A Frente Unitária dos Trabalhadores –
FUT, que reúne as principais centrais sindicais, juntamente ao movimento
estudantil, entidades de camponeses e indígenas realizaram uma marcha
multitudinária nas principais províncias do país.
Rafael Correa procurou responder
organizando uma contra-marcha que se concentrou em frente ao palácio do
governo, no mesmo horário em que mais de 30 mil pessoas marchavam em
repúdio às medidas governistas pelas principais ruas de Quito. Várias
foram as denúncias de que militantes pagos e funcionários do governo
compunham a maioria da concentração oficialista.
Além de perseguir fortemente todos os
setores do movimento popular que estão na oposição, o governo de Correa
ainda quer implantar várias medidas de corte neoliberal, como realizar
uma reforma sindical que ataca a livre organização dos trabalhadores;
abrir espaço para os monopólios capitalistas na exploração da água,
petróleo e mineiros através de Parcerias público-privadas; e retirar o
direito ao livre acesso à universidade, implantando um vestibular.
A repressão policial também foi um método
usado pelo governo para enfraquecer a marcha. Ao chegar na praça de São
Francisco, no centro de Quito, estudantes foram atacados pela polícia
de choque deixando um saldo de vários feridos e quase uma centena de
presos.
Segundo o repórter Guido Proaño, “o
problema para o governo está se estendendo para todo o país,
evidenciando que o descontentamento é generalizado e que o discurso do
medo e da chantagem não dá mais resultados. Esta jornada do 17S pode
marcar um antes e um depois no comportamento do movimento sindical e
popular organizado, mas também na capacidade de manobra política e de
controle social por parte do governo. Correa sofreu uma nova derrota
política e o mais grave é que isso ocorreu com o povo nas ruas e com o
movimento sindical sendo o protagonista principal”.
Da RedaçãoFonte: A Verdade
0 comentários:
Postar um comentário