Uenf terá radar para para emitir alertas
Um radar meteorológico pa-ra captar e transmitir em tempo real informações detalhadas sobre sistemas de nuvens formadas em um raio de 200 quilômetros está sendo implantado no campus da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) em Macaé. A informação foi publicada na edição da Folha do último dia 22, pelo reitor da universidade, Silvério de Paiva Freitas em seu artigo. De acordo com ele, os dados coletados serão enviados para o Centro de Meteorologia do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), no Rio de Janeiro, possibilitando a imediata emissão de alertas sobre tempestades e cheias. O sistema deverá estar funcionando dentro de dois meses, e o alcance do radar cobre o Norte e Noroeste Fluminense, e até mesmo todo o estado do Rio de Janeiro.
— O aparelho está sendo instalado há quatro meses, inclusive com uma torre de alvenaria, equivalente a um prédio de sete andares. A importância do radar para região é que ele vai captar com antecedência possíveis tempestades e deslizamento de terras. Além disso, faremos comunicação ativa com aeroportos e a Bacia de Campos. E também, ser uma grande fonte de pesquisa aos alunos — destacou a chefe do Laboratório de Meteorologia da Uenf, Maria Gertrudes Alvarez Justi.
A aquisição do equipamento, que estará em operação antes das fortes chuvas do período de primavera-verão, foi feita pela secretaria estadual de Planejamento e Gestão (Seplag), com apoio técnico do Inea e recursos do Banco Mundial. Um convênio entre o Inea e a Uenf permitiu não apenas a instalação do radar no campus de Macaé, mas também amplo acesso de nossos pesquisadores aos dados gerados. Entre outros benefícios, isto significará mais pesquisas sobre questões meteorológicas focadas no cenário regional. Como atestam os especialistas na área, as tempestades têm características peculiares conforme o local em que aconteçam.
— Em alguns casos o radar é capaz de ir além dos 200 quilômetros de raio, podendo monitorar sistemas com nuvens mais profundas. O equipamento permite visualizar todos os componentes das nuvens, formados de água líquida ou gelo, e ainda monitora os movimentos verticais dentro das nuvens, estabelecendo, desta forma, se as tempestades estão se intensificando ou em vias de dissipação — explicou Maria Gertrudes.
“Nossos pesquisadores da área estão motivados para a breve oferta de cursos de especialização e para a futura criação do curso de graduação em Engenharia Meteorológica”, concluiu o reitor.
Fonte:Folha da Manhã
26/07/2014 14:39
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