terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Grupos armados iniciam guerra interna em zonas próximas a Damasco


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Damasco, 6 jan (Prensa Latina) A Frente Islâmica e o Exército da Nação travam hoje uma guerra sem quartel na extensa região síria de Guta oriental, vizinha a esta capital, depois da decisão do primeiro de liquidar seu rival.
Há dois dias Zahran Allush, chefe da Frente Islâmica, ordenou que três mil de seus homens ocupassem todas as sedes e centros de seu oponente, ainda que ambos os grupos combatem o governo, destacou uma fonte militar à Prensa Latina.

Centenas de combatentes do Exército da Nação (Jaish al Umma) renderam-se diante dos atacantes e cerca de 48 entregaram-se às Forças Armadas sírias para escaparem da morte.

O conflito começou em setembro do ano passado, depois da formação do Exército da Nação, integrado então por pequenas formações, ao qual depois se uniram grupos maiores como os regimentos dos Leões de Guta, de Fatah Sham; e dos Mártires, de Arbin.

Por conta disso, Allush advertiu nessa data que não toleraria duas cabeças em um mesmo corpo em Guta.

No entanto, seus rivais começaram a estender-se pela zona e apoderaram-se das regiões de Harasta e Ain Tarma, de parte do bairro de Jobar, e de 30 por cento da cidade de Duma, o principal bastião de Allush.

Desde então vários dirigentes do Exército da Nação foram assassinados, entre eles o chefe do Regimento de Fatah Sham, Mahmud Kirdi, no último novembro.

Um mês depois, dois filhos de Abu Subhie Taha, líder de Jaish al Umma, foram alvos de um frustrado ataque e o grupo responsabilizou a Frente Islâmica.

Também foram baleados dois dirigentes desse grupo em Harasta, o que foi interpretado como uma declaração de guerra e desatou fortes combates nos arredores do Centro Cultural dessa cidade.

Este é o início de uma disputa entre lobos, e não será a última senão que se converterá no primeiro passo da divisão das formações armadas em Guta oriental, afirmou a fonte.

Nos últimos meses as tropas governamentais conseguiram importantes vitórias na região, entre elas a libertação das cidades de Mleha e Adra, esta última considerada estratégica porque conta com um dos principais parques industriais do país.

mgt/rob/es

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