 Nova
Déli, 11 mar (Prensa Latina) Pelo menos 20 polícias morreram e uma
dúzia ficaram feridos hoje em uma emboscada preparada pela guerrilha
naxalita ativa no centro-oriental estado indiano de Chhattisgarh.
Fontes de segurança disseram aos jornalistas que entre 200 a 300
insurgentes ataquarem os cerca de 50 agentes do estado e de membros da
Força Central de Reserva da Polícia (CRPF) quando estes inauguravam um
trecho de estrada em Tongpal, uma zona densamente arborizada do distrito
de Jagdalpur.
Em um ponto próximo a esse, em maio do ano
passado, os insurgentes mataram 27 pessoas, entre elas vários líderes
locais do governista Partido do Congresso, enquanto que em abril de
2010, na mesma região, deram baixa a 76 agentes de segurança.
Oficiais no local indicaram que o confronto dessa terça-feira durou
cerca de uma hora e dos 20 mortos, 15 pertenciam à CRPF e quatro à
polícia de Chhattisgarh, enquanto que o restante era um civil ainda não
identificado.
O ataque produziu-se dias após anunciadas as datas das eleições gerais deste ano, um processo ao qual os naxalitas se opõem.
A guerrilha indiana opera sobretudo no chamado cinturão vermelho, uma
faixa no centro-este do país onde recebem um grande apoio dos camponeses
e das tribos autóctones, as quais promete uma revolução agrária maoista
e o resgate dos recursos naturais em proveito desses territórios.
Conhecida como naxalita porque surgiu em 1967 na aldeia de Naxalbari,
Bengala Ocidental, o movimento armado mantém diferentes níveis de
atividade em pelo menos sete dos 28 estados da nação sul-asiática.
Segundo algumas fontes, mantém sob seu controle total ou parcial entre
um quarto e um quinto da superfície do país, em sua maior parte zonas
virgens de selva e ricas em minerais e outros recursos.
Os
rebeldes não resistem apenas ao assédio das forças regulares do exército
e a polícia, senão também aos ataques dos paramilitares recrutados
pelos latifundiário, ao estilo dos existentes em nações da América
Central e do Sul.
Qualificados pelo premiê Manmohan Singh como a
principal ameaça à segurança nacional, os guerrilheiros asseguram lutar
por melhores condições sociais e econômicas para a população das zonas
rurais e contra a corrupção imperante nesses territórios.
jf/asg/es |
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