segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Encontro Nacional define plataforma de lutas em defesa da Educação Pública
andes.org.br
Durante 3 dias, mais de 2 mil representantes de movimentos sociais,
sindicais e populares de todo o país debateram os rumos da educação
Os gritos uníssonos de “10% do PIB para a Educação Pública, Já!”
marcaram o término do Encontro Nacional de Educação (ENE), realizado no
Rio de Janeiro, neste final de semana (8 a 10). Durante três dias, mais
de dois mil participantes, vindo de todas as regiões do Brasil, se
reuniram no Rio de Janeiro para discutir ações de luta em resposta ao
processo de aprofundamento da precarização e mercantilização da educação
pública no Brasil.
A plenária de encerramento do ENE teve início com a leitura dos
resultados dos grupos de discussão, realizados durante a tarde de
sábado, e apresentados pelos relatores. Todas as propostas apresentadas
serão incluídas nos anais do Encontro e servirão de base para as
discussões dos próximos encontros e debates. Segundo informe da mesa,
coordenada por Paulo Rizzo, diretor do ANDES-SN, após o ENE será
elaborada uma cartilha com a plataforma de lutas em defesa da educação
apontada pelo encontro.
Moções de apoio à luta dos trabalhadores da educação no México, ao povo
palestino, à greve das universidades estaduais de São Paulo, que neste
domingo completa 75 dias, à greve dos trabalhadores da educação do
Piauí, contra a criminalização dos movimentos sociais, entre outras,
foram apresentadas durante a plenária.
Ao final, foi feita a leitura da carta do Rio de Janeiro, manifesto do
Encontro Nacional de Educação, que traz a sistematização dos sete eixos
que nortearam os debates tanto do evento nacional quanto dos encontros
preparatórios, realizados no primeiro semestre deste ano. No documento,
aclamado pela plenária, os participantes indicaram a constituição de
comitês estaduais em defesa da escola pública, a realização, nos
estados, na segunda quinzena de outubro, de um dia de luta em defesa da
educação pública e a realização, em 2016, do II Encontro Nacional de
Educação, precedido de encontros estaduais.
Para Samantha Lopes, coordenadora-geral do Sinasefe, que fez a leitura
do manifesto, o documento inaugura um novo marco de aglutinação dos
trabalhadores da educação e dos estudantes na perspectiva de pautar a
construção de um projeto de educação construído pelos trabalhadores e
para os trabalhadores. “Agora é dar continuidade nesse espaço de unidade
e começar a materializar um projeto de educação do povo brasileiro,
construído nesses moldes”, apontou.
Na avaliação de Paulo Rizzo, o ENE foi, em todos os sentidos, uma
vitória, porque é resultado de um processo de discussão que envolveu
milhares de pessoas pelo Brasil afora, sobretudo no último mês,
debatendo as demandas da educação pública, buscando se contrapor às
lógicas privatizantes da educação no país.
“Ao reunir mais de duas mil pessoas, dois mil lutadores em defesa da
educação pública, o encontro teve uma unidade muito grande nas
discussões e expressou maturidade na aglutinação de forças. Foi um
espaço de unidade na ação, no qual as divergências existem, mas são
trabalhadas, e se priorizou o que é unitário para construir o
enfrentamento às políticas governamentais e à visão privada da educação.
Creio que, a partir de agora, vamos ter a possibilidade de repercutir
muito mais as lutas em defesa da educação pública, gratuita, de
qualidade, laica e socialmente referenciada”, destacou o coordenador da
mesa da plenária final.
Greve do magistério começa com concentração às 9h, na Câmara Municipal
O principal motivo que leva o magistério a greve é o prazo de 27 meses para implantação integral do novo Plano de Carreira. O tempo para a implantação foi estabelecido pela Prefeitura, à revelia da direção do Sindicato, no projeto de lei que foi enviado à Câmara de Vereadores no dia 1º de julho.
Até agora, a administração municipal se manteve intransigente e se recusou a negociar qualquer redução no prazo de implantação do novo Plano de Carreira.
Já sabemos que quando a negociação emperra, a greve é o único instrumento que os trabalhadores têm para avançar em suas reivindicações.
É por isso que vamos interromper as aulas a partir desta segunda-feira, dia 11, e ir às ruas para pressionar a Prefeitura e a Câmara Municipal a rever os prazos de implantação previstos no projeto de lei.
Nossa concentração começa às 9h, em frente à Câmara Municipal. De lá, seguiremos em passeata até a Prefeitura.
Vamos à luta!
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