Moscou, 1 jul (Prensa Latina) O presidente Vladimir Putin propôs a seu homólogo ucraniano, Pioter Poroshenko, instalar observadores de Kiev e a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) em postos russos de controle fronteiriço, confirmou hoje uma fonte oficial.
Serguei Lavrov, ministro de Assuntos Exteriores da Rússia, afirmou que o chefe do Kremlin sugeriu instalar nos postos russos de Izvárino, Dolzhhanski e Krasnopartizansk a guarda de fronteiras da Ucrânia para vigiar conjuntamente, bem como a observadores da OSCE.
Os três pontos de controle estão ocupados no lado ucraniano pelas milícias independentistas do sudeste desse país e Poroshenko "tem insistido novamente em recuperar o controle da situação e garantir a transparência para que todos vejam que a fronteira está fechada a pessoas armadas", afirmou Lavrov.
Esclareceu o chanceler que o convite somente estará vigente enquanto dure o cessar-fogo ordenado por Poroshenko às forças que reprimem a população de língua russa das autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk.
O governante emitiu a ordem em 20 de junho por um período inicial de uma semana, e em 27 de junho foi prolongado por outras 72 horas.
Moscou espera que comecem em breve algumas consultas "diretas e substanciais" entre os serviços fronteiriços da Rússia e da Ucrânia para lembrar os parâmetros de permanência de observadores ucranianos nos postos de controle russos, comentou Lavrov.
Informou, também, que a parte russa tem o anseio de apresentar brevemente à OSCE um projeto que "autorize a localização de observadores da organização em (três) postos de controle russos, o que permitirá garantir a transparência e impedir seu uso ilegal".
Simultaneamente a esta iniciativa, a Assembleia Parlamentar da OSCE decidiu criar um grupo de contato sobre a resolução do conflito ucraniano, que segundo especialistas consultados pela agência Novosti poderia marcar o início do processo de paz nesse país.
A iniciativa de criar uma equipe de trabalho internacional sobre a situação na Ucrânia tinha sido apresentada antecipadamente pelo presidente da Duma estatal russa (câmara parlamentar de deputados), Serguei Narishkin.
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