Mike Whitney (CounterPunch)
19.Mar.14 :: Outros autores
Aliar-se
com os neonazis na Ucrânia: de todos os planos idiotas que Washington
elaborou nos últimos dois anos, este é o mais idiota de todos.
“Washington
e Bruxelas apoiaram um golpe nazista, realizado por insurgentes,
terroristas e políticos da ultradireita europeia para atender aos
interesses geopolíticos do Ocidente”
Natalia Vitrenko , do Partido Socialista Progressista da Ucrânia
Como você provavelmente já sabe, Obama e companhia ajudaram a depor o presidente democraticamente eleito da Ucrânia, Viktor Yanukovych, com a ajuda de ultra-direita, paramilitares, gangues neonazistas que invadiram e queimaram escritórios do governo, mataram soldados da tropa de choque, e espalharam o caos e terror em todo o país.
Estes são os novos aliados dos Estados Unidos no grande jogo para estabelecer uma cabeça de ponte na Ásia, empurrando os russos mais para o leste, derrubando governos eleitos, garantindo corredores de oleodutos e gasodutos vitais, acessando escassas reservas de petróleo e gás natural e trabalhando pela desmontagem da Federação Russa, segundo a estratégia geopolítica proposta por Zbigniew Brzezinski.
A grande obra de Brzezinski, “The Grand Chessboard: American Primacy and it’s Geostrategic Imperatives”(O Grande Tabuleiro de Xadrez: a Primazia Americana e seus Imperativos Geoestratégicos), tornou-se o Mein Kampf de aspirantes imperialistas ocidentais.
O livro fornece a estrutura básica para o estabelecimento da hegemonia militar, política e econômica dos EUA na região mais promissora e próspera do século, na Ásia.
Em um artigo publicado na Foreign Affairs, Brzezinski apresentou suas idéias sobre como neutralizar a Rússia, dividindo o país em partes menores e permitindo, assim, que os EUA mantenham seu papel dominante na região, sem ameaças, desafios ou interferências. Aqui está um trecho do artigo:
“Dado o tamanho (da Rússia) e sua diversidade, um sistema político descentralizado e uma economia de livre mercado seriam a mais provável via para desencadear o potencial criativo do povo russo e (explorar) os vastos recursos naturais da Rússia. Uma Rússia vagamente confederada - composta por uma Rússia européia, uma república da Sibéria, e uma república do Extremo Oriente - também tornaria mais fácil cultivar relações econômicas mais estreitas com seus vizinhos.
Cada um dessas regiões confederadas seria capaz de explorar o seu potencial criativo local, sufocado por séculos de controle da mão burocrática pesada de Moscou. Além disso, a Rússia descentralizada seria menos suscetível a uma mobilização de tipo imperial”. (Zbigniew Brzezinski , “A Geoestratégia para a Eurasia “)
Moscou, é claro, está ciente dessa estratégia de dividir e conquistar de Washington, mas minimizou a questão, a fim de evitar um confronto. O golpe de Estado apoiado pelos EUA na Ucrânia significa que essa opção não é mais viável.
A Rússia terá de responder a uma provocação que ameaça tanto a sua segurança como seus interesses vitais na região. Os primeiros informes indicam que Putin já mobilizou tropas para a região e, segundo a Reuters, colocou caças ao longo de suas fronteiras ocidentais em alerta de combate:
“Os Estados Unidos dizem que qualquer ação militar russa seria um erro grave. Mas o Ministério de Relações Exteriores da Rússia disse em um comunicado que Moscou defenderá os direitos de seus compatriotas e reagirá a qualquer violação desses direitos.”(Reuters)
Não vai ser um confronto, é só uma questão de saber se a luta terá uma escalada ou não.
A fim de derrubar Yanukovych, os EUA apoiaram tacitamente grupos fanáticos de bandidos neonazistas e antissemitas
E, apesar do presidente interino ucraniano, Oleksander Tuchynov, ter se comprometido a “fazer tudo ao seu alcance” para proteger a comunidade judaica do país, os informes não são animadores.
Aqui está um trecho de uma declaração de Natalia Vitrenko, do Partido Socialista Progressista da Ucrânia que sugere que a situação é muito pior do que a que está sendo relatada na mídia:
“Por todo o país, pessoas estão sendo espancadas e apedrejadas, enquanto os membros “indesejáveis” do Parlamento da Ucrânia estão sofrendo intimidação em massa.
As autoridades locais vêem suas famílias e crianças sendo alvo de ameaças de morte caso não apoiem a instalação deste novo poder político.
