Assunção, 11 nov (Prensa Latina) Nove sindicatos do setor aeronáutico paraguaio anunciaram que paralisarão durante 10 dias todos os aeroportos do país por não ter até hoje resposta positiva do Governo a suas reivindicações.
Os trabalhadores apresentaram já o comunicado oficial ao Ministério do Trabalho segundo estabelecido nas leis, no qual marcam o dia 19 de novembro como data de começo da greve.
Os sindicatos realizaram diversas manifestações e protestos em semanas anteriores, reunindo os empregados e servidores públicos das diferentes especialidades, que pedem que o Poder Executivo desista de aplicar a privatizadora Lei de Aliança Público-Privada nos principais terminais.
Eles exigem também um reajuste salarial que não há muitos anos não é implementado e condenam a violação pela administração de vários dos artigos do contrato coletivo de trabalho vigente.
Julio López, presidente da Confederação da Classe Trabalhadora, central operária à que estão filiados os sindicatos da área aeronáutica, confirmou a decisão adotada e disse que só pode ser impedida sua materialização se o Governo ceder às reivindicações apresentadas.
Explicou que a paralisação seria total tanto nos aeroportos Silvio Pettirossi de Assunção e Guaraní, de Ciudad del Leste, os principais do país, bem como em outras instalações.
Apontou os prejuízos que já se vão sentindo pela concessão a empresas estrangeiras de setores comerciais e do estacionamento do Pettirossi e a ameaça da demissão em massa da metade dos trabalhadores quando esteja em mãos totalmente do investidor estrangeiro.
Por sua vez, o titular da Direção Nacional de Aeronáutica Civil, Luis Aguirre, garantiu que o próximo 19 de novembro o aeroporto Silvio Pettirossi estará em funcionamento, apesar do anúncio de greve por parte dos sindicalistas.
Aguirre garantiu que contará com equipamentos e pessoal necessário para enfrentar a medida de força anunciada e advertiu que a lei impede que esse serviço indispensável deixe de funcionar, algo interpretado como uma ameaça oficial de declarar a greve ilegal.
Aguirre indicou que, em relação aos reajustes salariais, a questão seria resolvida mediante uma adenda remetida ao Congresso, ainda que isso exija aprovação do Ministério de Fazenda, mas deixou claro que deixar de aplicar a lei privatizadora é algo fora de suas atribuições.
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