segunda-feira, 24 de março de 2014

M. Abu-Jamal/ Escolas fechadas Carta do activista afroamericano condenado a prisão perpétua



Mumia Abu-Jamal
24.Mar.14 :: Outros autores
Da sua cela de condenado Mumia Abu-Jamal denuncia o processo de empresarialização do sistema de ensino nos EUA. Um crime que priva os pobres de um direito fundamental e os condena à marginalização social.

Comité Amigos de Mumia
As escolas em toda a parte da América Negra, tal como nos bairros latinos, estão encerradas – as suas janelas tapadas.
¿Que significa isto? Que a única fonte do progresso social – a educação – está reduzindo, para que muito poucas pessoas a ela tenham acesso.
A classe política foi comprada e trivializada na medida em que apoia este trágico processo ou fica calada.
Está-se preparando o terreno para a empresarialização da educação. A própria noção de escola pública é lançada no caixote do lixo da historia. ¿Por quê? A resposta é simples e tem que ver com os impostos.
Diane Ravitch foi em dada altura uma veemente e obstinada defensora das escolas-empresa impelida, ao que parece, pelos problemas no sistema nacional de educação. Entretanto, teve uma dramática mudança de atitude e, numa serie de artigos, condena o processo de privatização.
Escreve Ravitch:
“Nenhuma nação do mundo eliminou a pobreza com a estratégia de despedir os seus professores ou entregar as suas escolas públicas a administradores privados; a investigação académica tão pouco apoia tais medidas. Mas estes inconvenientes dados não diminuem o fervor dos que impulsam as reformas. Esta nova espécie de promotores inclui principalmente especialistas de Wall Street na administração de fundos de investimento livre, agentes de fundações, executivos de corporações, empresários, e formuladores de políticas –– mas muito poucos educadores com experiencia nas escolas. O alheamento dos reformadores em relação às realidades do ensino e a sua indiferença perante a investigação académica leva-os a ignorar as importantes influências que têm a família e a pobreza.*
Apesar desta penetrante crítica publicada numa revista nacional o processo prossegue. As cidades usam os impostos dos contribuintes para financiar a maquinaria de repressão enquanto encerram as instituições de razão e aprendizagem.
As escolas charter (escolas privadas subvencionadas) são a novidade. Escolas-empresa. Escolas para a gente que pode pagar. Para os pobres - nada. Já nem sequer se dissimula. Não é necessário. Estamos na idade dos grandes negócios.
A gente no poder não tem que se preocupar com isto. Mas nós, sim. O encerramento das escolas significa a expansão das prisões.
É tão simples como isto – e tão feio como isto.
Da nação encarcerada, sou Mumia Abu-Jamal.
*[Nota: Ravitch, Diane, “Schools We Can Envy”. New York Review of Books, Mar. 8. 2012 (vol. LIX: No. 4), pg. 19]
Áudio gravado por Noelle Hanrahan: www.prisonradio.org
Texto circulado por Fatirah [email protected]


Fonte: http://amigosdemumiamx.wordpress.com/2014/03/20/escuelas-cerradas/
Nota de odiario.info: Em file:///C:/Users/FBD2/Desktop/Intergenerational%20transmission%20of%20disadvantage%20statistics%20-%20Statistics%20Explained.htm
Um interessante estudo intitulado “Is the likelihood of poverty inherite

               
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