As novas autoridades ucranianas estão maciçamente queimando os escritórios de partidos políticos adversários, e anunciaram publicamente a ameaça de processo criminal e proibição de partidos políticos e organizações públicas que não compartilham a ideologia e os objetivos do novo regime.” (“EUA e UE estão erguendo um regime nazista em território ucraniano” , Natalia Vitrenko )
Na semana passada, o jornal israelense Haaretz relatou que uma sinagoga ucraniana havia sido atacada com coquetéis molotov que “atingiram paredes de pedra exteriores da sinagoga e causaram poucos danos”.
Outro artigo no Haaretz referiu-se ao que chamou de “novo dilema para os judeus na Ucrânia” . Aqui está um trecho do artigo :
“A maior preocupação agora não é o aumento nos incidentes antissemitas, mas a grande presença de movimentos ultra-nacionalistas, especialmente a proeminência de membros do partido Svoboda e do Pravy Sektor entre os manifestantes .
Muitos deles estão chamando seus adversários políticos de “zhids” (termo racista para designar os judeus) e portam bandeiras com símbolos neonazistas. Há também relatos, a partir de fontes confiáveis, de que esses movimentos estão distribuindo edições recém- traduzidas de “Mein Kampf” e dos “Protocolos dos Sábios de Sião”, na Praça da Independência. ” (”Antissemitismo, embora uma ameaça real, está sendo usado pelo Kremlin como um jogo político”, Haaretz)
Outro relato, feito pelo Dr. Inna Rogatchi em Arutz Sheva:
“Não há nenhum segredo sobre a agenda política real e os programas dos partidos ultra- nacionalistas na Ucrânia.
Não há nada perto de valores e objetivos europeus lá.
Basta ler os documentos existentes e ouvir o que os representantes desses partidos proclamam diariamente. Eles são fortemente anti-europeus e altamente racistas. Eles não têm nada a ver com os valores e práticas do mundo civilizado”.
“O judaísmo ucraniano está enfrentando uma ameaça real e séria.
Fortalecer os movimentos abertamente neonazistas na Europa e ignorar a ameaça que eles representam é um negócio totalmente arriscado. As pessoas poderão ter que pagar um preço terrível - mais uma vez – por causa da fraqueza e da indiferença de seus líderes.
A Ucrânia, hoje, tornou-se um case trágico para toda a Europa no que diz respeito à reprodução e autorização para o discurso do ódio tornar-se uma força violenta e incontrolável. É imperativo lidar com a situação no país, de acordo com a lei e as normas da civilização internacional existente.” (”Chá com neonazistas: O nacionalismo violento na Ucrânia” , Arutz Sheva)
Aqui está um pouco mais sobre o tema, um texto do analista Stephen Lendmen, publicado dia 25 de fevereiro (”New York Times: apoiando a ilegalidade imperial dos EUA”) :
“Washington apoia abertamente o líder fascista do partido Svoboda, Oleh Tyahnybok. Em 2004, Tyahnybok foi expulso da facção parlamentar do ex-presidente Viktor Yushchenko. Ele foi condenado por conclamar os ucranianos a lutar contra o que chamou de máfia moscovita-judaica.”
“Em 2005, ele denunciou “atividades criminosas ” do “judaísmo organizado”. Ele alegou escandalosamente que os judeus eles planejavam um “genocídio” contra os ucranianos” (…)
“O extremismo de Tyahnybok não impediu a secretária de Estado adjunta para Assuntos Europeus e da Eurásia, Victoria Nuland, a se reunir abertamente com ele e com outros líderes anti-governamentais no dia 6 de fevereiro”.(…)
“No início de janeiro, cerca de 15 mil ultranacionalistas realizaram uma marcha com tochas em Kiev. Eles fizeram isso para homenagear Stepan Bandera, assassino e colaborador da era nazista. Alguns usavam uniformes de uma divisão da Wehrmacht ucraniana usados na Segunda Guerra Mundial. Outros gritavam ” Ucrânia acima de tudo” e ” Bandera, venha e traga a ordem. ” (blog de Steve Lendman)
A mídia dos EUA minimizou os elementos fascistas, neonazistas e de “pureza étnica” do golpe de Estado ucraniano , a fim de se concentrar no que eles pensam - são “temas mais positivos”, como a derrubada das estátuas de Lenin ou a proibição de membros do Partido Comunista de participar no Parlamento . Na avaliação da mídia, estes são todos sinais de progresso.
A Ucrânia está sucumbindo gradualmente para o abraço amoroso da Nova Ordem Mundial, onde vai servir como mais uma fonte de lucro na roda de Wall Street. Essa é a tese, pelo menos.
