norte-americanos chamam àquilo que querem, esteja lá onde estiver, e seja lá de quem for, os seusInteresses Vitais. Já vimos, portanto, de que massa é feita esta Europa civilizada, imbuída de ensinamentos bíblicos, cristã até à medula, uma parceira ideal para o Tio Sam, o maior rapinante que anda por aí ao cimo da terra. Deus os fez, Deus os juntou, tal como as duas tábuas da lei. Mas perdi-me do fio inicial. Dizia eu que o que está por detrás disto tudo – do terrorismo – não é, sequer, um choque de culturas, nem é uma questão religiosa. Nem se explica, também, pelo ódio ou, se preferirmos, pela sede de vingança nascida de muitas chacinas e humilhações que os europeus, desde sempre, praticaram. É tudo isso amalgamado e utilizado como ingredientes por quem não se amarra a um cinto de explosivos, que não viajou de avião no dia 11 de Setembro, nem foi, como costumava ir, às Twin Towers nesse mesmo dia, nem frequentava o Bataclan. E que, seguramente, sabia que não podia estar no aeroporto de Bruxelas, ou no metro, no dia em que as bombas explodiram. Quem matou, em Bruxelas, é quem vende armas ao Estado Islâmico, é quem lhe compra o petróleo, é quem trata os seus feridos nos hospitais de Israel. É quem despeja bombas sobre as mulheres e as crianças da Faixa de Gaza. É quem roubou as casas e a água aos palestinianos. Quem matou, em Bruxelas, ou em Paris, foi quem colaborou activamente com a selvática e desumana destruição da Líbia (Allo, monsieur Sarkozy!), executada pela NATO, onde não morreram 30, nem 40, nem 140 pessoas inocentes, mas centenas de milhares de seres humanos tão inocentes como estes do metro e do aeroporto de Bruxelas. Quem matou em Bruxelas, ou em Paris, foi o reles fantoche que aceitou ser um sinistro mandatário de Obama (Allo, monsieur Hollande!), ao armar e financiar as hordas terroristas na Síria, onde os mortos civis, causados por esta guerra inspirada e alimentada pela França e pelos EUA, já ultrapassaram os 300 mil. Quem vir a Síria de hoje, verá um país cuja devastação faz lembrar o que de pior se viu na II Grande Guerra após um qualquer raid aéreo. Aquele país moderno, arejado e desenvolvido, onde as religiões conviviam sem ódios ou querelas, onde o nível de vida fazia inveja a muitos países europeus, como Portugal, por exemplo, é hoje um monte de ruínas devido à interferência estrangeira, porque os governantes europeus e norte-americanos consideram que não pode haver exemplos de sucesso fora do sistema capitalista. Ou fora da democracia na sua única versão "aceitável": a versão em que os interesses dos senhores capitalistas (como se dizia há anos), ou dos Mercados, ou dos senhores Investidores (como se diz agora), prevalecem sobre tudo o resto. (Note-se que a Síria cometeu o horroroso crime de manter o petróleo como riqueza nacional, posto ao serviço de todo o povo, e não de qualquer multinacional). Quem matou em Bruxelas, como antes em Paris, foram e são aqueles que, dos seus gabinetes governamentais na Europa, ou em Washington, olham para os povos de África ou do Médio Oriente, e desenham no mapa da geoestratégia os destinos que melhor convieram aos seus interesses. Quer isto dizer que absolvo os homens que se deixaram desumanizar pela violência e pelos vexames a que os seus povos foram sujeitos, fazendo desabar agora sobre pessoas inocentes o peso de décadas e décadas de humilhações sem limites? Não! De modo nenhum! Por razões claras e óbvias, que são as das pessoas comuns, e por mais uma: estas acções em nada afectam o poder dos líderes europeus e norte-americanos. Muito menos o poder de quem comanda esses líderes e, a nível mundial, a vida de milhões de seres humanos, através dos cordelinhos da economia. Dos Mercados. Ou seja: os senhores Investidores. Pelo