Assunção, 7 out (Prensa Latina) A Federação Nacional Camponesa (FNC) denunciou hoje a repressão policial a uma passeata de lavradores em Curuguaty, enquanto protestavam contra a prisão de vários camponeses.
Os presos, dirigentes do assentamento Britez Cué, opunham-se a plantação extensiva de soja, que elimina sua agricultura familiar, e à desinfecção com agrotóxicos provocadores de doenças na população rural.
Uma grande manifestação que pedia sua libertação foi atacada pela polícia, segundo a Federação, com um saldo de 23 feridos, incluindo mulheres e crianças, muitos deles atingidos pelos disparos com balas de borracha e em um confronto quando os agentes tentaram bloquear a passagem da passeata.
A polícia também lançou gases lacrimogêneos e golpeou vários manifestantes, enquanto o promotor Christian Royg ordenou a prisão do líder da FNC, Tomás Castillo, e acusou outras cinco pessoas pelo ocorrido.
Depois do violento conflito, os camponeses retrocederam até a praça central do local, onde permanecem reivindicando a libertação de seus colegas.
O comissário Félix Benítez assegurou que os incidentes foram causados pelo atropelo da barreira policial colocada para impedir o avanço da manifestação, enquanto a FNC reivindicou seu direito ao protesto contra os abusos dos grandes agroexportadores de soja e o uso danosos de agrotóxicos.
Por sua vez, o Partido Convergência Popular Socialista fez um chamado à solidariedade aos camponeses e disse que ao atropelá-los se trata de favorecer a oligarquia.
O partido convocou uma manifestação em frente ao Ministério do Interior, nesta capital, para pedir a libertação de todos os presos e o fim da repressão.
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