quinta-feira, 8 de maio de 2014

EUA: Os que mais sofrem as brechas sociais

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Havana, (Prensa Latina) A origem racial pode ser a causadora das grandes brechas sociais dentro dos Estados Unidos: os que mais sofrem desde a infância as diferenças ou os que já adultos são os que conformam a população majoritária das prisões.
Um recente relatório, Race for Results, difundido no início de abril pela Fundação Annie E. Casey, revelou que os meninos afro-norte-americanos, hispânicos e indígenas encontram-se expostos aos mais altos índices de pobreza, atraso escolar e menores perspectivas de vida em relação a seus similares brancos e asiáticos. A Fundação, que durante décadas se empenhou em melhorar o bem-estar da infância em território estadunidense, apresentou um índice sobre a base de 12 indicadores, entre eles concorrência em leitura e matemática, data de graduação da secundária, perspectivas de emprego, rendimento familiar, bem como níveis de educação e de pobreza.

Depois da análise dos dados, com uma pontuação em escala de um a mil, os jovens asiáticos e brancos têm as melhores qualificações.

No entanto, os índices para seus similares hispânicos, indígenas estadunidenses e os afro-americanos são lamentavelmente inferiores, indicou o relatório.

Segundo Patrick McCarthy, presidente da Fundação Casey, tais conclusões são um chamado à ação que requer uma atenção séria, sobretudo para a criação de oportunidades equitativas para os jovens negros.

Uma pesquisa nacional, publicada em outubro de 2013 pelo Center for American Progress, evidenciou que as diferenças em níveis de educação em dois desses segmentos demográficos são consideradas como um dos problemas mais graves associados à desigualdade dentro do território do país setentrional.

Segundo a sondagem, 88 por cento dos interrogados viram o fato que "48 por cento dos estudantes afro-americanos em oitavo grau e 43 por cento dos estudantes hispânicos em oitavo grau obtêm notas abaixo do nível básico em exames de matemática e leitura, comparado aos 17 por cento de brancos" como algo grave ou muito grave.

Mas o próprio levantamento pôs em evidência que os estadunidenses apoiam uma agenda de justiça desenhada a reduzir a desigualdade racial e étnica.

A ponto de mais de 70 por cento dos entrevistados quererem que se tomem medidas para reverter o palco com investimentos maiores em áreas como a educação, a capacitação trabalhista e a melhoria da infraestrutura.

De acordo com o censo de 2012, nos Estados Unidos há 39 milhões de brancos menores de 18 anos, 17,6 milhões de hispânicos, 10,2 milhões de negros, 3,4 milhões de asiáticos e 640 mil nativos indígenas.

A investigação assegurou que os desafios para os meninos afro-americanos constituem uma crise nacional, mas as mais baixas pontuações foram nos estados do sul (Mississipi) e no norte (Wisconsin e Michigan).

Um relatório de 2013 assinala que muitos jovens enfrentam o desafio da pobreza:"42,5 por cento dos afro-americanos menores de cinco anos e 37,1 por cento dos hispânicos da mesma idade" o que lhes impede o acesso a uma educação de qualidade.

Nesse sentido, cifras de 2011 dimensionam que mais da metade dos jovens afro-americanos e 63 por cento dos hispânicos entre três e quatro anos não assistem ao pré-escolar.

Para alguns estudiosos, a tal cenário deve-se prestar uma especial atenção, porque o futuro nacional será muito diferente da realidade atual.

De fato, outras pesquisas levam em consideração que na atualidade a maioria dos jovens menores de um ano nos Estados Unidos são de duas principais minorias: negros e hispânicos.

Antes de que finalize a década presente, mais da metade de toda a juventude será dessa origem. Hoje em dia, os hispânicos são 17 por cento da população, e os afro-americanos compõem outros 13 por cento.

Mas para o ano 2043, a maioria da população nos Estados Unidos se concentrará nesses segmentos demográficos.

Uma grande porção deste crescimento deve-se à comunidade latina, a qual aumentará a 28 por cento da população no ano 2050, insistem as estatísticas.

Por isso não poucos entendidos consideram que na mesma medida em que o rosto da nação muda, as políticas de governo precisarão se modificar também.

Lb/dfm/rcg/cc

*Jornalista da redação América do Norte da Prensa Latina
 
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