contrário. O terrorismo é o melhor aliado dos senhores Investidores. Enche de medo os cidadãos, e não há melhor petisco para os senhores Investidores, do que um cidadão amedrontado. Se os terroristas percebessem isto, não atacavam em Paris, nem em Bruxelas. Não matariam as pessoas comuns. - Então, onde e quem atacariam? – perguntam-me. - Se estão à espera que eu diga que deveriam atacar quando e onde se reunisse o Clube Bilderberg, desiludam-se. Não digo! - Porquê? – voltam a perguntar-me. - Porque o Clube Bilderberg é a maior organização terrorista do mundo. Foi ele que congeminou a Crise, o seu remédio – a Austeridade – e, desta maneira, empobreceu 90% do Humanidade, enriquecendo, em consequência, os restantes 10%. O Clube Bilderberg é, portanto, a maior fábrica de terrorismo – e de terroristas – do mundo. Ver também: [*] Jornalista. Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ . |
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
A responsabilidade do EUA na perigosa vaga de terrorismo Os Editores
Nota dos Editores

A responsabilidade do EUA na perigosa vaga de terrorismo
15.Nov.15 :: Editores
Os trágicos atentados terroristas de Paris foram condenados a nível mundial pela humanidade solidária com o povo francês, alvo da monstruosa e repugnante chacina.
Milhões de palavras sobre o acontecimento foram escritas ou pronunciadas em dezenas de países em muitas línguas.
Dirigentes políticos, personalidades destacadas, politólogos de serviço nos grandes media, comentaram os atentados.
Chama a atenção o facto de na Comunidade Europeia nenhum chefe de estado ou de governo ter nas suas intervenções abordado a questão fundamental das causas da vaga de terrorismo que assola o mundo. Obama também se absteve de tocar no tema.
Qual o motivo de tão estranha omissão? Resposta é simples, mas incómoda para os detentores do poder.
O principal responsável pelo alastramento do terrorismo que condenam e dizem combater é o imperialismo americano.
Antes da primeira Guerra do Golfo não existiam praticamente organizações terroristas que preocupassem o Ocidente capitalista e os crimes desse tipo eram pouco frequentes.
Durante o governo de Carter, Brzezinsky persuadiu o presidente a criar no Afeganistão uma situação caótica que forçasse a União Soviética a enviar um contingente militar para aquele país. Nas suas memórias o assessor de Carter assume com orgulho essa responsabilidade. Foi a CIA, com o aval da Casa Branca, quem criou no Paquistão os acampamentos onde foram treinados, financiados e armados os lideres mujahedines que dirigiram a luta contra a Revolução Afegã. Reagan recebeu em Washington como hóspedes de honra os dirigentes das Sete Organizações Sunitas de Peshawar - alguns traficantes de droga milionários – designando-os como «novos Bolívares» e «combatentes da liberdade»
Quando esse bando, destruída a Revolução Afegã, se envolveu em guerras civis intermitentes, os EUA criaram, também no Paquistão, os Talibans. Armados por Washington, os «estudantes de teologia» invadiram e conquistaram o Afeganistão. Retiraram o ex-presidente Najibullah da sede da ONU onde se tinha asilado, enforcaram-no num poste e impuseram ao país um regime islâmico medieval.
Os antigos aliados passaram a ser considerados pela Casa Branca uma perigosa ameaça. O Afeganistão, graças aos mestres norte americanos, emergiu no mundo muçulmano como «a universidade do terrorismo».
Após os atentados do 11 de Setembro de 2001,os EUA invadiram e ocuparam o país quando o mulah Omar, líder taliban, recusou entregar-lhes Osama Bin Laden.
Transcorridos 14 anos, o balanço dessa agressão é desastroso. Hoje o Afeganistão é o maior produtor mundial de heroína e dali saem fornadas de terroristas para a Africa, o Médio Oriente, a Europa e os EUA.
