sexta-feira, 20 de março de 2015

26 de março: Todos às ruas para defender a educação

Todos às ruas para defender a educação

Dia 26 de março, nas universidades de todo o país, o movimento estudantil brasileiro convoca uma jornada nacional de lutas contra o corte de verbas na educação. Com o pacote de ajuste fiscal adotado pelo governo, nada mais que R$ 7 bilhões estão sendo cortados do orçamento da educação, o que começa a impactar nas universidades com a suspensão do pagamento de bolsas, terceirizados, atraso na volta às aulas e mesmo atraso no pagamento de contras de luz das universidades.
É hora de mobilizar a juventude para dizer não a esses cortes. No último dia 12, os estudantes de institutos federais e CEFET´s, mobilizados pela FENET com atos em todas as regiões do país, realizaram atos em 16 reitorias denunciando o corte de verbas. Agora é a vez dos universitários exigindo mais verbas para a educação!
A pátria educadora não pode cortar verbas da educação!
Confira o manifesto na íntegra:

26-M: Dia Nacional em Defesa da Educação

O ano de 2015 começou com um corte nas áreas sociais, a mais atingida foi a Educação, foram mais de 7 bilhões de reais. O impacto disso na realidade de cada universidade, seja privada ou pública, já é sentido pelos estudantes, professores, técnico-administrativos e terceirizados, inclusive várias universidades do país estão com atrasos no pagamento dos salários dos funcionários terceirizados, impedindo o inicio das aulas, como na UFRJ e UERJ. Bolsas de pesquisa e assistência estudantil também sofreram corte e/ou estão atrasadas. Na UnB, por exemplo, dos 11 milhões que deveria receber esse ano, foram transferidos cerca de 30% a menos. Os jornais anunciam que a UFMG está há 3 meses sem pagar a conta de água e energia. Na UFRGS as aulas começaram com os Restaurantes Universitários fechados.
10711117_10206180640099805_6174560567862101429_nNas universidades privadas o caso mais emblemático é o corte no repasse do FIES. Nesse programa o governo banca a mensalidade dos estudantes e depois da formatura cobra com juros. São inúmeros estudantes que tem se endividado ainda mais para ter acesso à educação. E agora com as mudanças, vários estudantes que estão no meio do curso podem ter que largar por não conseguir pagar e ainda vão sair como inadimplentes. Esse é um problema do governo que apresentou o FIES como a saída para a falta de universalização do ensino público ao mesmo tempo em que servia aos empresários do mercado educacional com repasse indireto de recursos públicos. Diante da crise o governo escolheu recuar e fazer cortes, colocando a conta nas costas dos estudantes. Sem falar nas demissões de professores, como na PUC SP onde foram mais de 50 demitidos.
Nas universidades estaduais os cortes também são gigantescos. A situação das universidades estaduais do Paraná são uma expressão do impacto do plano de ajuste na educação, lá todas as estaduais correm o risco de não abrir o semestre letivo porque o governo não repassou a verba. Em São Paulo as estaduais começam o ano com 203 milhões a menos e na USP vários trabalhadores estão na berlinda da demissão. Esse quadro também atinge as estaduais do Rio de Janeiro.
A realidade é a mesma de norte a sul do país, diante da crise que vivemos, os governos federal e estaduais querem que os trabalhadores e a juventude paguem a conta, com demissões, cortes de direitos, aumentos de impostos e tarifas públicas, como a gasolina, a energia e a tarifa do transporte público. Enquanto isso, o governo Dilma continua destinando quase metade do orçamento para os banqueiros através do pagamento das dívidas interna e externa; parlamentares aumentam seus próprios salários; e a Petrobrás segue sendo privatizada e desfavorecida em leilões que entregam nosso petróleo e gás para empresas estrangeiras e agora com, saqueada por partidos e políticos do PT ao PSDB e sofrendo pela recém anunciada política de desenvestimento. Por isso, a verdadeira alternativa já tem sido construída nas ruas, greves e ocupações dos trabalhadores, como nos casos da greve operária da Volkswagen de São Bernardo e da GM de São José dos Campos e a luta dos operários do COMPERJ no Rio de Janeiro. Mas também em várias universidades através das assembleias e lutas que vem ganhando força, em mobilizações que contra as políticas neoliberais do governo federal na educação e as medidas políticas e econômicas conservadoras.
Os professores do Paraná devem nos servir de exemplo. Numa luta em conjunto com os estudantes eles pararam as ruas de Curitiba contra o pacote de ajustes do governador do PSDB. E agora para fortalecer a luta de cada universidade, devemos nos unir e parar as universidades e as ruas no Brasil para lutar contra o pacote de ajustes de Dilma e Levy. Unificando a luta estudantil à luta dos trabalhadores, vamos construir um grande dia nacional de luta contra os cortes na educação.
