quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Cuba denuncia na ONU manipulação pelos EUA no tema terrorismo


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Nações Unidas, 8 out (Prensa Latina) Cuba denunciou hoje na ONU que os Estados Unidos manipulam o tema do terrorismo com fins políticos, ao incluir em sua unilateral lista de países patrocinadores do flagelo.
Em 30 de abril passado, o Departamento de Estado publicou seu relatório correspondente a 2013, no qual reiterou a absurda designação de Cuba como "Estado Patrocinador do Terrorismo", pela trigésima segunda ocasião, afirmou a terceira secretária da Missão Permanente da ilha aqui, Tanieris Dieguez.

Ao se pronunciar em um fórum da Sexta Comissão da Assembleia Geral, a diplomata e jurista afirmou que Washington mantém a maior das Antilhas em sua lista para justificar o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto há mais de meio século.

E faz isso apesar de admitir que não há informação alguma sobre o fornecimento de armas ou treinamento pelo governo cubano de grupos extremistas, e de reconhecer que a nação caribenha apoia e acolhe as negociações de paz para a Colômbia, expôs no evento centrado na eliminação do terrorismo internacional.

A propósito do tema debatido na Comissão da Assembleia, que se encarrega das questões jurídicas, Dieguez ratificou o repúdio da ilha ao flagelo em todas suas manifestações, bem como à manipulação de um assunto tão sensível.

Nesse sentido, reivindicou a exclusão definitiva de Cuba da relação do Departamento de Estado, que qualificou de espúria, unilateral e arbitrária.

Também recordou que por defender sua independência e dignidade, o país caribenho sofreu durante décadas as consequências de atos terroristas organizados, financiados e executados a partir do solo estadunidense, com um saldo de quase 3.500 mil mortos e 2.099 mil deficientes.

Precisamente, em 6 de outubro se cumpriram 38 anos da explosão em pleno voo de um avião da Cubana com 73 seres humanos a bordo, crime cujo autor intelectual, Luis Posada Carriles, segue livre nos Estados Unidos, afirmou.

A diplomata chamou a atenção de que o combate ao terrorismo só terá êxito se combater suas causas de forma organizada pela comunidade internacional, sem agredir a soberania dos povos.

A esse respeito, manifestou o apoio de Havana à adoção de uma convenção geral sobre terrorismo, destinada a superar lacunas existentes no tema, e à realização de uma conferência mundial convocada pela ONU para oferecer respostas coordenadas ao flagelo.

"Ambos os objetivos não foram alcançados pela oposição de um pequeno grupo de Estados, cuja ação sugere a preferência de uma guerra contra o terrorismo à margem da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional", alertou aqui.

pgh/wmr/bj

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