Não ocorreu aos editorialistas do New York Times ou do Washington Post que a Ucrânia está despencando rapidamente para uma situação do tipo “Mad Max” (o filme), uma anarquia que poderia transbordar suas fronteiras para os países vizinhos, provocando incêndios violentos, agitação social, instabilidade regional ou - deus nos livre- uma terceira guerra mundial.
Eles só parecem ver movimentos dourados, como se tudo estivesse indo conforme o planejado.
Todos, da Eurásia ao Oriente Médio, estão sendo pacificados e integrados em um governo mundial supervisionado pelo Executivo unitário, onde as empresas e instituições financeiras controlam as alavancas do poder por trás das telas divisórias imperiais. O que poderia dar errado?
Naturalmente, a Rússia está preocupada com a evolução da situação na Ucrânia, mas não tem certeza de como reagir. Veja o que disse o primeiro ministro Dmitry Medvedev dias atrás:
“Nós não entendemos o que está acontecendo lá. A ameaça real para os nossos interesses (existe) e tambén para a vida e a saúde dos nossos cidadãos. Estritamente falando, hoje não há ninguém lá para se conversar. Se você acha que as pessoas usando máscaras pretas e agitando Kalashnikovs representam um governo, então será difícil para nós trabalhar com esse governo.”
Claramente, o governo de Moscou está preocupado.
Ninguém espera que a única superpotência do mundo se comporte dessa forma irracional em todo o planeta, alimentando a criação de um Estado falido após o outro, fomentando revoltas, criando ódio e espalhando miséria por onde passa.
No momento, a equipe de Obama está trabalhando a todo vapor tentando derrubar regimes na Síria, Venezuela, Ucrânia e deus sabe onde mais. Ao mesmo tempo, as operações no Afeganistão falharam, Iraque e Líbia estão sendo governados por senhores da guerra regionais e milícias armadas. Medvedev tem todo o direito de estar preocupado.
Quem não estaria? Os EUA têm saído dos trilhos, de um modo completamente louco.
A arquitetura para a segurança mundial entrou em colapso, enquanto os princípios básicos do direito internacional foram alijados.
O rolo compressor furioso dos EUA dá guinadas de um confronto violento para o outro, de um modo irracional, destruindo tudo em seu caminho, forçando milhões de pessoas a fugir de seus próprios países, e empurrando o mundo para mais perto do abismo. Isso não é motivo suficiente para se preocupar?
Agora Obama está se aliando com os nazistas.
Fonte: http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Ucrania-o-plano-mais-idiota-de-Obama/6/30390
Natalia Vitrenko , do Partido Socialista Progressista da Ucrânia
Como você provavelmente já sabe, Obama e companhia ajudaram a depor o presidente democraticamente eleito da Ucrânia, Viktor Yanukovych, com a ajuda de ultra-direita, paramilitares, gangues neonazistas que invadiram e queimaram escritórios do governo, mataram soldados da tropa de choque, e espalharam o caos e terror em todo o país.
Estes são os novos aliados dos Estados Unidos no grande jogo para estabelecer uma cabeça de ponte na Ásia, empurrando os russos mais para o leste, derrubando governos eleitos, garantindo corredores de oleodutos e gasodutos vitais, acessando escassas reservas de petróleo e gás natural e trabalhando pela desmontagem da Federação Russa, segundo a estratégia geopolítica proposta por Zbigniew Brzezinski.
A grande obra de Brzezinski, “The Grand Chessboard: American Primacy and it’s Geostrategic Imperatives”(O Grande Tabuleiro de Xadrez: a Primazia Americana e seus Imperativos Geoestratégicos), tornou-se o Mein Kampf de aspirantes imperialistas ocidentais.
O livro fornece a estrutura básica para o estabelecimento da hegemonia militar, política e econômica dos EUA na região mais promissora e próspera do século, na Ásia.
Em um artigo publicado na Foreign Affairs, Brzezinski apresentou suas idéias sobre como neutralizar a Rússia, dividindo o país em partes menores e permitindo, assim, que os EUA mantenham seu papel dominante na região, sem ameaças, desafios ou interferências. Aqui está um trecho do artigo:
“Dado o tamanho (da Rússia) e sua diversidade, um sistema político descentralizado e uma economia de livre mercado seriam a mais provável via para desencadear o potencial criativo do povo russo e (explorar) os vastos recursos naturais da Rússia. Uma Rússia vagamente confederada - composta por uma Rússia européia, uma república da Sibéria, e uma república do Extremo Oriente - também tornaria mais fácil cultivar relações econômicas mais estreitas com seus vizinhos.