De alunos, os afegãos passaram a professores. Na Argélia, no Egito, no Iraque, no Irão, «especialistas» afegãos participaram de muitas ações criminosas.
Porventura renunciaram os EUA a utilizar terroristas islâmicos nas suas guerras de agressão? Não.
Porventura renunciaram os EUA a utilizar terroristas islâmicos nas suas guerras de agressão? Não.
Na Líbia, as milícias que tiveram papel decisivo na luta contra Kadhafi (por elas assassinado) foram criadas e treinadas pela CIA e pelos serviços secretos britânicos. Em breve se tornaram também incontroláveis, gerando o caos num país destruído pelo imperialismo.
Na Síria, Washington, na tentativa de derrubar Bashar al Assad e recolonizar o país, armou e financiou os grupos terroristas que combatem o regime de Damasco.
Quando irrompeu na Região a praga do jihadismo, e as noticias sobre os crimes monstruosos cometidos pelos seguidores do autointitulado Estado Islâmico começaram a correr pelo mundo, a humanidade, horrorizada, teve dificuldade em compreender como surgira e se formara aquela seita de fanáticos assassinos.
Prestigiados media de «referência» dos EUA contribuíram para que gradualmente se dissipasse o véu de mistério que envolvia os criminosos do EI. Sabe-se hoje – graças em parte a artigos publicados naquele país - que muitos dos atuais lideres jihadistas foram formados por mestres da CIA com outros fins.
Não há como negar a evidência: o imperialismo estado-unidense é o principal responsável pela perigosa vaga de terrorismo que alastra pelo mundo.
A sua resposta – já principiou em França - será, na América e na Europa, como aconteceu após o 11 de Setembro, intensificar a repressão contra os seus próprios povos.
OS EDITORES DE ODIARIO.INFO
domingo, 15 de novembro de 2015
Andre Vltchek / terra dividida.....
Líbano: 'A terra dividida e subserviente a forças externas "
Andre Vltchek é um filósofo, escritor, cineasta e jornalista investigativo. Seus livros mais recentes são: "Expor mentiras do império" e "Luta contra imperialismo ocidental". Discussão com N. Chomsky: Em Ocidental Terrorismo. Point of No Return é seu romance aclamado pela crítica política. Andre está fazendo filmes para Telesur e Press TV. Vltchek atualmente reside e trabalha no leste da Ásia e no Oriente Médio.

Durante anos, foi um fato bem conhecido que ISIS tinham conseguido infiltrar Beirute. Não foi passear seus soldados pela capital - longe disso! Ele estava mentindo baixo, aparecendo dormente, mas pronto para atacar a qualquer momento.
Enquanto o Hezbollah eo exército libanês foram bloqueados no que só pode ser descrito como "batalhas épicas" com ISIL no norte do país, perto da fronteira com a Síria, inúmeras células mortais deste sunita organização terrorista muçulmano (ISIL) foram aumentando a sua presença em todas as principais cidades libanesas, incluindo a capital do país Beirute.
"Militantes ISIL não estão vivendo apenas nas partes sunitas da cidade", uma acadêmica local explicado para mim. "Eles estão residindo mesmo em alguns dos bairros cristãos de luxo. Eles conseguiram se infiltrar em todo o país. Eles podem atacar a qualquer momento e em qualquer lugar que eles querem. "
E em 12 de novembro de 2015 eles fizeram atacar com força total. Três homens-bomba penetrou Burj al-Barajneh, um subúrbio de Beirute e um bairro predominantemente xiita, um reduto do Hezbollah.
Um homem-bomba montou em uma moto através do bairro de Ain al-sikke, e em seguida fez-se explodir no meio da estrada, em frente a uma banca de café popular, na hora do rush. Como as pessoas correram para o local, tentando ajudar as vítimas, a segunda explosão foi ouvida de repente. O terceiro homem-bomba não foi capaz de detonar seu dispositivo, como uma das explosões rasgou-o à parte.

