Adeus, Titã? Lua de Saturno pega cientistas de surpresa com velocidade de distanciamento
© CC BY 2.0 / Kevin Gill
Titã, que é a segunda maior lua do Sistema Solar, é um corpo celeste único que atrai grande atenção da comunidade científica.
Trata-se da única lua no nosso Sistema Solar a possuir uma considerável quantidade de atmosfera e, assim como a Terra, apresenta rios líquidos e mares em sua superfície.
Uma equipe internacional de pesquisadores afirma que Titã está se distanciando de Saturno a uma velocidade 100 vezes maior do que se imaginava. O fato de que luas se distanciam de seus planetas não é algo incomum.
Por exemplo, nossa Lua está se movendo a 3,81 centímetros a cada ano, de acordo com a NASA, mas é a migração da lua Titã que choca os cientistas.
Pesquisas anteriores concluíram que Titã estava se movendo a 0,1 centímetros por ano. No entanto, o novo estudo, publicado em 8 de junho pela revista Nature Astranomy, afirma que a lua de Saturno está se movendo a 11 centímetros por ano.
© FOTO / NASA, ESA, A. SIMON (CENTRO DE VOO ESPACIAL GODDARD), E M.H. WONG DA UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA
Foto de Saturno feita pelo telescópio espacial Hubble da NASA
Em sua pesquisa, astrônomos se apoiaram em informações fornecidas pela Cassini-Huygens, uma missão espacial que foi lançada em 1997 para estudar Saturno, seus anéis e satélites naturais. A equipe envolvida afirma que a pesquisa acrescenta importantes peças para o quebra-cabeça da idade de Saturno e seu sistema.
"A maior parte dos trabalhos anteriores considerava que Titã e Calisto, uma lua de Júpiter, foram formadas em uma distância orbital semelhante a onde são vistas agora", afirmou Jim Fuller, professor de Astrofísica Teórica do Instituto de Tecnologia da Califórnia (EUA) e coautor do estudo. "O [resultado do estudo] implica que o sistema lunar de Saturno, e, potencialmente, seus anéis se formaram e evoluíram de uma forma mais dinâmica do que se havia imaginado".
Cientistas da NASA planejam estudar esta lua mais detalhadamente quando lançarem a missão Dragonfly em 2026. A agência espacial planeja enviar uma sonda que irá aterrissar em sua superfície e estudar crateras, que cientistas acreditam que pode conter ingredientes para a vida.
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