Por Assad Frangieh.
Em poucos menos de dois meses, as tropas dos “Comitês Populares de Defesa” (dos curdos-sírios) iniciaram uma ofensiva contra os grupos armados da Al-Qaeda em específico Joubhet Al-Nousra. Receberam apoio da força área síria e artilharia pesada, em ações combinadas e que estão culminando na recuperação de muitos vilarejos da região nordeste do País. O mapa abaixo objetiva esclarecer tais mobilizações e esclarecer melhor a atual situação de distribuição de forças no norte da Síria.
A linha amarela é a fronteira Síria com a Turquia. São quase 700 Kms de extensão. A linha pink ao leste é a fronteira com o Iraque (Distrito Al-Anbar). A pequena linha verde é a fronteira da Turquia com o Iraque.
As setas pretas indicam as passagens fronteiriças da Turquia onde há livre movimentação de armas, munição e combatentes dos grupos armados locais ou estrangeiros tutelados pela Turquia. (1=Ryhanya; 2=Azzaz; 3=Ain Al Arab; 4=Tal-Abiad). Os quadrados pretos mostram as principais batalhas perdidas pela Al-Qaeda a favor dos Comitês Curdos de Defesa (A=passagem de Al-Yaarabya; B=Ras-Ain; C=Tal-Tamr). As setas em vermelho mostram a movimentação das tropas curdas e seus avanços.
As áreas com bandeiras curdas e hachuradas em vermelho são áreas predominantemente sob o controle curdo. A área hachurada em azul mostra a região que os grupos ligados a Al-Qaeda conseguem se movimentar com maior liberdade apesar dos bombardeios sírios a seus agrupamentos. As cidades principais são do oeste para o leste, Azzaz, Tal-Rifaat ,Al-Bab, Manbij e Jaraboulus, constituindo a zona rural do norte de Aleppo. Mais para o leste, está a cidade de Al-Roqqa sob o controle dos grupos armados. Na região de Deir El-Zour, as tropas do exército continuam mantendo suas posições e dividindo as áreas de controle.
Observem que há extensas áreas desérticas que não constituem áreas de controle e que os combates se estendem focados nas áreas verdes, com produção agrícola e água, viabilizando a vida urbana. Apesar de sua infiltração em áreas extensas, os grupos armados não conseguem estruturar uma administração “governamental” em razão de serem alvo fácil da aviação militar síria.
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