Cada um dessas regiões confederadas seria capaz de explorar o seu potencial criativo local, sufocado por séculos de controle da mão burocrática pesada de Moscou. Além disso, a Rússia descentralizada seria menos suscetível a uma mobilização de tipo imperial”. (Zbigniew Brzezinski , “A Geoestratégia para a Eurasia “)
Moscou, é claro, está ciente dessa estratégia de dividir e conquistar de Washington, mas minimizou a questão, a fim de evitar um confronto. O golpe de Estado apoiado pelos EUA na Ucrânia significa que essa opção não é mais viável.
A Rússia terá de responder a uma provocação que ameaça tanto a sua segurança como seus interesses vitais na região. Os primeiros informes indicam que Putin já mobilizou tropas para a região e, segundo a Reuters, colocou caças ao longo de suas fronteiras ocidentais em alerta de combate:
“Os Estados Unidos dizem que qualquer ação militar russa seria um erro grave. Mas o Ministério de Relações Exteriores da Rússia disse em um comunicado que Moscou defenderá os direitos de seus compatriotas e reagirá a qualquer violação desses direitos.”(Reuters)
Não vai ser um confronto, é só uma questão de saber se a luta terá uma escalada ou não.
A fim de derrubar Yanukovych, os EUA apoiaram tacitamente grupos fanáticos de bandidos neonazistas e antissemitas
E, apesar do presidente interino ucraniano, Oleksander Tuchynov, ter se comprometido a “fazer tudo ao seu alcance” para proteger a comunidade judaica do país, os informes não são animadores.
Aqui está um trecho de uma declaração de Natalia Vitrenko, do Partido Socialista Progressista da Ucrânia que sugere que a situação é muito pior do que a que está sendo relatada na mídia:
“Por todo o país, pessoas estão sendo espancadas e apedrejadas, enquanto os membros “indesejáveis” do Parlamento da Ucrânia estão sofrendo intimidação em massa.
As autoridades locais vêem suas famílias e crianças sendo alvo de ameaças de morte caso não apoiem a instalação deste novo poder político.
As novas autoridades ucranianas estão maciçamente queimando os escritórios de partidos políticos adversários, e anunciaram publicamente a ameaça de processo criminal e proibição de partidos políticos e organizações públicas que não compartilham a ideologia e os objetivos do novo regime.” (“EUA e UE estão erguendo um regime nazista em território ucraniano” , Natalia Vitrenko )
Na semana passada, o jornal israelense Haaretz relatou que uma sinagoga ucraniana havia sido atacada com coquetéis molotov que “atingiram paredes de pedra exteriores da sinagoga e causaram poucos danos”.
Outro artigo no Haaretz referiu-se ao que chamou de “novo dilema para os judeus na Ucrânia” . Aqui está um trecho do artigo :
“A maior preocupação agora não é o aumento nos incidentes antissemitas, mas a grande presença de movimentos ultra-nacionalistas, especialmente a proeminência de membros do partido Svoboda e do Pravy Sektor entre os manifestantes .
Muitos deles estão chamando seus adversários políticos de “zhids” (termo racista para designar os judeus) e portam bandeiras com símbolos neonazistas. Há também relatos, a partir de fontes confiáveis, de que esses movimentos estão distribuindo edições recém- traduzidas de “Mein Kampf” e dos “Protocolos dos Sábios de Sião”, na Praça da Independência. ” (”Antissemitismo, embora uma ameaça real, está sendo usado pelo Kremlin como um jogo político”, Haaretz)
Outro relato, feito pelo Dr. Inna Rogatchi em Arutz Sheva:
“Não há nenhum segredo sobre a agenda política real e os programas dos partidos ultra- nacionalistas na Ucrânia.
Não há nada perto de valores e objetivos europeus lá.
Basta ler os documentos existentes e ouvir o que os representantes desses partidos proclamam diariamente. Eles são fortemente anti-europeus e altamente racistas. Eles não têm nada a ver com os valores e práticas do mundo civilizado”.
“O judaísmo ucraniano está enfrentando uma ameaça real e séria.
Fortalecer os movimentos abertamente neonazistas na Europa e ignorar a ameaça que eles representam é um negócio totalmente arriscado. As pessoas poderão ter que pagar um preço terrível - mais uma vez – por causa da fraqueza e da indiferença de seus líderes.