A carnificina poderia ter sido pior. Alegadamente, os homens-bomba estavam tentando entrar em uma mesquita xiita durante as orações, mas foram parados.
Na noite do ataque, para chegar ao local era quase impossível. Voluntários do Hezbollah isolaram a área e as forças de segurança libanesas, tanto da polícia e do exército eles suportado. Parecia uma guerra e de certa forma, foi uma guerra.
ISIS assumiu a responsabilidade pelos ataques em uma declaração que publicado on-line: "Um soldado do califado se explodiu no reduto dos hereges, e depois de os apóstatas se aglomeraram ao redor do local da explosão, um segundo mártir se explodiu usando sua explosiva cinto."
Em uma linguagem de fundamentalistas sunitas Wahhabi, muçulmanos xiitas são definidos como "apóstatas" e alvos legítimos.
Este foi um dos mais mortais ataques terroristas na história moderna do Líbano.Pelo menos 43 pessoas perderam a vida e mais de 200 ficaram feridas.
Algo frágil tem quebrado. Algo terrível foi colocado em movimento.
Mas muitas pessoas libanesas ainda não estão dispostos a desistir. Em seu discurso emocional, Ms. Zeinab Al Saffar, um proeminente talk show âncora e produtor (TV Al-Mayadeen) sócio-político, declarou um dia após o massacre: "Eu acho que depois do que vimos e testemunhamos ontem, para além das enormes perdas de nossos entes queridos e a dor da ferida e todas as famílias, especialmente as mães, nossas pessoas estão agora mais profundamente enraizado em sua resistência nacional; eles estão de pé firme em face de quaisquer regimes que têm como alvo a resistência! É agora claro que defender a nossa terra e as pessoas, mesmo com os nossos próprios corpos e os nossos próprios filhos, se necessário, é algo que é inculcado em nosso sangue desde a nossa fundação. Acredite em mim: nós somos fortes! E vamos permanecer firmes e fortes! "
Mas muitas pessoas libanesas ainda não estão dispostos a desistir. Em seu discurso emocional, Ms. Zeinab Al Saffar, um proeminente talk show âncora e produtor (TV Al-Mayadeen) sócio-político, declarou um dia após o massacre: "Eu acho que depois do que vimos e testemunhamos ontem, para além das enormes perdas de nossos entes queridos e a dor da ferida e todas as famílias, especialmente as mães, nossas pessoas estão agora mais profundamente enraizado em sua resistência nacional; eles estão de pé firme em face de quaisquer regimes que têm como alvo a resistência! É agora claro que defender a nossa terra e as pessoas, mesmo com os nossos próprios corpos e os nossos próprios filhos, se necessário, é algo que é inculcado em nosso sangue desde a nossa fundação. Acredite em mim: nós somos fortes! E vamos permanecer firmes e fortes! "
Líbano declarou 13 de novembro um dia de luto nacional.
Nas ruas e nos escritórios de Beirute, as pessoas têm falado sobre insegurança e medo. De repente, a guerra na Síria veio à sua porta. E desta vez não foi apenas através de mais de dois milhões de refugiados sírios que já estão espalhados por todo este pequeno país, mas através dos atos de ISIL - o mais mortal organização terrorista na região que tem ligações claramente detectáveis tanto com a Arábia Saudita eo Ocidente .
Ms. Rania, que trabalha para uma organização internacional em Beirute, exclamou:"Estávamos sentindo cada vez mais muito inseguro em Beirute, mas o que aconteceu ontem à noite me e minha família chocada. Mas pensar sobre isso, não devemos estar realmente surpreso porque uma batalha com ISIS e Al Nusra tem sido travada em nosso solo libanês por algum tempo. Foi, talvez, apenas a questão de tempo quando seria atingida aqui em Beirute ".
