sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
apn.org.br
Nesta sexta (17), o Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro e a
Federação Nacional dos Petroleiros promoveram um escracho para denunciar
a proposta de privatização da Transportadora Brasileira de Gás, o TBG,
responsável pela operação do Gasoduto Brasil Bolívia.
O protesto aconteceu na frente da sede da unidade da Petrobrás que fica
na Praia do Flamengo, 200, zona sul do Rio de Janeiro. A manifestação
também cobrou que a direção da empresa acabe com as injustiças internas
no tratamento e nos direitos dos aposentados e anistiados. Para chamar a
atenção das pessoas para os danos sociais causados por essas políticas
de entrega do patrimônio público e de discriminação de trabalhadores
foram levados bonecos gigantes de isopor da presidenta da república,
Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e da presidenta da Petrobrás,
Maria das Graças Foster. Os petroleiros elegeram o trio como principal
responsável pelas privatizações em curso e pelos ataques aos
trabalhadores da Petrobrás.
Os escrachos vem sendo realizados praticamente todas as sextas-feiras
desde outubro do ano passado como meio de tornar públicas as denúncias
contra o Governo Federal e a direção da Petrobrás. O objetivo é tirar da
zona de conforto os gestores da petroleira e a Presidência da
República, responsáveis pela aplicação dessa política que massacra dos
trabalhadores aposentados e anistiados e entrega o petróleo nacional
para as multinacionais estrangeiras.
- Estamos aqui em frente ao TBG para impedir a privatização do sistema
de transporte de gás do nosso país. Hoje a Petrobrás detém 51% das
ações, não podemos perder esse controle majoritário do gasoduto que
garante a chegada do gás vindo da Bolívia até os estados brasileiros. No
Congresso Nacional, os entreguistas estão tentando aprovar uma lei que
impede que uma mesma empresa seja controladora de produção e transporte
do setor petróleo. Isso sendo aprovado obrigaria a Petrobrás a entregar a
TBG para as multinacionais. Isso é um absurdo. Uma perda de soberania.
Queremos mostrar isso para a população brasileira que com certeza não
irá concordar que todo esse investimento público passe para a iniciativa
privada. O petróleo tem que estar a serviço do povo brasileiro -
explica Francisco Soriano, diretor do Sindipetro-RJ.
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