Homenagem aos heróis do PCR no Rio de Janeiro
Esse sentimento expresso por Ana
Miranda, do Coletivo RJ Memória, Verdade e Justiça, atingiu todos os
mais de 100 presentes que lotaram o auditório da Assembléia Legislativa
do Rio de Janeiro no dia 2 de outubro, em solenidade de homenagem a
Manoel Lisboa, Emmanuel Bezerra e Manoel Aleixo – heróis militantes do
PCR torturados e assassinados em 1973 pela ditadura militar fascista.
Junto a Ana Miranda compuseram ainda a
mesa, o deputado estadual Gilberto Palmares (PT-RJ), Carlos Roberto
Maria “Formigão” pelo Sintnaval (Sindicato dos trabalhadores da
indústria naval da cidade do Rio de Janeiro), Heron Barroso da
coordenação nacional do MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e
Favelas), Rodrigo Mondego da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ e da
Comissão da Verdade de Niterói, Gabriela Nascimento pela UJR (União da
Juventude Rebelião), Rodrigo Marcelino em nome da Consulta Popular,
Marcos Villela pelo Partido Comunista Revolucionário, e o deputado
estadual Paulo Ramos, responsável pelo requerimento e organização da
solenidade, e que presidiu a mesa do evento.
A primeira homenagem rendida aos heróis
foi o momento em que o plenário, formado por estudantes, moradores de
bairros populares, trabalhadores de diversas categorias e militantes
históricos da luta popular brasileira, cantou o hino de todos os
proletários e povos oprimidos do mundo, A Internacional.
Os convidados falaram sobre a
importância de reviver a memória destes camaradas e de todos os muitos
heróis que resistiram na luta contra a ditadura militar fascista no
Brasil, afirmando que a luta pela punição dos torturadores, mandantes e
financiadores do regime é fundamental. Afirmaram também a importância
que tem a punição destes criminosos para avançar na luta contra a
repressão aos movimentos populares, e a tortura e assassinato de pobres
pela Policia Militar, uma das principais heranças podres da ditadura. E
ainda, a luta para transformar os antigos centros de repressão em
centros de memória e homenagem aos que resistiram.
Paulo Ramos traçou um paralelo do Estado
da ditadura militar, que era caracterizado como desnacionalizante,
concentrador de renda, corrupto, repressor, com o atual. Questionando
qual a diferença entre o de então e o de agora, afirmou sua certeza de
que só uma verdadeira tomada de poder pelo povo pode criar um estado
soberano e socialista.
“A tortura é o pior crime que existe, a
maior violência que existe, a violência que tentar arrancar as idéias.”
Emocionando a todo o plenário com essa fala, Marcos Villela afirmou a
importância de continuar a luta dos comunistas de todas as épocas em
todo o mundo que impediram o avanço do nazi-fascismo, derrubaram a
ditadura militar em vários países da América Latina, e são responsáveis
por construir o futuro.
“Sintam-se filhos da revolução, daqueles que resistiram, que não se entregaram!” – Marcos Villela
Com a entrega das moções de homenagem a
Manoel Lisboa, Emmanuel Bezerra, e Manoel Aleixo, e uma emocionante
interpretação em Blues da poesia de Valmir Costa Tu e Eles, todos sairam
da solenidade com o mesmo sentimento que expressou Gabriela Nascimento,
de que “não podemos voltar no tempo para salvar nossos camaradas mas
podemos seguir seus exemplos e construir um novo futuro.”
Redação RJ
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