24 DE ABRIL DE 2020, 12H31
Entre eles, Bolsonaro usou a assinatura eletrônica de Moro na demissão de Valeixo sem a sua permissão

Reprodução/TV Cultura
O ex-juiz e agora ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, confirmou vários crimes de responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ), em seu discurso de demissão, feito na manhã desta sexta-feira (24), na sede do ministério da Justiça.
O ex-ministro desmentiu Bolsonaro, ao afirmar que o ex-diretor da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo teria pedido para deixar a instituição. Além de não ter sido comunicado da exoneração de Valeixo, publicada no Diário Oficial da União, na manhã desta sexta-feira, Moro ainda afirmou que não assinou a demissão de Valeixo, apesar da sua assinatura eletrônica constar na publicação.
Moro disse que Bolsonaro teve a intenção de interferir politicamente na Polícia Federal, não apenas na direção-geral, mas nas superintendências regionais. Além disso, disse que o presidente afirmou expressamente que queria uma PF subordinada a ele, que ele tivesse acesso pessoal à cúpula da PF para interferir em investigações em andamento e inclusive ter acesso a relatórios de inteligência.
Moro disse ainda que Bolsonaro também gostaria de ter acesso a inquéritos que correm no Supremo Tribunal Federal e manifestou a ele preocupação com essas investigações.
Moro lembrou, durante o seu discurso, que nem os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, seus notórios adversários políticos, fizeram coisa semelhante.
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