Dia 26 de março faremos um dia nacional de lutas pela educação nas universidades e escolas, resgatando a memória do secundarista Edson Luis, mártir do movimento estudantil brasileiro na luta contra a ditadura, para derrotar o ajuste e os cortes do governo Dilma.
Iara Cassano – Secretaria Geral da UNE
Katerine Oliveira – 1ª vice presidente da UNE
Janaína Oliveira – Comissão Executiva Nacional da ANEL
Camila Souza Menezes – Diretora Executiva de Direitos Humanos UNE
Deborah Cavalcante – Diretora de Movimentos Sociais da UNE e DCE UFPI
Kauê Scarim – Diretoria de Políticas Educacionais da UNE
Mariana Nolte – Juventude Vamos à Luta/RJ
Felipe Alencar – Diretor do CA de Pedagogia da Unifesp
Diana Nascimento – Ciências Sociais Unicamp e Diretora da UEE-SP
Tatiane Lopes – Coordenadora do Centro Acadêmico de Ciências Humanas da Unicamp
Adriana Souza – DCE – UEM
Aline Vieira – Diretora LGBT da UPE e DCE UTFPR
Anderson Castro – Diretor da UNE
Anderson Morais – Diretoria Executiva da União Catarinense dos Estudantes (UCE)
Arielli Tavares – DCE – USP
Breno Mariz – Presidente do DA de Direito da UFRN
Camila Falcão – Coordenadora Geral do DCE UFRPE
Carlos Edísio – 1˙ Diretor de universidades públicas da UNE
Cecília Rodrigues – Pedagogia Unicamp
Célio Peliciari – Ciências Sociais Unesp Araraquara
Claudiane Araújo – DCE – UNIFAP
Deodoro Ribas – Presidente do DCE UFABC
Diego Aguirre – CA de Ciências Sociais UFU
Edemiler Api – CA de Ciências Sociais da UFSC
Eduardo Ferreira – Administração Unicamp
Eduardo Rodrigues – Coordenador Geral do DCE-UNAMA
Erick Denil – presidente da UMESPA
Fábio Moroni – Centro Acadêmico de Geografia da UFPA
Fernanda Souto – Medicina UFTM
Flavia Calado – CA de Direito e DCE UNIFAP
Francisco Marques – Coordenador do Centro Acadêmico de Filosofia da UFMG
Gabriel Alves – DA de Geografia UFF
Gabriel Henrique Nagoaka – DCE Unioeste Foz do Iguaçu
Gladson Reis – Diretor de universidades particulares da UNE
Glauco Plens – Medicina USP
Guilherme Bianco – vice presidente da UEE-SP
Mariana Moura – Presidente da APG-USP Capital
Guilherme Kranz – Estudantes da USP e militante da Juventude às Ruas
Heitor Glass – DCE UNIFAP
Hugo Dantas – DCE UFC
Jean Ilg – Estudantes da UFRJ e militante da Juventude às Ruas
Jean Marcelo – Geografia UFSCAR Sorocaba e Diretor da UEE-SP
João Berkson – DCE UeVA
Jonatan da Silva – Coordenador Geral do DCE-UNIRIO
Juliana Rocha – Fórum em Defesa da Saúde e da Educação – UFMG
Juliano Marchant – DCE UFRGS
Julio Anselmo – DCE – UFRJ
Katu Silva – 1º tesoureiro da UNE
Kézia Bastos – Diretora do CA de Psicologia da UFF-Rio das Ostras
Lara Pinheiro – Diretora do CA de História da UFF-Niterói
Letícia Moreira – presidente da UGES
Lício Jônatas – DCE UCB
Lívia Rodrigues – Medicina Santa Casa
Lu Araújo – DCE – UFAL
Luana Brito – Coordenadora Geral do DCE UEFS
Lucas Brito – Comissão Executiva Nacional da ANEL
Lucas Marcelino – 1˚ diretor de RI da UNE
Luiza Buzgaib – Diretora do DA de Serviço Social da UFF-Niterói
Luiza Foltran – DCE UFRJ
Marcos Kaue – presidente da UMES/SP
Marcus Moura – 1˙ Diretor de assistência estudantil da UNE
Mariana Trindade – Diretora da UBES
Mariara Cruz – diretora da UNE
Marie Castaneda – Coordenadora do Centro Acadêmico de Ciências Humanas da Unicamp
Matheus Costa – Engenharia Mecânica Unicamp
Matheus Gomes “Gordo” – DCE UFRGS
Matheus Moraes – Presidente do DCE UFCG
Fabiana Amorim – Diretora da UBES
Michelle Santos – Tecnologia em Controle Ambiental Unicamp
Natália Guimarães – DCE UFG
Natália Lucena – Juventude Vamos à Luta/Uberlândia
Nathalia Bittencurt – Diretora da UNE
Nunah Alle – DCE UFES
Odete Cristina – Estudantes da USP e militante da Juventude às Ruas
Pâmela Oliveira – DCE – UFC
Paula Alves – CST-PSOL/RS
Paulo Henrique Silva – Centro Acadêmico de Psicologia da UEL
Pedro Dal Agnoll – DCE UNICENTRO – PR
Pedro Serrano – Diretor da UNE
Pedro Victor Rebelo – CAHIS UERJ
Larissa Rahmeier – Diretora de Políticas Educacionais da UNE
Raissa Moraes – Diretora de Mulheres da AERJ
Rana Agarriberri – CST-PSOL/MG
Raphael Pena – Diretor do DCE UFRJ
Raquel Polydoro – Coordenadora Geral do DCE-UNIRIO
Renata Silva – DCE UNESPAR Paranaguá
Robson De Araújo Júnior – Diretor do DCE UFRJ
Rodrigo Lucas – secretário geral da UBES
Rômulo Abreu Lourenço – Diretor do DA de Sociologia da UFF-Niterói
Samara Monteiro – presidente da UNEFORT
Satiko Konishi – Diretora do CA de Serviço Social da Unifesp
Silvia Guerreiro Giese – DCE UFPA
Tadeu Lemos – Diretor de Assistência Estudantil da UNE
Tatiane Lima – Coordenadora do Centro Acadêmico de Ciências Humanas da Unicamp
Tauany Barbosa – Estudante da Universidade Fama ABC
Thiago Brito – DCE UNIMEP
Valmir Teotônio – diretor da UNE
Vanessa Couto – DCE USP
Vinicius Eckert – Coordenador do DCE-UFRGS
Virginia Guitzel – Movimento LGBT
Vynicius Campus – Estudantes expulso da UNESP e militante da Juventude às Ruas
Winnie Freitas – Diretora do CA de Serviço Social da UFF-Rio das Ostras

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