Um perito local financeiro, o Sr. Mahmoud:"Aqueles que estão lutando em nosso território sabem que o Líbano tem um enorme vácuo agora, politicamente e militarmente Imagine que nós nem sequer foram capazes de encontrar soluções para o nosso problema do lixo, por mais de três. meses agora! Líbano é tão fraco agora. Qualquer um pode entrar e explorar a situação! "
O Líbano tem praticamente nenhum governo de funcionar, e agora está enfrentando um colapso total de sua infra-estrutura. Parece que toda a gente desistiu do país. A nação está dividida e completamente subserviente às forças exteriores (politicamente), seja no Ocidente, a Arábia Saudita ou o Irã. Economicamente, depende, principalmente, remessas, a produção de medicamentos, apostilas e investimentos estrangeiros obscuros na África Ocidental.
Muitos dos dois milhões de refugiados que hoje vivem no Líbano não são sequer registrados, ea pressão sobre o saneamento do país, concessionárias de energia elétrica, assistência médica e outros serviços básicos é tremenda.
Hezbollah, um movimento xiita com fortes ligações com o Irã, é a única força social sólidos no país, que se estende a sua mão bem além da sua esfera religiosa. É também o principal adversário de ISIL. Ele já perdeu mais homens na luta contra ISIL do que quando lutando contra a invasão israelense do Líbano. Atingidos pelo poder aéreo russo e pelo exército avançando na vizinha Síria, ambos os principais grupos terroristas regionais - ISIL e Al Nusra - são tornando-se cada vez mais desesperada.ISIL nunca abandonou seu sonho de criar um califado no norte do Líbano, tanto como plano de expansão e de back-up.
O Líbano é fraco, a fronteira com a Síria é porosa, e dezenas de milhares de potenciais combatentes estão agora disse estar escondido entre a multidão de refugiados. E os refugiados não vêm em um grupo homogêneo: mesmo em Burj al-Barajneh, há um velho campo de refugiados palestino com muitos daqueles que estão simpatizando com os grupos extremistas sunitas.
É até possível que, caso ISIL e Al Nusra ser derrotado na Síria, que poderia se reagrupar e subir novamente aqui no Líbano.
Ataques suicidas em Burj al-Barajneh em 12 de novembro são uma antevisão arrepiante dos horrores que em breve poderá se tornar uma norma neste grupo e país confuso.
Claro que é tempo para o Líbano para unir, mas poderia? É hora de o Ocidente, a Arábia Saudita, Qatar e Turquia para parar de apoiar grupos terroristas na Síria. Por enquanto a guerra na Síria está sendo travada, há um crescente perigo que o Líbano, país pequeno, mas espectacular, esta pequena irmã da Síria, poderia estar infestada com forças externas brutais e, em seguida, mais uma vez, ficar em chamas.
As d
Líbano: 'A terra dividida e subserviente a forças externas "
Andre Vltchek é um filósofo, escritor, cineasta e jornalista investigativo. Seus livros mais recentes são: "Expor mentiras do império" e "Luta contra imperialismo ocidental". Discussão com N. Chomsky: Em Ocidental Terrorismo. Point of No Return é seu romance aclamado pela crítica política. Andre está fazendo filmes para Telesur e Press TV. Vltchek atualmente reside e trabalha no leste da Ásia e no Oriente Médio.

Durante anos, foi um fato bem conhecido que ISIS tinham conseguido infiltrar Beirute. Não foi passear seus soldados pela capital - longe disso! Ele estava mentindo baixo, aparecendo dormente, mas pronto para atacar a qualquer momento.
Enquanto o Hezbollah eo exército libanês foram bloqueados no que só pode ser descrito como "batalhas épicas" com ISIL no norte do país, perto da fronteira com a Síria, inúmeras células mortais deste sunita organização terrorista muçulmano (ISIL) foram aumentando a sua presença em todas as principais cidades libanesas, incluindo a capital do país Beirute.
