Caracas, 12 agosto (Prensa Latina) O presidente Nicolás Maduro garantiu a diplomacia de paz exercida hoje pela Venezuela como a única via para resolver o conflito com a vizinha Guiana pela posse do território Essequibo.
Durante seu programa televisivo Contato com Maduro, transmitido nas terças-feiras na noite, o presidente assegurou estar disposto a utilizar os canais diplomáticos apropriados para avançar na solução do conflito através do Acordo de Genebra. Mais que cedo ou tarde, Venezuela recuperará o Essequibo, agregou o presidente, e fez questão de que essa região foi tirada de seu país há mais de um século por pactos coloniais e neocoloniais arbitrários.
Maduro também reconheceu à Comissão Presidencial para os Assuntos Limítrofes do Governo bolivariano pela volta diplomática realizada no Caribe em 6 e 8 deste mês com o objetivo de apresentar as razões da Venezuela na disputa com Guiana e reafirmar sua determinação de resolvê-la mediante vias pacíficas.
Durante o programa do presidente, a ministra venezuelana de Relações Exteriores, Delcy Rodríguez, detalhou outras questões que ocupam no presente à diplomacia deste país e seus aliados latinoamericanos e caribenhos.
Rodríguez comentou que os chanceleres da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) levarão ante a Assembleia Geral da ONU uma declaração especial relacionada com a crise migratória no mar Mediterrâneo.
Esse documento assinado na passada segunda-feira em Caracas durante a IV reunião extraordinária do Conselho Político do ALBA-TCP- insta aos governos do mundo a conformar um plano de solidariedade com os povos que sofrem hoje as consequências do terrorismo internacional.
A diplomata venezuelana sublinhou que também apresentarão esta exigência (feita principalmente a Europa) em instâncias como a Comunidade do Caribe, a União de Nações Sul-americanas e a Comunidade de Estados Latinoamericanos e Caribenhos.
Segundo a chanceler, essa crise é realmente vergonhosa, pois converteu o Mediterrâneo em uma imensa fossa comum de cidadãos que tratam de fugir da violência e a pobreza de seus países, às quais contribuem muito as políticas de Ocidente.
O documento pede a investir 20 % da despesa bélica mundial em saúde, educação, alimentação, moradia e outros direitos fundamentais de milhões de pessoas açoitadas pelo terrorismo promovido e respaldado pelos centros de poder ocidentais, precisou Rodríguez.
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