Pretoria, 29 jan (Prensa Latina)
O brigadeiro sul-africano Adriaan Calitz admitiu que foi negligente ao
não registrar corretamente os acontecimentos da tragédia de Marikana, em
agosto de 2012, quando uma intervenção policial causou a morte a 34
mineiros.
As declarações de Calitz foram emitidas a Comissão Investigadora liderada pelo juiz Ian Farlam e que analisará até 30 de abril depoimentos relacionados com os fatos ocorridos na jazida da empresa britânica Lonmin, na província North West.
Segundo
o brigadeiro, no dia fatal também dois agentes da polícia foram
assassinados a marretadas pelos mineiros em greve, mas esses eventos não
aparecem nos registros das autoridades no terreno naquele momento.
Interrogado pelo delegado da Associação de Mineiros e Sindicato da Construção,
Anthony Gotz, Calitz admitiu também que ao menos um membro da polícia
poderia ter utilizado uma escopeta de chumbo contra os trabalhadores
grevistas.
Esse tipo de munições estão proibidas pela lei, ninguém em posse de uma licença para um arma de fogo pode as comprar, recordou Gotz.
O advogado das vítimas Dali Mpofu disse que o oficial simplesmente tenta distorcer a verdade e a realidade é que ordenou disparar contra os operários na mina próxima a Rustenburg.
Segundo Mpofu, quando Calitz ordenou a seus sargentos participarem
ativamente na repressão do protesto, quis dizer disparar com munição
real contra centenas de manifestantes.
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