"Militantes ISIL não estão vivendo apenas nas partes sunitas da cidade", uma acadêmica local explicado para mim. "Eles estão residindo mesmo em alguns dos bairros cristãos de luxo. Eles conseguiram se infiltrar em todo o país. Eles podem atacar a qualquer momento e em qualquer lugar que eles querem. "
E em 12 de novembro de 2015 eles fizeram atacar com força total. Três homens-bomba penetrou Burj al-Barajneh, um subúrbio de Beirute e um bairro predominantemente xiita, um reduto do Hezbollah.
Um homem-bomba montou em uma moto através do bairro de Ain al-sikke, e em seguida fez-se explodir no meio da estrada, em frente a uma banca de café popular, na hora do rush. Como as pessoas correram para o local, tentando ajudar as vítimas, a segunda explosão foi ouvida de repente. O terceiro homem-bomba não foi capaz de detonar seu dispositivo, como uma das explosões rasgou-o à parte.

A carnificina poderia ter sido pior. Alegadamente, os homens-bomba estavam tentando entrar em uma mesquita xiita durante as orações, mas foram parados.
Na noite do ataque, para chegar ao local era quase impossível. Voluntários do Hezbollah isolaram a área e as forças de segurança libanesas, tanto da polícia e do exército eles suportado. Parecia uma guerra e de certa forma, foi uma guerra.
ISIS assumiu a responsabilidade pelos ataques em uma declaração que publicado on-line: "Um soldado do califado se explodiu no reduto dos hereges, e depois de os apóstatas se aglomeraram ao redor do local da explosão, um segundo mártir se explodiu usando sua explosiva cinto."
Em uma linguagem de fundamentalistas sunitas Wahhabi, muçulmanos xiitas são definidos como "apóstatas" e alvos legítimos.
Este foi um dos mais mortais ataques terroristas na história moderna do Líbano.Pelo menos 43 pessoas perderam a vida e mais de 200 ficaram feridas.
Algo frágil tem quebrado. Algo terrível foi colocado em movimento.
Mas muitas pessoas libanesas ainda não estão dispostos a desistir. Em seu discurso emocional, Ms. Zeinab Al Saffar, um proeminente talk show âncora e produtor (TV Al-Mayadeen) sócio-político, declarou um dia após o massacre: "Eu acho que depois do que vimos e testemunhamos ontem, para além das enormes perdas de nossos entes queridos e a dor da ferida e todas as famílias, especialmente as mães, nossas pessoas estão agora mais profundamente enraizado em sua resistência nacional; eles estão de pé firme em face de quaisquer regimes que têm como alvo a resistência! É agora claro que defender a nossa terra e as pessoas, mesmo com os nossos próprios corpos e os nossos próprios filhos, se necessário, é algo que é inculcado em nosso sangue desde a nossa fundação. Acredite em mim: nós somos fortes! E vamos permanecer firmes e fortes! "
Mas muitas pessoas libanesas ainda não estão dispostos a desistir. Em seu discurso emocional, Ms. Zeinab Al Saffar, um proeminente talk show âncora e produtor (TV Al-Mayadeen) sócio-político, declarou um dia após o massacre: "Eu acho que depois do que vimos e testemunhamos ontem, para além das enormes perdas de nossos entes queridos e a dor da ferida e todas as famílias, especialmente as mães, nossas pessoas estão agora mais profundamente enraizado em sua resistência nacional; eles estão de pé firme em face de quaisquer regimes que têm como alvo a resistência! É agora claro que defender a nossa terra e as pessoas, mesmo com os nossos próprios corpos e os nossos próprios filhos, se necessário, é algo que é inculcado em nosso sangue desde a nossa fundação. Acredite em mim: nós somos fortes! E vamos permanecer firmes e fortes! "
Líbano declarou 13 de novembro um dia de luto nacional.