A Ucrânia, hoje, tornou-se um case trágico para toda a Europa no que diz respeito à reprodução e autorização para o discurso do ódio tornar-se uma força violenta e incontrolável. É imperativo lidar com a situação no país, de acordo com a lei e as normas da civilização internacional existente.” (”Chá com neonazistas: O nacionalismo violento na Ucrânia” , Arutz Sheva)
Aqui está um pouco mais sobre o tema, um texto do analista Stephen Lendmen, publicado dia 25 de fevereiro (”New York Times: apoiando a ilegalidade imperial dos EUA”) :
“Washington apoia abertamente o líder fascista do partido Svoboda, Oleh Tyahnybok. Em 2004, Tyahnybok foi expulso da facção parlamentar do ex-presidente Viktor Yushchenko. Ele foi condenado por conclamar os ucranianos a lutar contra o que chamou de máfia moscovita-judaica.”
“Em 2005, ele denunciou “atividades criminosas ” do “judaísmo organizado”. Ele alegou escandalosamente que os judeus eles planejavam um “genocídio” contra os ucranianos” (…)
“O extremismo de Tyahnybok não impediu a secretária de Estado adjunta para Assuntos Europeus e da Eurásia, Victoria Nuland, a se reunir abertamente com ele e com outros líderes anti-governamentais no dia 6 de fevereiro”.(…)
“No início de janeiro, cerca de 15 mil ultranacionalistas realizaram uma marcha com tochas em Kiev. Eles fizeram isso para homenagear Stepan Bandera, assassino e colaborador da era nazista. Alguns usavam uniformes de uma divisão da Wehrmacht ucraniana usados na Segunda Guerra Mundial. Outros gritavam ” Ucrânia acima de tudo” e ” Bandera, venha e traga a ordem. ” (blog de Steve Lendman)
A mídia dos EUA minimizou os elementos fascistas, neonazistas e de “pureza étnica” do golpe de Estado ucraniano , a fim de se concentrar no que eles pensam - são “temas mais positivos”, como a derrubada das estátuas de Lenin ou a proibição de membros do Partido Comunista de participar no Parlamento . Na avaliação da mídia, estes são todos sinais de progresso.
A Ucrânia está sucumbindo gradualmente para o abraço amoroso da Nova Ordem Mundial, onde vai servir como mais uma fonte de lucro na roda de Wall Street. Essa é a tese, pelo menos.
Não ocorreu aos editorialistas do New York Times ou do Washington Post que a Ucrânia está despencando rapidamente para uma situação do tipo “Mad Max” (o filme), uma anarquia que poderia transbordar suas fronteiras para os países vizinhos, provocando incêndios violentos, agitação social, instabilidade regional ou - deus nos livre- uma terceira guerra mundial.
Eles só parecem ver movimentos dourados, como se tudo estivesse indo conforme o planejado.
Todos, da Eurásia ao Oriente Médio, estão sendo pacificados e integrados em um governo mundial supervisionado pelo Executivo unitário, onde as empresas e instituições financeiras controlam as alavancas do poder por trás das telas divisórias imperiais. O que poderia dar errado?
Naturalmente, a Rússia está preocupada com a evolução da situação na Ucrânia, mas não tem certeza de como reagir. Veja o que disse o primeiro ministro Dmitry Medvedev dias atrás:
“Nós não entendemos o que está acontecendo lá. A ameaça real para os nossos interesses (existe) e tambén para a vida e a saúde dos nossos cidadãos. Estritamente falando, hoje não há ninguém lá para se conversar. Se você acha que as pessoas usando máscaras pretas e agitando Kalashnikovs representam um governo, então será difícil para nós trabalhar com esse governo.”
Claramente, o governo de Moscou está preocupado.
Ninguém espera que a única superpotência do mundo se comporte dessa forma irracional em todo o planeta, alimentando a criação de um Estado falido após o outro, fomentando revoltas, criando ódio e espalhando miséria por onde passa.
No momento, a equipe de Obama está trabalhando a todo vapor tentando derrubar regimes na Síria, Venezuela, Ucrânia e deus sabe onde mais. Ao mesmo tempo, as operações no Afeganistão falharam, Iraque e Líbia estão sendo governados por senhores da guerra regionais e milícias armadas. Medvedev tem todo o direito de estar preocupado.
Quem não estaria? Os EUA têm saído dos trilhos, de um modo completamente louco.
A arquitetura para a segurança mundial entrou em colapso, enquanto os princípios básicos do direito internacional foram alijados.
O rolo compressor furioso dos EUA dá guinadas de um confronto violento para o outro, de um modo irracional, destruindo tudo em seu caminho, forçando milhões de pessoas a fugir de seus próprios países, e empurrando o mundo para mais perto do abismo. Isso não é motivo suficiente para se preocupar?
Agora Obama está se aliando com os nazistas.
Fonte: http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Ucrania-o-plano-mais-idiota-de-Obama/6/30390
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