Após anunciar proibição, governo francês recua e permite manifestação contra reforma trabalhista
Liberação de protesto previsto para esta quinta em Paris ocorreu após reunião de emergência entre líderes sindicalistas e o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve
O líder da CGT (Confederação Geral do Trabalho) da França, Philippe Martinez, afirmou nesta quarta-feira (22/06) que a Prefeitura de Paris permitirá a manifestação contra a reforma trabalhista de François Hollande prevista para esta quinta-feira (23/06) na cidade, após ameaças de proibir o ato.
Agência Efe
Polícia utilizou canhões de água para reprimir manifestantes em Paris durante ato no dia 14 deste mês
Polícia utilizou canhões de água para reprimir manifestantes em Paris durante ato no dia 14 deste mês
A liberação do protesto ocorreu após uma reunião de emergência entre líderes sindicalistas e o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.
Horas antes, a Prefeitura havia anunciado a proibição do protesto, sob justificativa de evitar perturbações da “ordem pública”, em referência às manifestações do dia 14 deste mês.
“Após conversas duras com o ministro do Interior, a central sindical e as organizações estudantis obtiveram o direito de se manifestar em uma rota proposta pelo ministro do Interior”, informou Martinez em entrevista coletiva à imprensa.
O acordo firmado prevê que a manifestação percorrerá 1,6 quilômetro próximo ao centro da capital francesa, segundo a Associated Press.
No dia seguinte ao protesto do dia 14, o primeiro-ministro Manuel Valls exigiu que a CGT, o maior sindicato do país, não organizasse mais protestos em Paris contra a reforma. O presidente François Hollande disse a ministros que poderia proibir as manifestações se medidas de segurança não fossem adotadas pelo sindicato.
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A proibição do protesto vinha sendo sofrendo fortes críticas, inclusive dentro do Partido Socialista de Hollande.
Flexibilização das leis
Os sindicatos protestam desde março contra a reforma trabalhista de François Hollande, que flexibiliza leis trabalhistas e é defendida pelo governo como forma de combater o desemprego, atualmente em cerca de 10-%.
Um dos principais aspectos da reforma é alterar a jornada de 35 horas de trabalho semanais. O limite seria oficialmente mantido, mas será permitido às companhias organizar horas de trabalho alternativas — como trabalhar de casa — o que, no final, poderia resultar em até 48 horas de trabalho por semana. Em “circunstâncias excepcionais”, o limite poderá ser de até 60 horas por semana.
A proposta permite também que as empresas deixem de pagar as horas extras aos funcionários que trabalharem mais de 35, recompensando-os com dias de folga.
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"Socialistas" falsos de aluguel,na França,na China,no Brasil,etc estão sobrando.Viva os trabalhadores,viva o socialismo!
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