Nas ruas e nos escritórios de Beirute, as pessoas têm falado sobre insegurança e medo. De repente, a guerra na Síria veio à sua porta. E desta vez não foi apenas através de mais de dois milhões de refugiados sírios que já estão espalhados por todo este pequeno país, mas através dos atos de ISIL - o mais mortal organização terrorista na região que tem ligações claramente detectáveis tanto com a Arábia Saudita eo Ocidente .
Ms. Rania, que trabalha para uma organização internacional em Beirute, exclamou:"Estávamos sentindo cada vez mais muito inseguro em Beirute, mas o que aconteceu ontem à noite me e minha família chocada. Mas pensar sobre isso, não devemos estar realmente surpreso porque uma batalha com ISIS e Al Nusra tem sido travada em nosso solo libanês por algum tempo. Foi, talvez, apenas a questão de tempo quando seria atingida aqui em Beirute ".
Um perito local financeiro, o Sr. Mahmoud:"Aqueles que estão lutando em nosso território sabem que o Líbano tem um enorme vácuo agora, politicamente e militarmente Imagine que nós nem sequer foram capazes de encontrar soluções para o nosso problema do lixo, por mais de três. meses agora! Líbano é tão fraco agora. Qualquer um pode entrar e explorar a situação! "
O Líbano tem praticamente nenhum governo de funcionar, e agora está enfrentando um colapso total de sua infra-estrutura. Parece que toda a gente desistiu do país. A nação está dividida e completamente subserviente às forças exteriores (politicamente), seja no Ocidente, a Arábia Saudita ou o Irã. Economicamente, depende, principalmente, remessas, a produção de medicamentos, apostilas e investimentos estrangeiros obscuros na África Ocidental.
Muitos dos dois milhões de refugiados que hoje vivem no Líbano não são sequer registrados, ea pressão sobre o saneamento do país, concessionárias de energia elétrica, assistência médica e outros serviços básicos é tremenda.
Hezbollah, um movimento xiita com fortes ligações com o Irã, é a única força social sólidos no país, que se estende a sua mão bem além da sua esfera religiosa. É também o principal adversário de ISIL. Ele já perdeu mais homens na luta contra ISIL do que quando lutando contra a invasão israelense do Líbano. Atingidos pelo poder aéreo russo e pelo exército avançando na vizinha Síria, ambos os principais grupos terroristas regionais - ISIL e Al Nusra - são tornando-se cada vez mais desesperada.ISIL nunca abandonou seu sonho de criar um califado no norte do Líbano, tanto como plano de expansão e de back-up.
O Líbano é fraco, a fronteira com a Síria é porosa, e dezenas de milhares de potenciais combatentes estão agora disse estar escondido entre a multidão de refugiados. E os refugiados não vêm em um grupo homogêneo: mesmo em Burj al-Barajneh, há um velho campo de refugiados palestino com muitos daqueles que estão simpatizando com os grupos extremistas sunitas.
É até possível que, caso ISIL e Al Nusra ser derrotado na Síria, que poderia se reagrupar e subir novamente aqui no Líbano.
Ataques suicidas em Burj al-Barajneh em 12 de novembro são uma antevisão arrepiante dos horrores que em breve poderá se tornar uma norma neste grupo e país confuso.
Claro que é tempo para o Líbano para unir, mas poderia? É hora de o Ocidente, a Arábia Saudita, Qatar e Turquia para parar de apoiar grupos terroristas na Síria. Por enquanto a guerra na Síria está sendo travada, há um crescente perigo que o Líbano, país pequeno, mas espectacular, esta pequena irmã da Síria, poderia estar infestada com forças externas brutais e, em seguida, mais uma vez, ficar em chamas.
As declarações, pontos de vista e opiniões expressas nesta coluna são exclusivas do autor e não representam necessariamente aqueles de RT.
eclarações, pontos de vista e opiniões expressas nesta coluna são exclusivas do autor e não representam necessariamente aqueles de RT.