quarta-feira, 20 de maio de 2015

Pena capital: Monarquia amiga do Reino de Espanha oferece 8 vagas de "carrasco"

sauditasArábia Saudita - Diário Liberdade - O regime autocrático da Arábia Saudita convocou oito vagas para "carrascos" interessados em assumir a tarefa de realizar execuções num dos países que mais assassinatos legais realiza por ano, geralmente decapitações públicas.

Os novos reis de Espanha e Arábia Saudita mantêm a "tradicional" amizade entre ambas famílias e estados.
Meios de todo o mundo difundem a convocação realizada pelo regime saudita, que precisa de carrascos não apenas para "realizar execuções de condenados à morte", mas também para a realização de amputações àqueles acusados de "delitos menores", segundo o anúncio da oferta de trabalho publicada no portal de emprego da administração pública dessa autocracia religiosa.
Esse "reino", bom amigo do governo e da família real espanhola dos Bourbon, é um dos cinco países do mundo que anualmente dita mais condenações à morte, segundo têm denunciado diversos grupos de Direitos Humanos. Inclusive os mais recentes relatórios da Amnistia Internacional, em 2014, situavam a Arábia Saudita no terceiro posto nesse ranking, só atrás da China e do Irão.
Ainda no último domingo se produziu a mais recente morte em aplicação da pena capital, fazendo o número 85 executada neste ano, segundo a Agência de Imprensa Saudita (SPA), ficando perto já das 88 pessoas que Human Rights Watch (HRW) registou como assassinatos legais do regime saudita em todo o ano passado.
Por sua vez, a Amnistia Internacional situa em 90 o número de pessoas executadas em 2014 nesse país. A maioria foram condenadas por assassinato, mas 38 delas cometeram delitos relacionados com as drogas, segundo HRW. Ao redor da metade são de nacionalidade saudíta, enquanto as outras procediam de países como o Paquistão, Iêmen, Síria, Jordânia, Índia, Indonésia, Chade, Eritréia, Filipinas e Sudão.
O número de execuções tem aumentado nos últimos anos, em relaçom supostamente com o ambiente de maior conflito social que se vive nos países da região.
Amizades "democráticas", silêncios mediáticos
Nom só os sucessivos governos e casa real espanhola mantêm excelentes relações diplomáticas e comerciais com esse regime. A maioria de estados da chamada "comunidade internacional", supostos "exportadores" de "hábitos democráticos" aos países da periferia sistémica, são também parceiros incondicionais da famíliar real saudita e do seu brutal sistema.
Nom menos gritante é o silêncio cúmplice da maior parte dos grandes meios ocidentais, que nestes dias preferem agitar acusaçons fantasmagóricas contra o governo venezuelano, acusando-o de "narcotráfico", numha linha argumental tam pouco original como inverossímil.

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