sábado, 26 de outubro de 2013

Venezuela / Reativação do Comando Antigolpe

Maduro anuncia reativação de Comando Antigolpe criado por Chávez

Presidente venezuelano afirma que será instrumento contra "golpe continuado" a seu país e povo

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou, nesta sexta-feira (25/10), que reativará na próxima semana o Comando Nacional Antigolpe, de conformação civil-militar, com presença em cada estado para defender os setores estratégicos do país. Segundo o governante, este será um instrumento contra o que define como “guerra psicológica, política, elétrica e energética” e “golpe continuado” contra o Estado e o povo venezuelano.
“Tentaram sabotar nossas refinarias e não descansam. Alerta, compatriotas, para a segurança de todas nossas indústrias, para a segurança popular”, disse ele, durante encontro em Caracas com o Grande Pólo Patriótico, grupo de partidos e organizações sociais aliados ao governo venezuelano. Segundo ele, o instrumento servirá para “batalhar” contra o que considera como ofensivas para desestabilizar sua gestão.

Agência Efe

Nicolás Maduro afirma que oposição promove ofensivas para desestabilizar sua gestão
A criação de um Comando Especial Antigolpe foi idealizada pelo falecido presidente Hugo Chávez, em abril do ano passado, também em resposta ao que considerava ser uma conspiração desestabilizadora promovida pela oposição, com vista às eleições presidenciais que seriam realizadas no dia sete de outubro daquele ano. “É preciso neutralizar o plano fascista e agora mesmo”, declarou, em discurso realizado no Palácio de Miraflores, afirmando que uma conspiração estava em processo.

Segundo ele, a primeira missão do instrumento seria a elaboração de um “plano integral que tenha a ver com todo o âmbito da realidade nacional, não só com a ordem pública, não só com a estabilidade, mas também com a economia”. “Tem a ver com a resposta que nós daríamos profundamente contra esta burguesia que acredita estar além da Constituição”, acusou, na ocasião, lembrando o golpe que tinha sofrido há 10 anos.
Maduro, que atribui problemas como alça dos preços, apagões e falta de produtos básicos das prateleiras de supermercados a um complô do empresariado e setores opositores, disse ontem ter certeza de que o povo venezuelano sairia às ruas se a oposição tentasse colapsar o país.  “Temos que garantir uma vitória avassaladora para que essa burguesia não se atreva mais a desafiar o povo de [Simón] Bolívar, o povo de Chávez”, manifestou, a pouco mais de um mês das eleições municipais marcadas para 8 de dezembro.
Líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, governador do estado venezuelano de Miranda, se pronunciou sobre o anúncio por meio da rede social Twitter, logo após o discurso. “Para encerrar a semana não podia faltar outra piada ruim, nosso país em uma crise econômica terrível e este criando comandos antigolpe!”, escreveu. “Aqui o golpe é de Maduro e sua incapacidade contra os venezuelanos”, complementou, afirmando que o anúncio pode ser um artifício para a suspensão dos pleitos municipais.

Fonte : Opera Mundi

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